CAPÍTULO XI
AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO
CARIDADE PARA COM OS CRIMINOSOS
Palavras proferidas pelo Espírito ELISABETH DE FRANÇA, Havre, 1862:
·
Deveis amar os infelizes, os criminosos como criaturas de Deus, as quais
o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem, como a vós
mesmos, pelas faltas que cometeis contra a vossa lei.
·
Não julgueis, porque o julgamento vos será aplicado mais severamente
ainda e tendes necessidade de indulgência para os pecados que cometeis sem
cessar.
·
A caridade sublime ensinada por Jesus, consiste também na benevolência
concedida sempre, e em todas as coisas, ao vosso próximo. Essa virtude pode ser
exercitada entre muitos seres que não precisam de esmola mas carecem de
palavras de amor, de consolação e de encorajamento.
·
Deus permite que “grandes criminosos” estejam entre vós, a fim de que
vos sirvam de ensinamento. Logo, quando os homens forem conduzidos às
verdadeiras leis de Deus, não haverá mais necessidade desses ensinamentos e
todos os Espíritos impuros e revoltados serão dispersados nos mundos
inferiores, de acordo com suas tendências.
“15.
Um homem está em perigo de morte; para salvá-lo é preciso expor a vida; mas
sabe-se que esse homem é infeliz, e que, se ele escapar poderá cometer novos
crimes. Deve-se malgrado isso, se expor para salvá-lo?”
Resposta
dada pelo Espírito LAMENNAIS, Paris, 1862, segundo seu grau de adiantamento
moral, uma vez que se trata saber se se deve expor a própria vida por um
malfeitor.
“Deve-se
socorrer o inimigo na sociedade, numa palavra, um malfeitor. Credes que é
somente à morte que se vai arrancar esse infeliz? É talvez a toda a sua vida
passada. Lançai-vos pois homens! Vós a quem a ciência espírita vos esclareceu,
lançai-vos, arrancai-vos à sua condenação. Ide em seu socorro, porque
salvando-o, obedeceis a essa voz do coração que vos diz: Podes salvá-lo,
salva-o!”
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