quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O que desejar para o ano de 2016?

O que desejar para o ano de 2016?

O que desejar para o ano de 2016 pode ser paradoxal se olharmos os tumultos que veem acontecendo em todo o mundo. 

É preciso que tenhamos uma FÉ INABALÁVEL para acreditarmos que é possível mudar a direção do mundo; 

É preciso que tenhamos ESPERANÇA de que o homem se transformará em centelha divina, aprendendo a RESPEITAR o seu semelhante, mesmo que ainda não consiga amá-lo.

É preciso despertar para a necessidade de TRANSFORMARMOS O MUNDO na verdadeira casa do Pai, onde:

  • o AMOR impera; 
  • a CARIDADE reina;
  • e a JUSTIÇA governa. 

Precisamos alimentar a cada amanhecer, a EXPECTATIVA DO MELHOR na certeza de que estamos sendo governados por JESUS.

Precisamos AMIGO, nos ligar mais a DEUS através das ORAÇÕES para que a PAZ possa abrandar as feraz que trazemos dentro de nós, fazendo assim um MUNDO DE PAZ, porque somente cada um de nós é que poderemos fazer um mundo de paz.

COMPREENDER o outro, implica entender as suas RAZÕES, guiá-lo no CAMINHO DO BEM, respeitando as suas escolhas, PACIFICANDO todo e qualquer tipo de relação, seja na FAMÍLIA, no TRABALHO, com os AMIGOS e com os INIMIGOS, sobretudo com estes.

Amigos, sejamos FORTES no PENSAR, NOBRES no SENTIR e BRANDOS no AGIR. 

É chegado tempo em que nada ficará oculto embaixo dos tapetes. Toda a verdade, boa ou má, toda intenção, boa ou má, será revelada e julgada por DEUS. 

É tempo de transformação de nosso Planeta Terra em Regeneração. Porém, só é possível essa regeneração quando todos os seus habitantes estiverem regenerados em seus PENSAMENTOS, em seus SENTIMENTOS e, principalmente, em suas ATITUDES.

Se CADA UM DE NÓS, individualmente, cuidarmos de si, TRANSFORMAREMOS o mundo num passe de mágica. 

Que DEUS na sua infinita MISERICÓRDIA possa tocar os CORAÇÕES  de todos nós pelo desejo de nos modificarmos para sermos verdadeiramente FELIZES, ainda nesta vida.

Que Deus abençoe a HUMANIDADE nesse ano vindouro de 2016 com muita PAZ, SAÚDE, AMOR, TRABALHO e FELICIDADES!

Alessandra Uzêda
31/12/2015

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O Natal para o Espírita - Fórum espírita

O Natal para o Espírita representa a comemoração do aniversário de Jesus.

O dono da festa é o Mestre, quem deve receber os presentes e as homenagens é o aniversariante e não nós.  O aniversariante tem os seus convidados que são os pobres, os deserdados, os coxos, os estropiados, os sofredores, etc...

Será que realmente somos convidados do Cristo nessa festa?
Qual o presente que deveremos lhe oferecer?
O que Ele gostaria de receber? 

Sabemos que o que Ele mais quer é que cumpramos a vontade de Deus, Nosso Pai. E todos os dias renovamos os nossos compromissos no "Pai Nosso", dizendo: "Seja feita a Vossa vontade" 

Será que estamos fazendo a nossa parte?
Será que estamos nessa festa ou fomos barrados?

A maioria de nós, mesmo espíritas, ainda vemos o Natal como uma festa de consumo, reforçando o culto ao materialismo e à materialidade, trocando presentes entre si, quando, em verdade, não somos os homenageados, nem a festa é nossa...

Será que o Cristo se sente feliz com isso?

A nossa reverência ao Cristo deve ser em Espírito e Verdade apenas, buscando somente materializar a Vontade do Pai que está em todo o Evangelho.

E como deve ser essa comemoração?

Com uma prece, uma reflexão sobre os objetivos alcançados, com uma análise crítica interior onde possamos verificar se os compromissos assumidos antes do reencarne estão sendo cumpridos, porque o único e maior objetivo que temos na presente existência é de edificar em nós o Bem.

Para esse desiderato, acertamos de forma pessoal e intransferível com o Cristo, um mandato de renovação.

Nosso compromisso é o de nos conhecermos melhor, conformando nossa vida com a Vontade de Deus, de nos reformarmos intimamente e nos tornarmos homens e mulheres de Bem, edificando dentro de nós o Belo, o Bem e a Justiça.

Infelizmente, papai Noel ainda é mais importante que o Cristo. O Cristo ainda se encontra desvalorizado e esquecido dentro de nós.

Nossas mesas estão fartas e se fala muito de solidariedade, mas não se tem sensibilidade ainda com a dor alheia.

Nos falta consciência, falamos muito, mas ainda não sentimos a fraternidade pulsar o coração. Estamos reféns e prisioneiros das aparências, do materialismo, dos cultos exteriores, do consumismo, colocando em segundo lugar o Reino do Espírito, o Reino de Deus.
Os interesses espirituais ainda não tem vez nem voz em nossos corações.

Qual o verdadeiro sentido do Natal?

Deve ser o de auto-conscientização, buscando a comunhão com os valores do Bem, ligados aos interesses do Espírito e da vida imortal, porque a Terra, para os encarnados, é apenas um curso de pequena duração e ninguém fica na Escola a existência inteira, um dia voltamos para Casa para avaliar os deveres realizados.

O que nos atrai não são as boas ideias, mas os interesses.

A Doutrina do Cristo, cheia de boas ideias, está conosco a mais de dois mil anos e não mudamos o suficiente. infelizmente, ainda não fomos atraídos por esses ideais. Mas a medida que evoluímos pelo estudo, pelo amor e pela dor, mudam os nossos interesses e vamos crescendo;

Quanto mais sepultamos as nossas vaidades, o nosso orgulho e o nosso egoísmo, mais somos atraídos pela luz do Cristo e nos tornamos felizes.

O que representa a Estrela de Belém para os Espíritas: representa a Luz Protetora dos Planos Superiores, resumindo uma Infinidade de Espíritos Luminares que vieram assistir e dar o suporte ao Cristo em sua tarefa de orientação e exemplos para todos nós.

Será que lembramos dos companheiros que estão nas zonas umbralinas no Natal?

Como se sentem esses Irmãos? 

A espiritualidade nos ensina, pelas penas de Chico Xavier, que alguns nem sabem dessa data ou comemoração. Outros, que se encontram em situações melhores, sentem-se extremamente tristes por estarem afastados dos seus familiares; outros ainda vivem refletindo e lamentando as oportunidades perdidas e sofrendo a dor da saudade e da separação em razão da resistência e da rebeldia em não aceitar o processo de mudança e transformação no caminho do Bem.

A falta de Reforma íntima nos afasta de quem amamos.

Muitos filhos, maridos, esposas, demoram a encontrar-se na erraticidade, em razão do mau direcionamento do livre arbítrio, tendo em vista seus investimentos no mundo material, nas fantasias, nas ilusões, em detrimento do sentido real da própria existência. A fuga no enfrentamento dos desafios ou o desprezo de buscar a prática das lições do bem nos causa muita dor moral.

NATAL é isso aí, renovação permanente. 

Todo segundo é hora de mudar para melhor, Amando, Servido e passando nesta vida com trabalho no Bem, na Solidariedade, na Tolerância, com muita Fraternidade.

E então? Vamos pensar nisso?

Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/o-evangelho-segundo-o-espiritismo/o-verdadeiro-sentido-do-natal-para-o-espirita/?PHPSESSID=df553447a62f218827358c7b85c73602#ixzz3uRCfVyPf

“Refletindo em Cáritas”

“Refletindo em Cáritas”
DEUS NOSSO PAI
Pai de amor , de justiça e misericórdia.

QUE SOIS TODO PODER E BONDADE
Poder de intervir junto aos seus filhos. Bondade para compreender e perdoá-los.

DAI FORÇA ÀQUELES QUE PASSAM PELA PROVAÇÃO
Provas escolhidas como meio de crescimento e evolução de seu espírito.

DAI LUZ ÀQUELE QUE PROCURA A VERDADE
Iluminando os caminhos obscurecidos pela ignorância moral.

PONDO NO CORAÇÃO DO HOMEM A COMPAIXÃO E A CARIDADE
Tocando-lhe a alma pela necessidade do exercício de caridade moral, material e espiritual.

DEUS, DAÍ AO VIAJOR  A ESTRELA GUIA
Para que possa enxergar a luz do caminho certo a seguir.

AO AFLITO A CONSOLAÇÃO
De que sempre haverá um porvir de mais alegrias.

AO DOENTE O REPOUSO
O repouso do espírito em angústia por sua partida.

À CRIANÇA  O GUIA
Do amor,da orientação, do esclarecimento e da bondade.

AO ÓRFÃO O PAI
De eterna bondade que ampara, cuida e acolhe.

SENHOR, QUE A VOSSA BONDADE SE ESTENDA SOBRE TUDO O QUE CRIASTES
Permitindo que todo o Universo conspire nessa energia de amor, de paz, de harmonia e entendimento da nova era.

PIEDADE PAI PARA AQUELES QUE NÃO VOS CONHECEM.
Que esses irmãos perdidos pelo labirinto de seus livres-arbítrios, possam reencontrar o caminho de volta, com o Seu consentimento e perdão.

ESPERANÇA PARA AQUELES QUE SOFREM
Que a fé robusta tome conta de seus pensamentos, plasmando sentimentos de realizações plenas, na esperança de galgarem uma vida livre de sofrimentos.

QUE A VOSSA BONDADE PERMITA AOS ESPÍRITOS CONSOLADORES DERRAMAREM POR TODA PARTE A PAZ, A ESPERANÇA E A FÉ
Porque somente a Espiritualidade Maior, Espíritos Amigos imbuídos do bem poderão propagar a paz,a esperança  e a fé entre os homens de boa vontade.

DEUS, UM RAIO!UMA FAÍSCA DE VOSSO AMOR PODE ABRASAR A TERRA
E que com esse amor possamos multiplicar as diversas centelhas e faíscas que pudermos, nessa imensa energia de amor e de paz para salvar esta Terra tão necessitada.

DEIXA-NOS BEBER NESTA FONTE DE BONDADE FECUNDA E INFINITA, E TODAS AS LÁGRIMAS SECARÃO, TODAS AS DORES SE ACALMARÃO
Diante de tamanha benevolência que o Senhor é capaz de ter para com seu filhos, para que possam encontrar  a paz de espírito e sentir-se amados.

UM SÓ CORAÇÃO, UM SÓ PENSAMENTO SUBIRÁ ATÉ VÓS COMO UM GRITO DE RECONHECIMENTO E AMOR
No qual todos estarão imbuídos e tocados pelo amor de Deus aos seus filhos, indistintamente distribuído a todos.
COMO MOISÉS SOBRE A MONTANHA, NÓS VOS ESPERAMOS COM OS BRAÇOS ABERTOS.       OH BONDADE! OH BELEZA! OH PERFEIÇÃO!
Aquela encontrada no Cristo, modelo e guia que farão iluminar os caminhos daqueles que aqui estão de braços abertos a Te esperar.

E QUEREMOS DE ALGUMA SORTE MERECER A VOSSA MISERICÓRDIA
A sua concessão de oportunidade última para uma Terra de Regeneração.

DEUS, DAÍ-NOS A FORÇA DE AJUDARMOS O PROGRESSO, AFIM DE SUBIRMOS ATÉ VÓS.
Que sejamos instrumentos do progresso espiritual a que nos comprometemos na erraticidade junto ao Pai.

DAÍ-NOS A CARIDADE PURA
Aquela que não impõe, que se faz espontânea regada do amor ao próximo.

DAÍ-NOS A FÉ E A RAZÃO
Para que com a fé jamais possamos viver a desesperança  e a razão, para que possamos viver e discernir no equilíbrio e no bom-senso.

DAÍ-NOS PAI, A HUMILDADE E A SIMPLICIDADE QUE FARÁ DE NOSSAS ALMAS O ESPELHO ONDE SE DEVE REFLETIR  A VOSSA DIVINA E ABENÇOADA IMAGEM.
Atributos da felicidade real a que o espírito encarnado e desencarnado deve almejar.

Que assim seja!

Por Alessandra Uzêda

14/12/2015

domingo, 29 de novembro de 2015

Liberdade - Espiritualidade & Reforma Íntima - Alessandra Uzêda

Liberdade


Gozamos da liberdade absoluta apenas para amar e fazer o bem. Em contrapartida, ninguém é livre para praticar o mal deliberadamente ou para sentir ódio levianamente. Temos responsabilidades sobre como agimos e sobre o que sentimos.


Chico Xavier & Emmanuel - Livro: Encontro de Paz





Chico Xavier & Emmanuel - Livro: Encontro de Paz






Chico Xavier & Emmanuel - Livro: Encontro de Paz






Chico Xavier & Emmanuel - Livro: Encontro de Paz






Chico Xavier & Emmanuel - Livro: Encontro de Paz






Chico Xavier & Emmanuel - Livro: Encontro de Paz





quarta-feira, 18 de novembro de 2015

NOVOS LINKS ESPÍRITAS PARA VOCÊ! O que eles trazem de novidade?

Acessem os novos links anexados ao Blogger para você!



Esses links trazem programas espíritas transmitidos através da Rádio FEEB, uma emissora da Federação Espírita do Estado da Bahia. (feeb.org.net).

Os programas são produzidos na Casa da Caridade Irmã Elisabete, Salvador, Bahia (www.casadacaridade.net).


  • Rádio FEEB - Programa Cultura Espírita
  • Rádio FEEB - Ensino Espírita à Distância.

O link do Grupo de Psicografias Auta de Souza, da Casa da Caridade Irmã Elisabete, trás uma série de VÍDEOS-MENSAGENS.

  • Grupo de Psicografias Auta de Souza.

A Série Meditação trás uma sequência de vídeos que nos fazem refletir situações necessárias para a nossa Reforma Íntima e Autotransformação.

  • Série Meditação e Reforma Íntima.

Apresentações do Coral Espírita Casa da Caridade Irmã Elisabete.

  • Coral Espírita Casa da Caridade Irmã Elisabete.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Maturidade - Espiritualidade & Reforma Íntima - Alessandra Uzêda - Coleção Refletir

Maturidade

De nada adianta tentar convencer o outro para a sua própria realidade. Assim, estará violentando o seu próximo e desrespeitando a realidade de evolução dele. Cada um tem seu tempo para amadurecer.

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O pensamento - Espiritualidade & Reforma Íntima - Alessandra Uzêda - Coleção refletir

O Pensamento

Crie sempre o hábito de pensar no bem, ver o lado bom e bonito das coisas. O otimismo é uma virtude capaz de atrair formas-pensamentos positivas que ecoam em forma de energia salutar pelo espaço cósmico universal, criando assim, um elo de ligação entre os espíritos bons e o mundo que o cerca. Em contrapartida, os pensamentos negativos de baixo teor vibratório produzem formas-pensamentos negativas, que ecoam energias deletérias, criando assim, um elo de ligação entre os espíritos maus e o mundo que o cerca.

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Vitimismo - Espiritualidade &Reforma Íntima - Alessandra Uzêda -Coleção Refletir

Vitimismo

Não cabe mais ao homem a condição de vítima. Toda a humanidade tem o seu espírito comprometido com os desacertos e desvios do caminho reto devido às escolhas erradas de vidas pretéritas. É tempo de o homem se posicionar como responsável pela sua atual vivência, deixando a condição de coitado para assumir com responsabilidade os seus deveres para consigo mesmo e para com o próximo, abrindo-se assim, para uma nova vivência dos valores morais necessários ao amadurecimento do homem.

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Fé & Esperança - Espiritualidade & Reforma Íntima - Alessandra Uzêda - Coleção Refletir

Fé & Esperança


De nada adianta lamentar-se ou reclamar de tudo o que acontece em sua vida. Somos responsáveis pelas experiências da vida que escolhemos levar, ainda que essa escolha tenha sido feita no plano espiritual, antes de sua encarnação. É preciso compreender que vivemos as situações necessárias para o nosso aprendizado e evolução moral e espiritual, para que, por meio do trabalho e da perseverança, tenhamos a fé e a esperança de vivermos ainda nesta vida, uma vida melhor.

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Homem Velho X Novo Homem - Espiritualidade & Reforma Íntima - Alessandra Uzêda - Coleção Refletir

Homem Velho

Somos espíritos eternos criados por Deus na sua mais pura perfeição, amor e bondade. Porém, é preciso compreender que as escolhas individuais de cada ser espiritual trazem em si, um homem velho cheio de imperfeições e desequilíbrios, vítimas de si mesmo, do mal-uso de seus livres-arbítrios. É preciso ressignificar conceitos, rever posturas e mudar comportamentos para o desabrochar do homem novo do século XXI.

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Novo Homem

A boa conduta do ser exige esforço contínuo e educação de nossas vontades mais imediatas que têm sua origem nos pensamentos, e das nossas emoções, cuja origem está em nossos sentimentos.  Educar pensamentos e sentimentos por meio do esclarecimento e do amadurecimento se constitui a chave para abrir as portas do coração do novo homem que desponta para viver o Mundo de Regeneração. 

Mudança Interior - Espiritualidade & Reforma Íntima - Alessandra Uzêda - Coleção Refletir

Mudança interior


A mudança interior que traz ao mundo o novo homem, exige esforço, perseverança e auto-amor, sobretudo, no primeiro momento em que este percebe em si mesmo, os maiores obstáculos a serem enfrentados e transformados, considerando que aí, ainda agem pelo impulso. É preciso amar-se, perdoar-se e acima de tudo acreditar que podes mudar para persistir na busca.


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domingo, 18 de outubro de 2015

PERGUNTAS SOBRE A NATUREZA E A IDENTIDADE DOS ESPÍRITOS - de O Livro dos Médiuns, Allan Kardec

 PERGUNTAS SOBRE A NATUREZA E A IDENTIDADE DOS ESPÍRITOS
1 – Por que sinais podemos reconhecer a superioridade ou a inferioridade dos Espíritos?
— Pela sua linguagem, como distingues um estouvado de um homem sensato. Já dissemos que os Espíritos superiores nunca se contradizem e só tratam de boas coisas. Só querem o bem. Essa é a sua preocupação.
— Os Espíritos inferiores estão ainda dominados pelas idéias materiais. Suas manifestações se ressentem da sua ignorância e da sua imperfeição. Só aos Espíritos superiores é dado conhecer todas as coisas e julgá-las em paixão.
2. O conhecimento científico de um Espírito é sempre uma prova da sua elevação?
— Não, porque se ainda estivesse sob a influência da matéria pode ter os vossos vícios e preconceitos. Há pessoas que são no vosso mundo excessivamente invejosas e orgulhosas. Pensas que ao deixá-lo perdem esses defeitos? Resta-lhes, depois que partem daí, principalmente às que alimentam fortes paixões, uma espécie de atmosfera que as envolve e conserva todas essas coisas más.
— Esses Espíritos semi-imperfeitos são mais temíveis que os Espíritos maus, porque, na sua maioria, juntam a astúcia e o orgulho à inteligência. Pelo seu pretenso saber eles se impõem às pessoas simples e ignorantes, que aceitam sem exame as suas teorias absurdas e mentirosas. Embora essas teorias não possam prevalecer contra a verdade, não deixam de produzir um mal momentâneo porque entravam a marcha do Espiritismo e porque os médiuns se enganam ingenuamente quanto ao mérito das comunicações que recebem. Este o ponto que requer grande estudo de parte dos espíritas esclarecidos e dos médiuns. Para distinguir o verdadeiro do falso é que devemos convergir toda a nossa atenção.(10)
3. Muitos Espíritos protetores se apresentam com nomes de santos ou de personagens conhecidos. O que devemos pensar disso?
— Todos os nomes de santos e de personagens conhecidos não bastariam pra designar o protetor de cada criatura. São poucos os Espíritos de nomes conhecidos na Terra. É por isso que quase sempre não dão os seus nomes. Mas na maioria das vezes quereis um nome. Então, para vos satisfazer eles usam o de um homem que conheceis e que respeitais.
4. Esse empréstimo de nome não pode ser considerado uma fraude?
— Seria uma fraude se feito por um Espírito mau que desejasse enganar. Mas sendo para o bem, Deus permite que assim se faça entre os Espíritos da mesma ordem, pois entre eles existe solidariedade e similitude de pensamentos.
5. Assim, quando um Espírito protetor se apresenta como São Paulo, por exemplo, não é certo que seja o Espírito ou a alma do apóstolo desse nome?
— De maneira alguma, pois se encontram milhares de pessoas às quais disseram que têm São Paulo como anjo guardião, ou outro santo. Mas que importa, se o Espírito que vos protege é da mesma elevação do apóstolo Paulo? Já vos disse: precisais de um nome e eles se servem de um para que os chameis e os reconheçais. É como fazeis com os nomes de batismo para vos distinguir dos demais membros da família. Eles podem também tomar os nomes dos arcanjos Rafael, Miguel, etc., sem que isso traga conseqüências.
— Aliás,quanto mais um Espírito é elevado, mais se multiplica o seu poder de irradiação. Sabei que um Espírito protetor de ordem superior pode tutelar centenas de encarnados. Entre vós, na Terra, tendes os notários que se encarregam dos negócios de cem ou duzentas famílias. Porque haveríamos de ser menos aptos, espiritualmente falando, na direção moral dos homens, do que aqueles na direção material de seus interesses?
6. Porque os Espíritos comunicantes tomam com tanta freqüência nomes de santos?
— Identifica-se com os hábitos daqueles a quem dirigem-se. Tomam os nomes mais aptos a melhor impressionar o homem, de acordo com as crenças deste.
7. Certos Espíritos superiores que se costumam evocar atendem sempre em pessoa? Ou, como pensam alguns mandatários para transmitir o seu pensamento?
— Porque não atenderiam em pessoa, se o podem? Mas se o Espírito não puder atender, em seu nome falará forçosamente um mandatário.
8. O mandatário é sempre suficientemente esclarecido para responder como o faria o próprio Espírito?
— Os Espíritos superiores sabem a quem confiam o encargo de os substituir. Aliás, quanto mais elevados são os Espíritos, mais se harmonizam num pensamento comum, de tal maneira que para eles a personalidade é diferente, como deve ser também para vós. Pensais então que no mundo dos Espíritos superiores só existem aqueles que conhecestes na Terra como capazes de vos instruir? Sois de tal modo levados a vos tomar por tipos universais que acreditais nada haver além do vosso mundo. Assemelhai-vos de fato aos selvagens que nunca saíram de sua ilha e pensam que o mundo não vai além dela.
9. Compreendemos que seja assim quando se trata de ensinamento sério. Mas como os Espíritos elevados permitem a Espíritos de baixa classe usarem nomes respeitáveis para semear o erro através de máximas muitas vezes perversas?
— Não é com a sua permissão que o fazem. Isso não acontece também entre vós? Os que assim enganam serão punidos, estai certos disso, e a punição será proporcional à gravidade da impostura. Aliás, se não fôsseis imperfeitos só tereis Espíritos bons ao vosso redor. Se sois enganados, não o deveis senão a vós mesmos. Deus o permite para provar a vossa perseverança e o vosso discernimento, para vos ensinar a distinguir a verdade do erro. Se não o fazeis é porque não estais suficientemente elevados e necessitais ainda das lições da experiência.
10. Espíritos pouco adiantados, mas animados de boas intenções e do desejo de progredir não são às vezes incumbidos de substituir um Espírito superior para se exercitarem na prática do ensino?
 Jamais nos Centros importantes. Quero dizer nos Centros sérios e para um ensino de ordem geral.(11) Os que o fazem é por sua própria conta e, como dizem, para se exercitarem. É por isso que as suas comunicações,embora boas, trazem sempre a marca da sua inferioridade. Recebem essa incumbência apenas para as comunicações de segunda importância e para as que podemos chamar de pessoais.
11. As comunicações espíritas ridículas são às vezes entremeadas de boas máximas. Como resolver essa anomalia, que parece indicar a presença simultânea de Espíritos bons e maus?
— Os Espíritos maus ou levianos se metem também a sentenciar, mas sem perceberem bem o alcance ou a significação do que dizem. Todos os que o fazem entre vós são homens superiores? Não, os Espíritos bons e maus não se misturam. É pela constante uniforme das boas comunicações que reconhecereis a presença dos Espíritos bons.
12. Os Espíritos que induzem ao erro estão sempre conscientes do que fazem?
— Não. Há Espíritos bons, mas ignorantes, podem enganar-se de boa fé. Quando tomam consciência da sua falta de capacidade eles a reconhecem e só dizem o que sabem.
13. Ao dar uma falsa comunicação,o Espírito sempre o faz com má intenção?
— Não. Se for um Espírito leviano apenas se diverte a mistificar, sem outra finalidade.
14. Desde que certos Espíritos podem enganar pela linguagem, podem tomar também uma falsa aparência para os médiuns videntes?
— Isso acontece, mas é mais difícil. Em todos os casos isso somente se dá com uma finalidade que os próprios Espíritos maus desconhecem, pois servem de instrumentos para uma lição. O médium vidente pode ver os Espíritos levianos e mentirosos como os outros médiuns podem ouvi-los ou escrever sob sua influência. Os Espíritos levianos podem aproveitar-se da faculdade do médium para o enganar com uma falsa aparência. Isso depende das qualidades do próprio Espírito do médium.(12)
15. É suficiente a boa intenção para não ser enganado, e nesse caso os homens realmente sérios, que não mesclam de curiosidade leviana os seus estudos, também estariam expostos à mistificação?
— Menos do que os outros, evidentemente. Mas o homem tem sempre algumas esquisitices que atraem os Espíritos zombeteiros. Julga-se forte e quase nunca o é. Deve desconfiar, por isso mesmo, da fraqueza proveniente do orgulho e dos preconceitos. Não se levam muito em conta essas duas causas de que os Espíritos se aproveitam, pois lhes agradando as manias estão seguros de conseguir o que desejam.(13)
16. Porque Deus permite que os Espíritos maus se comuniquem e digam coisas más?
— Mesmo o que há de pior traz um ensinamento. Cabe a vós saber tirá-lo. É necessário que haja comunicações de toda espécie para vos ensinar a distinguir os Espíritos bons dos maus e para que vos sirvam de espelho.
17. Os Espíritos podem sugerir desconfiança injusta contra certas pessoas, por meio de comunicações escritas, e separar amigos?
— Os Espíritos perversos e invejosos podem praticar os males que os homens praticam. Eis porque precisamos estar sempre em guarda. Os espíritos superiores são sempre prudentes e reservados quando censuram: nada dizem de mal, advertem com jeito. Se quiserem que duas pessoas, no próprio interesse delas, deixem de ver-se, provocarão incidentes que as separam de maneira natural. Uma linguagem que semeia discórdia e desconfiança provém sempre de um Espírito mau, seja qual for o nome de que se sirva. Assim, recebei sempre com reservas o que um Espírito disser de mau contra outro, sobretudo quando um Espírito bom já vos disse o contrário, e desconfiai também de vós mesmos, das vossas próprias aversões. Das comunicações espíritas aceitai somente o que for bom, grande, belo, racional e o que a vossa consciência aprove.
18. Pela facilidade com que os Espíritos maus se infiltram nas comunicações, parece que nunca se pode estar certo da verdade?
— Sim, podeis, desde que tendes a razão para os julgar. Ao ler uma carta sabeis reconhecer muito bem se foi um grosseirão ou um homem educado, um tolo ou um sábio que a escreveu. Se recebeis uma carta de um amigo distante, o que vos prova que é dele? A letra, direis. Mas não há farsantes que imitam todas as letras e tratantes que podem conhecer os vossos negócios? Não obstante, há indícios que não vos permitem enganar. O mesmo se dá com os Espíritos. Imaginai que é um amigo que vos escreve ou que se trata da obra de um escritor. E julgai da mesma maneira.
19. Os Espíritos superiores poderiam impedir os maus de tomarem nomes falsos?
— Certamente que o podem. Mas, quanto piores são os Espíritos, mais teimosos são e freqüentemente resistem às injunções. Convém saber que há pessoas pelas quais os Espíritos superiores se interessam mais do que por outras, e quando julgam necessários sabem preservá-las da mentira. Contra essas pessoas os mistificadores são impotentes.
20. Qual a razão dessa parcialidade?
— Isso não é parcialidade, é justiça. Os Espíritos bons se interessam pelos que aproveitam os seus conselhos e se esforçam seriamente para melhorarem. São esses os seus preferidos e os ajudam, mas pouco se importam com aqueles que os fazem perder o seu tempo em belas palavras.
21. Porque Deus permite aos Espíritos o sacrilégio de usarem falsamente nomes veneráveis?
— Poderíeis perguntar também porque Deus permite aos homens mentir e blasfemar. Os Espíritos como os homens, têm o seu livre arbítrio para o bem e para o mal, mas nem uns nem outros escaparão à justiça de Deus.
22. Há fórmulas eficazes para expulsar Espíritos mentirosos?
 Fórmula é matéria. Vale mais um bom pensamento dirigido a Deus.
23. Certos Espíritos disseram possuir sinais gráficos inimitáveis, espécies de selos pelos quais se pode reconhecer e constatar a sua identidade. Isso é verdade?
— Os Espíritos superiores só possuem como sinais de sua identidade a elevação de suas idéias e de sua linguagem. Qualquer Espírito pode imitar um sinal material. Quanto aos Espíritos inferiores, traem-se de tantas maneiras que só um cego se deixa enganar por eles.
24. Os Espíritos inferiores não podem imitar o pensamento?
— Imitam o pensamento como os cenários do teatro imitam a Natureza.
25. Seria assim tão fácil descobrir a fraude por um exame atento?
— Nem há dúvida. Os Espíritos só enganam os que se deixam enganar. Mas é preciso ter os olhos de joalheiro para distinguir a pedra verdadeira da falsa, e quem não sabe distingui-la procura um lapidário.
26. Há pessoas que se deixam seduzir por uma linguagem enfática, que se contentam mais com palavras do que com idéias, que chegam mesmo a tomar idéias falsas e vulgares por sublimes. Como essas pessoas, inaptas para julgar os homens, podem julgar os Espíritos?
— Quando são bastante modestas para reconhecer a sua insuficiência não se fiam em si mesmas. Quando, por orgulho, se julgam mais capazes do que são, pagam pela sua tola vaidade. Os Espíritos mistificadores sabem a quem se dirigem. Há pessoas simples e pouco instruídas que são mais difíceis de enganar do que as espertas e sabidas. Agradando o amor próprio eles fazem dos homens o que querem.(14)
27. Ao escrever, os Espíritos maus às vezes se traem por sinais materiais involuntários?
— Os habilidosos, não. Os inábeis se atrapalham. Qualquer sinal inútil e pueril é indício certo de inferioridade. Os Espíritos elevados não fazem nada inútil.
28. Muitos médiuns reconhecem os Espíritos bons e maus pela sensação agradável ou penosa que experimentam a sua aproximação. Perguntamos se a impressão desagradável, a agitação convulsiva, ou mal-estar enfim, são sempre indícios da natureza má dos Espíritos manifestantes?
— O médium experimenta as sensações do estado em que se encontra o Espírito manifestante. Quando o Espírito é feliz, seu estado é tranqüilo, calmo; quando é infeliz, é agitado, febril e essa agitação se transmitem naturalmente ao sistema nervoso do médium. Aliás, é assim o homem na Terra: aquele que é bom mostra-se calmo e tranqüilo; aquele que é mal está sempre agitado.
Observação de Kardec: Há médiuns de maior ou menor impressionabilidade e por isso não se pode considerar a agitação como regra absoluta. Nisto, como em tudo, devemos levar em conta as circunstâncias. A natureza penosa e desagradável da sensação é produzida pelo contraste, pois se o Espírito do médium simpatizar com o Espírito mau que se manifesta será pouco ou nada afetado por este. Além disso, é necessário não confundir a rapidez da escrita, produzida pela extrema flexibilidade de certos médiuns, com a agitação convulsiva que os médiuns mais lentos podem sofrer ao contato dos Espíritos imperfeitos.

Conheçam os meios de conhecer as qualidades dos Espíritos, segundo São Luis.- de O Livro dos Médiuns, Allan KArdec


 Conheçam os meios de conhecer as qualidades dos Espíritos,
 segundo São Luis

Repetimos que este é o único meio, mas é infalível porque não existe comunicação má que resista a uma crítica rigorosa Os Espíritos bons jamais se ofendem, pois eles mesmos nos aconselham a proceder assim e nada têm a temer do exame. Somente os maus se melindram e procuram dissuadir-nos, porque têm tudo a perder. E por essa mesma atitude provam o que são.
Eis o conselho dado por São Luís a respeito:
“Por mais legítima confiança que vos inspirem os Espíritos dirigentes de vossos trabalhos, há uma recomendação que nunca seria demais repetir e que deveis ter sempre em mente aos vos entregar aos estudos: a de pensar e analisar, submetendo ao mais rigoroso controle da razão todas as comunicações que receberdes; a de não negligenciar, desde que algo vos pareça suspeito, duvidoso ou obscuro, de pedir as explicações necessárias para formar a vossa opinião”.
  Podemos resumir os meios de reconhecer a qualidade dos Espíritos nos seguintes princípios:
1º) Não há outro critério para se discernir o valor dos Espíritos senão o bom senso. Qualquer fórmula dada pelos próprios Espíritos, com esse fim, é absurda e não pode provir de Espíritos superiores.
2º) Julgamos os Espíritos pela sua linguagem e as suas ações. As ações dos Espíritos são os sentimentos que eles inspiram e os conselhos que dão.
3º) Admitido que os Espíritos bons só podem dizer e fazer o bem, tudo o que é mau não pode provir de um Espírito bom.
4º) A linguagem dos Espíritos superiores é sempre digna, elevada, nobre, sem qualquer mistura de trivialidade. Eles dizem tudo com simplicidade e modéstia, nunca se vangloriam, não fazem jamais exibição do seu saber nem de sua posição entre os demais. A linguagem dos Espíritos inferiores ou vulgares é sempre algum reflexo das paixões humanas. Toda expressão que revele baixeza, auto-suficiência, arrogância, fanfarronice, mordacidade é sinal característico de inferioridade. E de mistificação, se o Espírito se apresenta com um nome respeitável e venerado.
5º) Não devemos julgar os Espíritos pelo aspecto formal e a correção do seu estilo, mas sondar-lhes o íntimo, analisar suas palavras, pesá-las friamente, maduramente e sem prevenção. Toda falta de lógica, de razão e de prudência não pode deixar dúvida quanto à sua origem, qualquer que seja o nome de que o Espírito se enfeite.
6º) A linguagem dos Espíritos elevados é sempre idêntica, se não quanto à forma, pelo menos quanto à substância. As idéias são as mesmas, sejam quais forem o tempo e o lugar. Podem ser mais ou menos desenvolvidas segundo as circunstâncias, as dificuldades ou facilidade de se comunicar, mas não serão contraditórias. Se duas comunicações com o mesmo nome se contradizem, uma das duas é evidentemente apócrifa. A verdadeira será aquela que nada desminta o caráter conhecido do personagem., Entre duas comunicações assinadas, por exemplo, por São Vicente de Paulo, uma pregando a união e a caridade e outra tendendo a semear a discórdia, não há pessoa sensata que possa enganar-se.
7º) Os Espíritos bons só dizem o que sabem, calando-se ou confessando a sua ignorância sobre o que não sabem. Os maus falam de tudo com segurança, sem se importar coma verdade. Toda heresia científica notória, todo princípio que choque o bom senso revela a fraude, se o Espírito se apresenta como esclarecido.
8º) Os Espíritos levianos são ainda reconhecidos pela facilidade com que predizem o futuro e se referem com precisão a fatos materiais que não podemos conhecer. Os Espíritos bons podem fazer-nos pressentir as coisas futuras, quando esse conhecimento for útil, mas jamais precisam as datas. Todo anúncio de acontecimento para uma época certa é indício de mistificação. 
9º) Os Espíritos superiores se exprimem de maneira simples, sem prolixidade. Seu estilo é conciso, sem excluir a poesia das ideias e das expressões, claro, inteligível a todos, não exigindo esforço para a compreensão. Eles possuem a arte de dizer muito em poucas palavras, porque cada palavra tem o seu justo emprego. Os Espíritos inferiores ou pseudo-sábios escondem sob frases empolgadas o vazio das idéias. Sua linguagem é freqüentemente pretensiosa, ridícula ou ainda obscura, a pretexto de parecer profunda.
10º) Os Espíritos bons jamais dão ordens: não querem impor-se, apenas aconselham e se não forem ouvidos se retiram. Os maus são autoritários, dão ordens, querem ser obedecidos e não se afastam facilmente. Todo Espírito que se impõe trai a sua condição.
São exclusivistas e absolutos nas suas opiniões e pretendem possuir o privilégio da verdade. Exigem a crença cega e nunca apelam para a razão, pois sabem que a razão lhes tiraria a máscara.
11º) Os Espíritos bons não fazem lisonjas. Aprovam o bem que se faz, mas sempre de maneira prudente. Os maus exageram nos elogios, excitam o orgulho e a vaidade, embora pregando a humildade, e procuram exaltar a importância pessoal daqueles que desejam conquistar.
12º) Os Espíritos superiores mantêm-se, em todas as coisas, acima das puerilidades formais. Os Espíritos vulgares são os únicos que podem dar importância a detalhes mesquinhos, incompatíveis com as idéias verdadeiramente elevadas. Toda prescrição meticulosa é sinal certo de inferioridade e mistificação de parte de um Espírito que toma um nome pomposo.
13º) Devemos desconfiar dos nomes bizarros e ridículos usados por certos Espíritos que desejam impor-se à credulidade. Seria extremamente absurdo tomar esses nomes a sério.
14º) Devemos igualmente desconfiar dos Espíritos que se apresentam com muita facilidade usando nomes bastante venerados, e só com muita reserva aceitar o que dizem. Nesses casos, sobretudo, é que um controle se torna indispensável. Porque é freqüentemente a máscara que usam para levar-nos a crer em pretensas relações íntimas com Espíritos excelsos. Dessa maneira eles lisonjeiam a vaidade do médium e se aproveitam dela para o induzirem a atos lamentáveis e ridículos.
15º) Os Espíritos bons são muito escrupulosos no tocante às providências que podem aconselhar. Em todos os casos têm apenas em vista um fim sério e eminentemente útil. Devemos pois encarar como suspeitas todas aquelas que não tenham esse caráter ou sejam condenáveis pela razão, refletindo maduramente antes de adotá-las, pois do contrário nos exporemos a mistificações desagradáveis.
16º) Os Espíritos bons são também reconhecíveis pela sua prudente reserva no tocante às coisas que possam comprometer-nos. Repugna-lhes desvendar o mal. Os Espíritos levianos ou malfazejos gostam de expô-lo. Enquanto os bons procuram abrandar os erros e pregam a indulgência, os maus os exageram e sopram a discórdia por meio de pérfidas insinuações.
17º) Os Espíritos bons só ensinam o bem. Toda máxima, todo conselho que não for estritamente conforme a mais pura caridade evangélica não pode provir de Espíritos bons.
18º) Os Espíritos bons só dão conselhos perfeitamente racionais. Toda recomendação que se afaste da linha reta do bom senso ou das leis imutáveis da Natureza acusa a presença de um Espírito estrito e portanto pouco digno de confiança.
19º) Os Espíritos maus ou simplesmente imperfeitos ainda se revelam por sinais materiais que a ninguém poderão enganar. A ação que exercem sobre o médium é às vezes violenta, provocando movimentos bruscos e sacudidos, uma agitação febril e convulsiva que contrasta com a calma e a suavidade dos Espíritos bons.
20º) Os Espíritos imperfeitos aproveitam-se freqüentemente dos meios de comunicação de que dispõem para dar maus conselhos. Excitam a desconfiança e a animosidade entre os que lhes são antipáticos. Principalmente as pessoas que podem desmascarar a sua impostura são visadas pela sua maldade.
As criaturas fracas, impressionáveis, tornam-se alvo do seu esforço para levá-las ao mal. Usam sucessivamente os sofismas, os sarcasmos, as injúrias e até as provas materiais do seu poder oculto para melhor convencê-las, empenhando-se em desviá-las do caminho da verdade.
21º) Os Espíritos dos que tiveram, na Terra, umas preocupações exclusivas, materiais ou morais, se ainda não conseguiram libertar-se da influência da matéria continuam dominados pelas idéias terrenas. Carregam parte dos preconceitos, das predileções e até mesmo das manias que tiveram aqui. Isso é fácil de se reconhecer pela sua linguagem.
22º) Os conhecimentos de que certos Espíritos muitas vezes se enfeitam, com uma espécie de ostentação, não são nenhuns sinais de superioridade. A verdadeira pedra de toque para se verificar essa superioridade é a pureza inalterável dos sentimentos morais.
23º) Não basta interrogar um Espírito para se conhecer a verdade. Devemos, antes de tudo, saber a quem nos dirige. Porque os Espíritos inferiores, pela sua própria ignorância, tratam com leviandade as mais sérias questões. Também não basta que um Espírito tenha sido na Terra um grande homem para possuir no mundo espírita a soberana ciência. Só a virtude pode, purificando-o, aproximá-lo de Deus e ampliar os seus conhecimentos.
24º) Os gracejos dos Espíritos superiores são muitas vezes sutis e picantes, mas nunca banais. Entre os Espíritos zombeteiros, mas que não são grosseiros, a sátira mordaz é feita quase sempre muito a propósito.
25º) Estudando-se com atenção o caráter dos Espíritos que se manifestam, sobretudo sob o aspecto moral, reconhece-se a sua condição e o grau de confiança que devem merecer. O bom senso não se enganará.
26º) Para julgar os Espíritos, como para julgar os homens, é necessário antes saber julgar-se a si mesmo. Há infelizmente muita gente que toma a sua própria opinião por medida exclusiva do bem e do mal, do verdadeiro e do falso, Tudo o que contradiz a sua maneira de ver, as suas idéias, o sistema que inventaram ou adotaram é mau aos seus olhos. Falta a essas criaturas, evidentemente, a primeira condição para uma reta apreciação: a retidão do juízo. Mas elas nem o percebem. Esse o defeito que mais enganos produz.(8)
Todas estas instruções decorrem da experiência e do ensino dos Espíritos. Completamo-las com as próprias respostas dadas por eles a respeito dos pontos mais importantes.