O Espírito André Luiz
faz as seguintes observações sobre a sessão de desenvolvimento mediúnico em que
participou:
- Achou que a sessão não parecia ter sido de grandes realizações para os encarnados.
- Verificou que no ambiente dele, entre os desencarnados, havia uma enorme satisfação entre todos os espíritos que ali trabalhavam em prol do bem, mesmo após duas horas de trabalhos.
- Observou um esforço intenso despendido pelos servidores da Erraticidade. Eram em grande número. Assistiam os companheiros terrestres, e também atendiam a longas filas de entidades sofredoras do plano espiritual.
·
A preocupação
de André Luiz naquela reunião era o VAMPIRISMO.
o Vira os mais estranhos bacilos de natureza psíquica, completamente desconhecidos na microbiologia mais avançada. Entretanto, formavam também colônias densas e terríveis.
o Vira os mais estranhos bacilos de natureza psíquica, completamente desconhecidos na microbiologia mais avançada. Entretanto, formavam também colônias densas e terríveis.
Não
guardavam a forma esférica das cocáceas, nem o tipo
de bastonete das bacteriáceas diversas, já conhecidas
pela Medicina:
Reconhecera-lhes o ataque aos elementos vitais do corpo físico, atuando com maior potencial destrutivo sobre as células mais delicadas.
·
André
Luiz foi tomado por diversos
questionamentos:
o
Que
significava aquele mundo novo?
o Que
agentes seriam aqueles, caracterizados por indefinível e pernicioso poder?
o
Estariam
todos os homens sujeitos à sua influenciação?
· Observou que em se tratando de
vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros
propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no
estojo de carne dos homens.
O Instrutor espiritual que esclarece as dúvidas de André Luiz, se dispôs a conversar, provocando nele uma reflexão:
O Instrutor espiritual que esclarece as dúvidas de André Luiz, se dispôs a conversar, provocando nele uma reflexão:
-
Você não ignora que, no círculo das enfermidades terrestres, cada espécie de micróbio tem o seu ambiente
preferido.
o
O
pneumococo aloja-se habitualmente
nos pulmões;
o
o
bacilo de Eberth localiza-se nos intestinos onde produz a febre tifoide;
o
o
bacilo de Klebs-Löffler situa-se nas mucosas onde provoca a difteria.
o
em
condições especiais do organismo, proliferam os bacilos de Hansen ou de Koch.
- Acredita você que semelhantes formações
microscópicas se circunscrevem à carne transitória?
- Não sabe que o macrocosmo está repleto
de surpresas em suas formas variadas?
No campo infinitesimal (Universo-infinito), as revelações obedecem à mesma ordem surpreendente.
No campo infinitesimal (Universo-infinito), as revelações obedecem à mesma ordem surpreendente.
André,
meu amigo, as doenças psíquicas são
muito mais deploráveis. A patogênese da alma está dividida em quadros dolorosos.
o
A cólera, a intemperança, os
desvarios do sexo, as viciações de vários matizes, formam criações inferiores que afetam profundamente a vida íntima.
o
Quase
sempre o CORPO DOENTE assinala a MENTE
ENFERMIÇA.
o
A
organização fisiológica (o corpo físico), segundo conhecemos no campo de cogitações terrestres,
não vai além do vaso de barro, dentro do
molde preexistente do corpo espiritual. (corpo
espiritual)
o
Atingido
o molde em sua estrutura pelos golpes
das vibrações inferiores, o vaso refletirá imediatamente. (A enfermidade do
corpo físico, começa pelo corpo espiritual)
André Luiz ainda tinha as seguintes indagações a esclarecer:
o
Como
encarar o problema das formações iniciais?
o
Enquadrava-se
a afecção (na medicina é qualquer
alteração patológica do corpo) psíquica
no mesmo quadro sintomatológico (mesmos sintomas entre encarnados) que conhecera, até então, para as enfermidades orgânicas em geral?
o
Haveria
contágio de moléstias da alma? E
seria razoável que assim fosse, na esfera (no plano
espiritual) onde os fenômenos patológicos da carne não mais deveriam
existir?
Afirmara Virchow que o CORPO HUMANO “é um país celular, onde cada célula é um cidadão,
constituindo a doença um atrito dos cidadãos, provocado pela invasão de
elementos externos”.
De fato, a criatura humana, desde o
berço, deve lutar contra diversas flagelações climáticas, entre venenos e bactérias
de variadas origens. Pôs-se a perguntar:
o
Como
se verificam os processos mórbidos de ascendência psíquica?
o
Não
resulta a afecção do assédio de forças exteriores?
o
Em
nosso domínio, como explicar a questão?
o
É
a viciação da personalidade espiritual que produz as criações vampirísticas ou
estas que avassalam a alma, impondo-lhe certas enfermidades?
o
Nesta
última hipótese, poderíamos considerar a possibilidade do contágio?
O orientador ouviu-me, atencioso, e
esclareceu:
- Primeiramente a semeadura, depois a
colheita; e, tanto as sementes
de trigo como de escalracho, encontrando terra propícia, produzirão a seu modo
e na mesma pauta de multiplicação. Nessa resposta da Natureza ao esforço
do lavrador, temos simplesmente a lei.
Considerou que André Luiz estava observando o SETOR DE LARVAS com
justificável admiração, e RESPONDEU:
- Não tenha dúvida. Nas moléstias da alma, como nas enfermidades
do corpo físico, antes da afecção existe o
ambiente.
o
As
AÇÕES produzem efeitos;
o
Os
SENTIMENTOS geram criações.
o
Os
PENSAMENTOS dão origem a formas e consequências
de infinitas expressões.
E, em virtude de cada Espírito representar um universo por si, CADA UM DE NÓS É RESPONSÁVEL pela EMISSÃO DE FORÇAS que lançamos em circulação nas correntes da
vida, tais como:
o
A
cólera, a desesperação, o ódio e o vício são forças que oferecem campo a perigosos
germens psíquicos na esfera da alma.
o
Da
mesma forma que acontece no terreno das enfermidades do corpo, o contágio no plano
espiritual é fato consumado, desde que, a IMPREVIDÊNCIA ou a NECESSIDADE DE LUTA estabeleça ambiente propício,
entre companheiros do mesmo nível, ou seja, de mesmo
padrão vibratório.
o Não se pode ignorar que muita gente cultiva
a vocação para o abismo e que cada viciação
particular da personalidade produz as formas sombrias que se alastra, por relaxamento do responsável, às
regiões onde não prevalece o espírito de VIGILÂNCIA e DEFESA.
Ponderações
feitas pelo Benfeitor Espiritual de André Luiz:
Não se
pode esquecer a nossa condição de velhos
reincidentes no abuso da lei. Desde o primeiro dia de razão na mente
humana, Deus criou princípios religiosos, sugerindo-nos as regras de bem-viver.
Contudo, à medida que se refinam
conhecimentos intelectuais, parece
que há menor respeito no homem para com as dádivas sagradas.
Os pais terrestres, com raríssimas exceções, são as
primeiras sentinelas viciadas, agindo em prejuízo dos filhinhos. Comumente, aos vinte anos, em virtude da inércia
dos vigias do lar, a mulher é uma boneca
e o homem um manequim de futilidades doentias, muito mais interessados no
serviço dos alfaiates que no esclarecimento dos professores; alcançando o monte do casamento, muitas
vezes são pessoas excessivamente ignorantes ou demasiadamente desviadas.
Cumpre,
ainda, reconhecer que nós mesmos (os Espíritos), em
todo o curso das experiências terrestres, na maioria das ocasiões fomos
campeões do endurecimento e da perversidade contra as nossas próprias forças
vitais.
Entre ABUSOS DO SEXO e da ALIMENTAÇÃO, desde os anos mais tenros, nada mais fazíamos que desenvolver as tendências inferiores,
cristalizando hábitos malignos.
- Seria,
pois, de admirar tantas moléstias do corpo e degenerescências psíquicas?
O
Plano Superior jamais nega recursos aos necessitados de toda ordem e, valendo-se dos mínimos ensejos, auxilia os irmãos de humanidade na restauração de seus patrimônios, seja
cooperando com a NATUREZA ou inspirando a DESCOBERTAS DE NOVAS fontes
medicamentosas e reparadoras. (O auxílio da
ciência vem do Plano Superior)
Por
nossa vez, em nos despojando dos fluidos
mais grosseiros, através da morte física, à proporção que nos elevamos em COMPREENSÃO e COMPETÊNCIA,
transformamo-nos em AUXILIARES DIRETOS
das criaturas.
Apesar
disso, porém, o cipoal da ignorância é
ainda muito espesso. E o VAMPIRISMO
mantém considerável expressão,
porque, se o Pai
é sumamente misericordioso, é também infinitamente justo. Ninguém
lhe confundirá os desígnios, e a morte do corpo quase sempre
surpreende a alma em terrível condição parasitária.
Desse
modo, a PROMISCUIDADE entre os
encarnados indiferentes à Lei Divina e os desencarnados que a ela têm sido
indiferentes, é muito grande na crosta
da Terra.
Absolutamente
sem preparo, e tendo vivido muito mais
de sensações animalizadas que de
sentimentos e pensamentos puros, as criaturas humanas, além do túmulo, em muitíssimos casos,
prosseguem imantadas aos ambientes domésticos que lhes alimentavam o campo
emocional.
Dolorosa ignorância prende-lhes os corações, repletos de
particularismos, encarceradas no
magnetismo terrestre, enganando a si próprias e fortificando suas antigas
ilusões.
Aos
infelizes que caíram em semelhante condição de parasitismo, as
larvas que você observou servem de alimento habitual.
Semelhantes
larvas são portadoras de vigoroso magnetismo animal.
O Instrutor Espiritual de André Luiz, observando
como suas indagações o entrechocavam no cérebro, considerou:
-
Naturalmente que a fauna microbiana,
em análise, não será servida em pratos;
bastará ao
desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância, ainda encarnados,
qual erva daninha aos galhos das árvores, e sugar-lhes a substância vital.
André
Luiz não conseguia dissimular o assombro que o dominava, então o instrutor
espírtual levantou as seguintes reflexões:
-Porque tamanha estranheza?
- E
nós outros, quando nas esferas da carne?
- Nossas
mesas não se mantinham à custa das vísceras dos touros e das aves?
- A
pretexto de buscar recursos proteicos, exterminávamos frangos e carneiros,
leitões e cabritos incontáveis.
- Sugávamos
os tecidos musculares, roíamos os ossos.
- Não
contentes em matar os pobres seres que nos pediam roteiros de progresso e valores
educativos, para melhor atenderem a Obra do Pai, dilatávamos os requintes da exploração milenária e infligíamos a muitos
deles determinadas moléstias para que nos servissem ao paladar, com a máxima
eficiência.
- O
suíno comum era localizado por nós, em regime de ceva, e o pobre animal, muita
vez à custa de resíduos, devia criar para nosso uso certas reservas de gordura,
até que se prostrasse, de todo, ao peso de banhas doentias e abundantes.
- Colocávamos
gansos nas engordadeiras para que hipertrofiassem o fígado, de modo a obtermos
pastas substanciosas destinadas a quitutes que ficaram famosos, despreocupados
das faltas cometidas com a suposta vantagem de enriquecer os valores
culinários.
- Em
nada nos doía o quadro comovente das vacas-mães, em direção ao matadouro, para
que nossas panelas transpirassem agradavelmente.
- Encarecíamos,
com toda a responsabilidade da Ciência, a necessidade de proteínas e gorduras
diversas, mas esquecíamos de que a nossa
inteligência, tão fértil na descoberta de comodidade e conforto, teria recursos
de encontrar novos elementos e meios de incentivar os suprimentos proteicos ao
organismo, sem recorrer às indústrias da morte.
- Esquecíamos-nos
de que ° aumento dos laticínios, para enriquecimento da alimentação, constitui
elevada tarefa, porque tempos virão, para a Humanidade terrestre, em que o
estábulo, como o lar, será também sagrado.
André Luiz interviu para as seguintes
considerações:
A ideia
de que muita gente na Terra vive à mercê de vampiros invisíveis é francamente
desagradável e inquietante.
o
E
a proteção das esferas mais altas?
o
E
o amparo das entidades angélicas, a amorosa defesa de nossos superiores?
André, meu caro, falou o instrutor, benevolente:
- Devemos afirmar a verdade, embora contra nós
mesmos.
- Em todos os setores da Criação, Deus,
nosso Pai, colocou os superiores e os inferiores para o trabalho de evolução,
através da colaboração e do amor, da administração e da obediência.
o
Atrever-nos-íamos
a declarar, porventura, que fomos bons para os seres que nos eram inferiores?
o
Não
lhes devastávamos a vida, personificando diabólicas figuras em seus caminhos?
Claro
que não desejamos criar um princípio de
falsa proteção aos irracionais, obrigados, como nós outros, a cooperar com
a melhor parte de suas forças e possibilidades no engrandecimento e na harmonia
da vida, nem sugerimos a perigosa conservação dos elementos reconhecidamente
daninhos.
Todavia,
devemos esclarecer que, no capítulo da
indiferença para com a sorte dos
animais, da qual participamos no quadro das atividades humanas, nenhum de nós poderia, em sã
consciência, atirar a primeira pedra.
Os seres inferiores e
necessitados do Planeta não nos encaram como superiores generosos e
inteligentes, mas como verdugos cruéis.
Confiam
na tempestade furiosa que perturba
as forças da Natureza, mas fogem, desesperados, à aproximação do homem
de qualquer condição, excetuando-se
os animais domésticos que, por confiar em nossas palavras e atitudes,
aceitam o cutelo no matadouro, quase sempre com lágrimas de aflição, incapazes
de discernir com o raciocínio embrionário onde começa a nossa perversidade e
onde termina a nossa compreensão.
Se não protegemos nem educamos
aqueles que o Pai nos confiou, como germens frágeis de racionalidade nos pesados vasos do
instinto; se abusarmos largamente de sua
incapacidade de defesa e conservação, como exigir o amparo de superiores
benevolentes e sábios, cujas instruções mais simples são para nós difíceis de
suportar, pela nossa lastimável condição de infratores da lei de auxílios
mútuos?
Na
qualidade de médico, você não pode ignorar que o embriologista, contemplando o
feto humano em seus primeiros dias, a distância do veículo natural, não poderá
afirmar, com certeza, se tem sob os olhos o gérmen dum homem ou de um cavalo.
O
médico legista encontra dificuldades para determinar se a mancha de sangue
encontrada eventualmente provém de um homem, dum cão ou dum macaco.
O
animal possui igualmente o seu sistema endocrínico, suas reservas de hormônios,
seus processos particulares de reprodução em cada espécie e, por isso mesmo,
tem sido auxiliar precioso e fiel da Ciência na descoberta dos mais eficientes
serviços de cura das moléstias humanas, colaborando ativamente na defesa da
Civilização.
Entretanto...
Interrompera-se o instrutor e, considerando a gravidade do assunto, perguntei
com emoção:
o
Como
solucionar tão dolorosos problemas?
Os problemas são nossos -esclareceu o generoso amigo, tranquilamente, não nos cabe condenar a ninguém.
Abandonando as faixas de nosso primitivismo, devemos acordar a
própria consciência para a responsabilidade coletiva.
A missão do superior é a de
amparar o inferior e educá-lo.
E os nossos abusos para com a Natureza estão cristalizados em todos os países,
há muitos séculos. Não podemos renovar os sistemas econômicos dos povos, dum
momento para outro, nem substituir os hábitos arraigados e viciosos de
alimentação imprópria, de maneira repentina.
Refletem eles, igualmente, nos seus erros multimilenários. Mas, na qualidade de filhos endividados para com
Deus e a Natureza, devemos prosseguir no trabalho
educativo, acordando os companheiros encarnados, mais experientes e
esclarecidos, para a nova era em que os homens cultivarão o solo da
Terra por amor e utilizar-se-ão dos animais, com espírito de respeito, educação
e entendimento.
Semelhante realização é de
importância essencial na vida humana, porque:
o
sem
AMOR para com os nossos inferiores,
não podemos aguardar a proteção dos
superiores;
o
sem
RESPEITO para com os outros, não
devemos esperar o respeito alheio.
Se temos sido VAMPIROS INSACIÁVEIS DOS SERES FRÁGEIS que nos cercam, entre as
formas terrenas, abusando de nosso poder
racional ante a fraqueza da inteligência deles, não é demais que, por força da animalidade que conserva
desveladamente, venha
a cair à maioria das criaturas em situações enfermiças pelo vampirismo das
entidades que lhes são afins, na esfera invisível.
Os esclarecimentos de Alexandre,
ministrados sem presunção e sem crítica, penetravam-me fundo. Algo de novo
despertava-me o ser. Era o espírito de veneração por todas as coisas, o
reconhecimento efetivo do Paternal Poder do Senhor do Universo.
O delicado
orientador interrompeu-me o transporte de íntima adoração ao Pai, acentuando:
- Segundo observa, o legítimo
desenvolvimento mediúnico é problema de ascensão espiritual' dos candidatos às
percepções sublimes. Entretanto. André, não importa que os nossos
amigos, ansiosos pelos altos valores psíquicos, tenham vindo até aqui sem a devida preparação. Embora incipientes
no assunto, lucraram muitíssimo, porque foram
auxiliados contra o vampirismo venenoso e destruidor.
André Luiz o indagou:
o
Surpreendeu-se
você com as larvas que lhes avassalam as
energias espirituais; agora ver as entidades exploradoras que permanecem
fora do recinto, esperando-lhes o regresso lá fora?
Respondeu o instrutor:
o
Sim.
Se os nossos irmãos conseguissem de
fato estabelecer sobre si mesmos os desejáveis golpes de disciplina, muito ganhariam
em força contra a influenciação dos infelizes que os seguem.
o
Lamentavelmente,
no entanto, são
raros os que mantêm a necessária resolução, no terreno da aplicação viva da luz
que recebem.
o
A maioria, rompido o nosso círculo magnético,
organizado no curso de cada reunião, esquece as bênçãos recebidas e
volta-se, novamente, para as mesmas condições deploráveis de horas antes, SUBJUGADA
PELOS VAMPIROS renitentes e cruéis.
Notando que os nossos amigos encarnados se
dispunham a sair, o instrutor convidou
André Luiz:
- Venha comigo à via pública e observe por si
mesmo.
Livro: Missionários da Luz – Francisco Cândido Xavier – Espírito André Luiz
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