domingo, 28 de junho de 2015

MÉDIUNS CURADORES - de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec


MÉDIUNS CURADORES

Diremos apenas que esse gênero da mediunidade consiste principalmente no dom de curar por simples toques, pelo olhar ou mesmo por um gesto, sem nenhuma medicação. 

Certamente dirão que se trata simplesmente de magnetismo. 

É evidente que o fluido magnético exerce um grande papel no caso. Mas, quando se examina o fenômeno com devido cuidado, facilmente se reconhece à presença de mais alguma coisa.

A magnetização comum é uma verdadeira forma de tratamento, com a devida seqüência, regular e metódica. No caso referido as coisas se passam de maneira inteiramente diversa. 
Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, se souberem cuidar do assunto convenientemente. 

Mas entre os médiuns curadores a faculdade é espontânea, e às vezes a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta, que caracteriza a mediunidade, torna-se evidente em certas circunstâncias. E o é, sobretudo, quando consideramos que a maioria das pessoas qualificáveis como médiuns curadores recorrem à prece, que é uma verdadeira evocação. 

MÉDIUNS SONÂMBULOS - de O Livro dos Médiuns, Allan Kardec

 MÉDIUNS SONÂMBULOS

O sonambulismo pode ser considerado como uma variedade da faculdade mediúnica, ou melhor, trata-se de duas ordens de fenômenos que se encontram freqüentemente reunidos.

O sonâmbulo age por influência do seu próprio Espírito. É a sua alma que, nos momentos de emancipação, vê, ouve e percebe além dos limites dos sentidos. 
O que ele diz procede dele mesmo

Em geral, suas idéias são mais justas do que no estado normal, seus conhecimentos são mais amplos porque sua alma está livre. Numa palavra, ele vive por antecipação a vida dos Espíritos.


O médium, pelo contrário, serve de instrumento a outra inteligência. .(É passivo e o que diz não é dele.

 Em resumo: o sonâmbulo exprime o seu próprio pensamento e o médium exprime o pensamento de outro.

Mas o Espírito que se comunica através de um médium comum pode também fazê-lo por um sonâmbulo. Freqüentemente mesmo o estado de emancipação da alma, no estado sonambúlico, torna fácil essa comunicação.

 Muitos sonâmbulos vêem perfeitamente os Espíritos e os descrevem com a mesma precisão dos médiuns videntes. Podem conversar com eles e transmitir-nos o seu pensamento. Assim, o que eles dizem além do círculo de seus conhecimentos pessoais lhe é quase sempre sugerido por outros Espíritos.



MÉDIUNS VIDENTES - de O Livro dos Médiuns, Allan Kardec

 MÉDIUNS VIDENTES


 Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos

Há os que gozam dessa faculdade em estado normal, perfeitamente acordados, guardando lembrança precisa do que viram. Outros só a possuem em estado sonambúlico ou aproximado do sonambulismo. É raro que esta faculdade seja permanente , sendo quase sempre o resultado de uma crise súbita e passageira. 

Podemos incluir na categoria de médiuns videntes todas as pessoas dotadas de segunda-vista. A possibilidade de ver os Espíritos em sonho é também uma espécie de mediunidade, mas não constitui propriamente a mediunidade de vidência. 

O médium vidente acredita ver pelos olhos, como os que tem a dupla-vista, mas na realidade é a alma que vê, e por essa razão eles tanto vêem com os olhos abertos ou fechados. Dessa maneira, um cego pode ver os Espíritos como os que têm visão normal.

Seria interessante fazer um estudo sobre esta questão, verificando se essa faculdade é mais freqüente nos cegos. Espíritos que viveram na Terra como cegos nos disseram que tinham, pela alma, a percepção de alguns objetos e que não estavam mergulhados numa escuridão completa.

Devemos distinguir as aparições acidentais e espontâneas da faculdade propriamente dita de ver os Espíritos

As primeiras ocorrem com mais freqüência no momento da morte de pessoas amadas ou conhecidas, que vêm advertir-nos de sua passagem para o outro mundo. Há numerosos exemplos de casos dessa espécie, sem falar das ocorrências de visões durante o sono. De outras vezes são parentes ou amigos que, embora mortos há muito tempo, aparecem para nos avisar de um perigo, dar um conselho ou pedir ajuda. Essa ajuda é sempre a execução de um serviço que ele não pôde fazer em vida ou o socorro das preces.Essas aparições constituem fatos isolados,tendo um caráter individual e pessoal. Não constituem, pois, uma faculdade propriamente dita. 

A faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos freqüente, de ver os Espíritos que se aproximam, mesmo que estranhos. É essa faculdade que define o médium vidente.

Entre os médiuns videntes há os que vêem somente os espíritos evocados, podendo descrevê-los nos menores detalhes dos seus gestos, da expressão fisionômica, os traços característicos do rosto, as roupas e até mesmo os sentimentos que revelam. 

Há outros que possuem a faculdade em sentido mais geral, vendo toda a população espírita do ambiente ir e vir e, poderíamos dizer, entregue a seus afazeres.


MÉDIUNS FALANTES - de O Livro dos Médiuns, Allan Kardec

MÉDIUNS FALANTES

Os médiuns audientes, que apenas transmitem o que ouvem, não são propriamente médiuns falantes. Estes, na maioria das vezes, não ouvem nada

Ao servir-se deles, os Espíritos agem sobre os órgãos vocais, como agem sobre as mãos nos médiuns escreventes. 

O Espírito se serve para a comunicação dos órgãos mais flexíveis que encontra no médium. De um empresta as mãos, de outro as cordas vocais e de um terceiro os ouvidos.

 O médium falante em geral se exprime sem ter consciência do que diz, e quase sempre tratando de assuntos estranhos às suas preocupações habituais, fora de seus conhecimentos e mesmo do alcance de sua inteligência.

Embora esteja perfeitamente desperto e em condições normais raramente se lembra do que disse.

Numa palavra, a voz do médium é apenas um instrumento e que o Espírito se serve e com o qual outra pessoa pode conversar com este, como o faz no caso de médium audiente.

Mas nem sempre a passividade do médium falante é assim completa. Há os que têm intuição do que estão dizendo, no momento em que pronunciam as palavras. 

MÉDIUNS AUDIENTES - de O Livro dos Médiuns, Allan Kardec

MÉDIUNS AUDIENTES 

 São os que ouvem a voz dos Espíritos

Como já dissemos tratar da pneumatofonia, é algumas vezes uma voz interna que se faz ouvir no foro íntimo. De outras vezes é umas voz externa, clara e distinta como a de uma pessoa viva. 

Os médiuns audientes podem assim conversar com os Espíritos. Quando adquirem o hábito de comunicar-se com certos Espíritos, os reconhecem imediatamente pelo timbre da voz.

Quando não se possui essa faculdade, pode-se também comunicar com um Espírito através de um médium audiente, que exerce o papel de intérprete. 

Esta faculdade é muito agradável, quando o médium só ouve Espíritos bons ou somente aqueles que ele chama.

Mas não se dá o mesmo quando um Espírito mau se apega a ele, fazendo-lhe ouvir a cada minuto as coisas mais desagradáveis e algumas vezes mais inconvenientes. É necessário então tratar de desembaraçar-se, pelos meios que indicaremos no capítulo da Obsessão.


MÉDIUNS SENSITIVOS OU IMPRESSIONÁVEIS- de O Livro dos Médiuns, Allan kardec

MÉDIUNS SENSITIVOS OU IMPRESSIONÁVEIS
São assim designadas às pessoas capazes de sentir a presença dos Espíritos por uma vaga impressão, uma espécie de arrepio geral que elas mesma não sabem o que seja. Esta variedade não apresenta caráter bem definido.

Todos os médiuns são necessariamente impressionáveis, de maneira que a impressionabilidade é antes uma qualidade geral do que especial: é a faculdade rudimentar indispensável ao desenvolvimento de todas as outras.

Difere da impressionabilidade puramente física e nervosa, com a qual não se deve confundi-la, pois há pessoas que são neuricamente e sentem mais ou menos a presença dos Espíritos, ao passo que outras muito suscetíveis absolutamente não os percebem.
Essa faculdade se desenvolve com o hábito e pode atingir uma tal sutileza que a pessoa dotada reconhece, pela sensação recebida, não só a natureza boa ou má do Espírito que se aproximou, mas também a sua individualidade como o cego reconhece, por um certo não sei que, a aproximação desta ou daquela pessoa. 

Ela se torna, em relação aos Espíritos, um verdadeiro sensitivo. Um bom Espírito produz sempre uma impressão suave e agradável; a de um mau Espírito, pelo contrário é penosa, angustiosa e desagradável; tem como que um cheiro de impureza.


MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS - de O Livro dos Médiuns, Allan Kardec

 MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS


160. Os médiuns de efeitos físicos são particularmente aptos a produzir fenômenos materiais como os movimentos dos corpos inertes, os ruídos, etc. Podem ser divididos em médiuns facultativos e médiuns involuntários. (Ver 2ª parte, caps. II e IV).
MÉDIUNS FACULTATIVOS
Os médiuns facultativos têm consciência do seu poder e produzem fenômenos espíritas pela própria vontade.
Essa faculdade embora inerente à espécie humana, como dissemos, não se manifesta em todos no mesmo grau. Mas se são poucas as pessoas que não a possuem, ainda mais raras são as que produzem grandes efeitos como a suspensão de corpos pesados no espaço, o transporte através do ar e sobretudo as aparições.
Os efeitos mais simples são o da rotação de um objeto, de pancada por meio de movimentos desse objeto ou dadas interiormente na sua própria substância.
Sem se dar importância capital a esses fenômenos, achamos que não devem ser menosprezados. Podem proporcionar interessantes observações e contribuir para firmar a convicção. Mas convém notar que a faculdade de produzir efeitos materiais raramente se manifesta entre os que dispõem de meios mais perfeitos de comunicação, como a escrita e a palavra. Geralmente a faculdade diminui num sentido à medida que se desenvolve em outro.(2)
MÉDIUNS INVOLUNTÁRIOS OU NATURAIS
 Os médiuns involuntários ou naturais são os que exercem a sua influência sem querer.
Não têm nenhuma consciência do seu poder e quase sempre o que acontece de anormal ao seu redor não lhes parece estranho. Essas coisas fazem parte da sua própria maneira de ser, precisamente com as pessoas dotadas de segunda vista e que nem o suspeitam.
Essas pessoas são dignas de observação e não devemos descuidar de anotar e estudar os fatos dessa espécie que possam chegar ao nosso conhecimento. Eles surgem em todas as idades e freqüentemente entre crianças ainda pequenas. (Ver no cap. V: Manifestações espontâneas.)
Esta faculdade não é, por si mesma, indício de estado patológico, pois não é incompatível com a saúde perfeita. Se a pessoa que a possui é doente, isso provém de outra causa. Os meios terapêuticos aliás, são impotentes para fazê-la desaparecer. Em alguns casos ela pode aparecer depois de uma certa franqueza orgânica, mas esta não é jamais a sua causa eficiente. Não seria razoável, portanto, inquietar-se com ela no tocante à saúde. 
Só haveria inconveniente se a pessoa, tornando-se médium facultativo, a usasse de maneira abusiva, pois então poderia ocorrer excessiva emissão de fluido vital, determinando enfraquecimento orgânico.

PARTE 2 - CAPÍTULO 12- PNEUMATOLOGIA OU ESCRITA DIRETA-PNEUMATOFONIA - MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS - O Livro dos Médiuns, Allan Kardec

 ESCRITA DIRETA
          146. A Pneumatografia é a escrita produzida diretamente pelo Espírito, sem nenhum intermediário. Difere da psicografia porque esta é a transmissão do pensamento do Espírito pela mão do médium.
            O fenômeno da escrita é indiscutivelmente um dos mais extraordinários do Espiritismo. Por mais estranho que possa parecer à primeira vista, é hoje um fato averiguado e incontestável. Se a teoria é necessária pra se compreender a possibilidade dos fenômenos espíritas em geral, mais ainda se torna neste caso, um dos mais chocantes até agora apresentados, mas que deixa de parecer sobrenatural quando compreendemos o princípio em que se funda.
            A primeira manifestação desse fenômeno o sentimento dominante foi de desconfiança: a ideia de trapaça ocorreu logo. Porque todos conhecem as tintas chamadas simpáticas, cujos traços invisíveis aparecem algum tempo depois da escrita. Era possível, pois, um abuso da credulidade, e não afirmamos que jamais tenha isso acontecido. Estamos mesmo convencidos de que algumas pessoas, por interesse mercenário, por amor próprio ou para impor a crença nos seus poderes, tenham usado subterfúgios. (Ver o capítulo sobre as Fraudes).         
            Mas por se poder imitar alguma coisa é absurdo concluir que ela não exista. Não se conseguiu, nos últimos tempos, encontrar o meio de imitar a lucidez sonambúlica, a ponto de causar ilusão? E por ter esse processo habilidoso corrido mundo, devemos concluir que não há sonâmbulos verdadeiros? Porque alguns comerciantes vendem vinho alterado devemos dizer que não existe o vinho puro? Acontece o mesmo com a escrita direta. Entretanto, as precauções para assegurar a realidade de fato são muito simples e fáceis. Graças a elas,hoje não se pode ter a menor dúvida a respeito.(1)
            147. Desde que a possibilidade de escrever sem intermediário é um dos atributos dos Espíritos, que estes sempre existiram e em todos os tempos produziram os diversos fenômenos que conhecemos, devem ter produzido a escrita direta na Antiguidade tão bem como hoje. E é assim que se pode explicar a aparição das três palavras no festim de Baltazar. A Idade Média, tão fecunda em prodígios oculta que as fogueiras abafavam, deve ter conhecido também a escrita direta. Talvez mesmo se pudesse encontrar na teoria das modificações que os Espíritos produzem na matéria, que desenvolvemos no capítulo VIII, o princípio da crença medieval na transmutação dos metais.
            Mas qualquer que tenham sido os resultados obtidos nas épocas anteriores, foi somente depois da vulgarização das manifestações espíritas que se tomou a sério o problema da escrita direta. O primeiro que o deu a conhecer em Paris, nos últimos anos, parece que foi o Barão de Guldenstubbe, ao publicar uma obra muito interessante sobre o assunto, com grande número de fascículos de escritas obtidas.(2) O fenômeno já era conhecido na América há algum tempo. A posição social do Sr. de Guldenstubbe, sua independência, a consideração que desfruta no alto mundo afastam incontestavelmente qualquer suspeita voluntária, pois nenhum motivo interesseiro poderia movê-lo. Poder-se-ia admitir a sua própria ilusão, mas a isso responde decisivamente um fato: a obtenção do mesmo fenômeno por outras pessoas que se cercaram de todas as precauções necessárias para evitar qualquer trapaça ou motivo de engano.
            148. A escrita direta é obtida, como a maioria das manifestações espíritas não espontâneas, pelo recolhimento, a prece e a evocação. Muitas vezes foi obtida nas igrejas, sobre os túmulos, junto a estátuas e imagens de personagens evocadas. Mas é evidente que o local só influi por favorecer o recolhimento e a maior concentração mental, pois está provado que é obtida igualmente sem esses acessórios e nos lugares mais comuns, como sobre um simples móvel caseiro, desde que se esteja nas condições morais exigidas e se disponha da necessária faculdade mediúnica.(3)
Achava-se a princípio que era necessário colocar um lápis com o papel. O fato, então, poderia ser mais facilmente explicado. Sabe-se que os Espíritos movem e deslocam objetos, que pegam e atiram à distância, podendo assim pegar o lápis e escrever. Desde que o fazem por intermédio da mão dos médiuns ou de uma prancheta, poderiam também fazê-lo de maneira direta. Mas logo se verificou que a presença do lápis era desnecessária, que bastava um simples pedaço de papel, dobrado ou não, para em breves minutos aparecerem às letras. Com isso o fenômeno mudou completamente de aspecto e nos lançou em outra ordem de idéias. As letras são escritas com uma certa substância, e desde que não se forneceu ao Espírito nenhuma substância, ele a teve de produzir, de compô-la por si mesmo. De onde a tirou? Esse o problema.
            Reportando-nos às explicações do cap. VIII, nºs 127 e 128, encontraremos a teoria completa desse fenômeno. O Espírito não se serve de substâncias e instrumentos nossos. Ele mesmo os produz, tirando os seus materiais do elemento primitivo universal, que submete, por sua vontade, às modificações necessárias para atingir o efeito desejado. Assim, tanto pode produzir a grafita do lápis vermelho, a tinta de impressão tipográfica ou a tinta comum de escrever, como a do lápis preto e até mesmo caracteres tipográficos suficientemente duros para deixarem no papel o rebaixo da impressão, como tivemos, ocasião de ver.(4)
            149. Esse o resultado a que nos conduziu o fenômeno da tabaqueira, relatado no cap. VII, nº 116, sobre o qual nos estendemos bastante, porque percebemos a oportunidade de sondar uma das leis mais importantes do Espiritismo, cujo conhecimento pode esclarecer diversos mistérios do mundo invisível. É assim que de um fato aparentemente vulgar pode sair à luz. Basta observar com atenção, e é o que todos podem fazer, como nós, quando não se limitarem a ver os efeitos sem procurar as causas. Se a nossa fé se firma dia a dia é porque compreendemos; fazei pois compreender, se quiserdes conquistar adeptos sérios. A compreensão das causas tem ainda outro resultado, que é o de estabelecer uma linha divisória entre a verdade e a superstição.
            Se considerarmos a escrita direta quanto às vantagens que pode oferecer, diremos que até o presente a sua principal utilidade consiste na constatação material de um fato importante: a intervenção de um poder oculto que encontra nesse processo um novo meio de se manifestar. Mas as comunicações assim obtidas são raramente de alguma extensão. Em geral são espontâneas e se limitam a palavras, sentenças, freqüentemente sinais ininteligíveis. São obtidas em todas as línguas: em grego, em latim, em siríaco,em caracteres hieroglíficos, etc., mas ainda não serviram às conversações contínuas e rápidas que a psicografia ou escrita pela mão do médium permite.
PNEUMATOFONIA
            150. Os Espíritos, podendo produzir ruídos e pancadas, podem naturalmente fazer ouvir gritos de toda espécie e sons vocais imitando a voz humana, ao nosso lado ou no ar. É esse fenômeno que designamos pelo nome de pneumatofonia. Segundo o que conhecemos da natureza dos Espíritos, podemos supor que alguns deles, quando de ordem inferior, iludem-se com isso e acreditam falar como quando viviam. (Ver, na Revista Espírita de fevereiro de 1858, a História do Fantasma da Srta, Clairon)
            Devemos evitar, entretanto, de tomar por vozes ocultas todos os sons de causa desconhecida ou os simples zunidos do ouvido, e sobretudo de aceitar a crença vulgar de que o ouvido que zune está nos avisando de que falam de nós em algum lugar. Esses zunidos, de causa puramente fisiológica, não têm aliás nenhum sentido, enquanto os sons da pneumatofonia exprimem pensamentos e somente por isso podemos reconhecer que têm uma causa inteligente e não acidental. Podemos estabelecer, como princípio, que apenas os efeitos notoriamente inteligentes podem atestar a intervenção dos Espíritos. Quanto aos outros, há pelo menos cem possibilidades contra uma de serem produzidos por causas fortuitas.
            151. Acontece muito freqüentemente ouvirmos, meio adormecidos pronunciarem distintamente palavras, nomes, às vezes até mesmo frases inteiras, e isso de maneira tão forte que acordamos sobressaltados. Embora possa acontecer que em certas ocasiões seja realmente uma manifestação, nada há de tão positivo nesse fenômeno que não o possamos atribuir a uma causa semelhante à que expusemos na teoria da alucinação (Cap. VI, nº 111 e seguintes). De resto, o que se ouve nesse estado não tem nenhuma conseqüência. Já o mesmo não acontece quando estamos realmente acordados, pois nesse caso, se for um Espírito que se faz ouvir, podemos quase sempre trocar idéias com ele e estabelecer uma conversa regular.
            Os sons espíritas ou pneumatofônicos manifestam-se por duas maneiras bem distintas: é às vezes uma voz interna que ressoa em nosso foro íntimo, e embora as palavras sejam claras e distintas, nada têm de material; de outras vezes as palavras são exteriores e tão distintamente articuladas como se proviessem de uma pessoa ao nosso lado.
            De qualquer maneira que se produza, o fenômeno de pneumatofonia é quase sempre espontâneo e só muito raramente pode ser provocado.(5)   


(1) A tendência das pessoas é sempre de generalizar a fraude, mormente em se tratando de Espiritismo. E isso tanto ocorre entre o povo como nos meios científicos. Nesse ponto, como Kardec acentua em várias ocasiões, os sábios preferem ficar no nível do vulgo. A escrita direta, como a fotografia psíquica e a tiptologia tem sido desprezadas e ridicularizadas por causa de algumas fraudes, como se a fraude não fosse uma constante da espécie humana. Mas de Kardec até hoje as pesquisas sérias sempre confirmam a realidade desses fenômenos. Veja-se o debate sobre psicocinesia na Parapsicologia atual. (N. do T.)
 (2) A realidade dos Espíritos e de suas manifestações, demonstrada pelo fenômeno da escrita direta. Pelo Sr. Barão de Guldenstubbe. Volume in 8º, com 15 estampas e 93 facsímiles Franck, rua Richelieu, Paris.
 (3) As expressões sobre os túmulos, junto a imagens, sobre móveis decorrem das primeiras experiências feitas pelo Sr. Diddier Filho e outros membros da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, como se pode ver pelos relatos publicados na Revista Espírita. (N. do T.)
 (4) Curioso caso de impressão tipográfica direta vem relatado no vol. III da Revista Espírita, tendo o Espírito ordenado à queima do papel assim impresso e a colocação de outro no lugar em que se obtivera o fenômeno. Obedecido, produziu de novo o mesmo efeito e em condições que excluem a menor suposição de fraude. Esses fenômenos são considerados absurdos por aqueles que jamais os obtiveram, mas basta essa condição negativa para invalidar s suas opiniões.  A pesquisa espírita e metapsíquica posterior a Kardec têm comprovado os fatos. (N. do T.)
 (5) Nas sessões de voz direta temos o fenômeno de pneumatofonia exterior provocado. Mas como Kardec acentua, essas sessões são bastante raras. Por modernos parapsicólogos este fenômeno foi algumas vezes observado. O prof. S. G. Soal, da Universidade de Londres, realizou várias experiências com a médium Blanche Cooper, obtendo curiosos fenômenos de voz direta entre as quais a manifestação perfeitamente autenticada de um seu ex-colega, Gordon Davis, envolvendo curiosos efeitos de precognição ou visão do futuro, mais tarde também constatados pelo experimentador. Em São Paulo esses fenômenos foram observados com a médium dona Hilda Negrão e amplamente divulgados. Em Marília (Estado de São Paulo) tivemos ocasião de observá-los com o médium Urbano de Assis Xavier. Para o caso Soal ver Proceedings of Society for Psychical Research de Londres, dezembro de 1925, ou Em los Limites de La Psicologia, do prof. Ricardo Musso, Editorial Périplo, Buenos Aires, 1954, pág. 180 a 182, com explicações antiespíritas. O importante é o fato, a comprovação atual do fenômeno. Para casos em São Paulo e Curitiba ver “Fenomenologia Supranormal” em O Revelador, nºs 3 e 4 de 1942, pelo Dr. Osório César, anatomopatologista do Hospital do Juqueri, relato de pesquisas científicas. (N. do T.)

COMO IDENTIFICAR OS DIFERENTES TIPOS DE COMUNICAÇÃO DOS ESPÍRITOS?

DIFERENTES FORMAS DE COMUNICAÇÃO DOS ESPÍRITOS

            Se houvermos compreendido bem, segundo a escala espírita (O Livro dos Espíritos, nº 100) a infinita variedade dos Espíritos no tocante à inteligência e à moralidade, facilmente conceberemos as diferenças existentes em suas comunicações.

Elas devem refletir a elevação ou a inferioridade de suas idéias, seu saber ou sua ignorância, seus vícios e suas virtudes. Numa palavra, não devem assemelhar-se mais do que as dos homens, desde o selvagem até o europeu mais esclarecido. 
Suas diferenças podem ser classificadas em quatro categorias principais, segundo suas características decisivas:

COMUNICAÇÕES GROSSEIRAS
           
  • Contêm expressões que ferem o decoro. 
  • Só podem provir de Espíritos de baixa classe, ainda manchados por todas as impurezas da matéria, em nada diferindo das que poderiam ser dadas por homens viciosos e grosseiros.
  • Repugnam a toda pessoa que tenha um mínimo de sensibilidade. 
  • Sãoo,segundo o caráter dos Espíritos, triviais, ignóbeis, obscenas, insolentes, arrogantes, malévolas e até mesmo ímpias.
COMUNICAÇÕES FRÍVOLAS
  •  São as dos Espíritos levianos, zombeteiros ou maliciosos, antes astuciosos do que maus, que não dão nenhuma importância ao que dizem. 
  • Como nada tem de malsãs, agradam a certas pessoas que se divertem com elas e encontram satisfação nas conversas fúteis, em que muito se fala e nada se diz. 
  • Esses Espíritos saem às vezes com tiradas das espirituosas e mordazes, misturando muitas vezes brincadeiras banais com duras verdades, que ferem quase sempre com justeza. 
  • São Espíritos levianos que pulam ao nosso redor e aproveitam todas as ocasiões de se imiscuírem nas comunicações. 
  • A verdade é o que menos os preocupa, e por isso sentem um malicioso prazer em mistificar o que tem a fraqueza e às vezes a presunção de acreditar nas suas palavras. 
  • As pessoas que gostam dessa espécie de comunicações dão naturalmente aceso aos Espíritos levianos e enganadores.
  • Os Espíritos sérios se afastam delas, como entre nós os homens sérios se afastam das reuniões de criaturas irresponsáveis.
COMUNICAÇÕES SÉRIAS

  •   São as que tratam de assuntos graves e de maneira ponderada. 
  • Toda comunicação que exclui a frivolidade e a grosseria, tendo uma finalidade útil, mesmo que de interesse particular, é naturalmente séria, mas nem por isso está sempre isenta de erros. 
  • Os Espíritos sérios não são todos igualmente esclarecidos. 
  • Há muitas coisas que eles ignoram e sobre as quais se podem enganar de boa fé. 
  • É por isso que os Espíritos verdadeiramente superiores nos recomendam sem cessar que submetamos todas as comunicações ao controle da razão e da lógica mais severa.
COMUNICAÇÕES INSTRUTIVA

  • São as comunicações sérias que tem por finalidade principal algum ensinamento dado pelos Espíritos sobre as Ciências, a Moral,a Filosofia, etc.
  •  Sua maior ou menor profundidade dependem do grau de elevação e de desmaterialização do Espírito.
  •  Para se obterem proveito real dessas comunicações, é necessário que elas sejam regulares e que sejam seguidas com perseverança.
  •  Os Espíritos sérios se ligam aos que desejam instruir-se e perseverem, deixando aos Espíritos levianos o cuidado de divertir os que só vêem nas comunicações uma forma de distração passageira.
É somente pela regularidade e a freqüência dessas comunicações que podemos apreciar o valor moral e intelectual dos Espíritos com os quais nos comunicamos, bem como o grau de confiança que eles merecem. Se necessitamos de experiência para julgar os homens, de mais ainda talvez necessitemos para julgar os Espíritos.
            Dando a essas comunicações a qualificação de Instrutivas nós a supomos verdadeiras, porque uma coisa que não fosse verdadeira não poderia ser instrutiva, mesmo que transmitida na mais empolgante linguagem. Não poderíamos, pois, incluir nesta categoria certos ensinos que de sério só tem a forma, freqüentemente empolada e enfática, através da qual Espíritos mais presunçosos do que sábios procuram enganar. Esses Espíritos, porém, não conseguindo suprir o próprio vazio, não poderiam sustentar o seu papel por muito tempo. Logo mostrariam o seu lado fraco, por pouco que as suas comunicações tenham continuidade ou que se saiba empurrá-los até os seus últimos redutos.
          Os meios de comunicação são muito variados. Agindo sobre os nossos órgãos e sobre todos os nossos sentidos, os Espíritos podem manifestar-se através da visão, nas aparições; do tato, pelas impressões tangíveis, ocultas ou visíveis; da audição, pelos ruídos; do olfato, pelos odores sem causa conhecida


LOCAIS ASSOMBRADOS- MITOS E VERDADES

            As manifestações espontâneas verificadas em todos os tempos, e a insistência de alguns Espíritos em mostrarem a sua presença em certos lugares, são a origem da crença nos locais assombrados. As respostas seguintes foram dadas a perguntas feitas a respeito.
            Certos Espíritos podem apegar-se às coisas terrenas quando menos desenvolvidos. Os avarentos, por exemplo, que viveram escondendo as suas riquezas e não estão suficientemente desmaterializados, podem ainda espreitá-los e guardá-los.
        Os Espíritos já desapegados das coisas terrenas preferem os lugares onde são amados. São mais atraídos pelas pessoas do que pelos objetos materiais. Não obstante, há os que podem momentaneamente ter preferência por certos lugares, mas são sempre Espíritos inferiores.
         O apego dos Espíritos por um local é sinal de inferioridade,o que não quer dizer que sejam maus espíritos. Um Espírito pode ser pouco adiantado sem que por isso seja mau. Não acontece o mesmo entre os homens?
      Os Espíritos estão em toda parte. Mas a imaginação é tocada pelo aspecto lúgubre de alguns lugares e atribui aos Espíritos efeitos na maioria das vezes muito naturais. Quantas vezes o medo não fez tornar a sombra de uma árvore por um fantasma, o grunhido de um animal ou o sopro do vento por um gemido? Os Espíritos gostam da presença humana e por isso preferem os lugares habitados aos abandonados.
     Eles podem ir aos lugares abandonados como a toda parte. É evidente que os que se mantêm afastados é porque isso lhes apraz. Mas isso não quer dizer que as ruínas sejam forçosamente preferidas pelos Espíritos, pois o certo é que eles se acham muito mais nas cidades e nos palácios do que no fundo dos bosques.
                   Os Espíritos que se reúnem não escolhem para isso dias e horas de sua predileção. Os dias e as horas são usados pelo homem para controle do tempo, mas os Espíritos não precisam disso e não se inquietam a respeito.
        A origem da ideia de que os Espíritos aparecem de preferência à noite está na impressão produzida na imaginação pelo escuro e o silêncio. Toda essas crenças são superstições que o conhecimento racional do Espiritismo deve destruir. O mesmo se dá com a crença em dias e horas propícias. Acreditai que a influência da meia-noite jamais existiu, a não ser nos contos.
        Algumas vezes, os locais são assombrados pelos seus antigos moradores, mas não sempre, pois se o antigo morador for um Espírito elevado não ligará mais à sua antiga habitação do que ao seu corpo. Os Espíritos que assombram certos locais quase sempre o fazem só por capricho, a menos que sejam atraídos pela simpatia por alguma pessoas.
            
            Não é racional temer os lugares assombrados por Espíritos. Os Espíritos que assombram certos lugares e os põem em polvorosa procuram antes divertir-se à custa da credulidade e da covardia das criaturas, do que fazer mal. Lembrai-vos de que há Espíritos por toda parte e de que onde estiverdes tereis Espíritos ao vosso lado, mesmo nas mais agradáveis casas. Eles só parecem assombrar certas habitações porque encontram nelas a oportunidade de manifestar a sua presença. 
  O melhor meio de expulsar os maus Espíritos é atrair os bons. Portanto, atrai os bons Espíritos, fazendo o maior bem possível, que os maus fugirão, pois o bem e o mal são incompatíveis. Sede sempre bons e só tereis bons Espíritos ao vosso lado.
            Os Espíritos que se ligam a locais ou coisas materiais nunca são superiores, mas por não serem superiores não tem de ser maus ou de alimentar más intenções. São mesmo, algumas vezes, companheiros mais úteis do que prejudiciais, pois caso se interessem pelas pessoas podem protegê-las.



sábado, 27 de junho de 2015

MOMENTO ATUAL EM QUE VIVEMOS - Autor Espiritual: Eurípedes Barsanulfo - Medium: Suely Caldas Schubert




“Irmãos queridos:

Diante dessa crise que se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus companheiros, trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé, de coragem e de estímulo.

Estamos irradiando-a para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante, de norte a sul do Brasil.

Durante vários dias estaremos repetindo a nossa palavra, a fim de que maior número de médiuns possa captá-la.

Cada um destes que sintonizar nesta faixa vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o entendimento e a gradação que lhe forem peculiares.

Estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha.

Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações.
A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis.

É preciso modificar esse clima espiritual.

É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo.

É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança.

Somente através de esperança conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado.

Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento.

Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! a fé no nosso futuro!

A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar.

Responsabilidade nossa.
Tarefa nossa.

Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável.

O desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade.

São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas.

Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta.

Diante desse quadro de forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações.
Portanto, cabe aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral.
Que cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha.

Que haja uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de otimismo e de esperança!

Que vocês levem a nossa palavra a toda parte.

Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação.

Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e a caminhar no rumo do progresso.

São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor.

Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca.

Nós sabemos que “Jesus está no leme!” e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho.
Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo.

Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance.

Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado.

E não esqueçamos de que, se o Brasil “é o coração do mundo”, somente será a “Pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós”.

“Deus assiste aqueles que agem e não aqueles que se limitam a pedir”’.
SOMOS TODOS, UM !


Autor Espiritual: Eurípedes Barsanulfo
Medium: Suely Caldas Schubert


COMO O CORPO PODE VIVER ENQUANTO O ESPÍRITO SE AUSENTA? CORDÃO DE PRATA?

COMO O CORPO PODE VIVER ENQUANTO O ESPÍRITO SE AUSENTA? 

Poderíamos dizer que o corpo se mantém pela vida orgânica, que independe da presença do Espírito, como se prova pelas plantas, que vivem e não têm Espírito.Mas devemos acrescentar que, durante a vida, o Espírito jamais se retira completamente do corpo.
Os Espíritos, como alguns médiuns videntes, reconhecem o Espírito de uma pessoa viva por um traço luminoso que termina no seu corpo, fenômeno que jamais se verifica se o corpo estiver morto, pois então a separação é completa.(O fio luminoso se chama CORDÃO DE PRATA).
É por meio dessa ligação que o Espírito é avisado, a qualquer distância que estiver, da necessidade de voltar ao corpo, o que faz com a rapidez do relâmpago. Disso resulta que o corpo nunca pode morrer durante a ausência do Espírito e que nunca pode acontecer que o Espírito, ao voltar, encontre a porta fechada, como tem dito alguns romancistas em estórias para recrear. (O Livro dos Espíritos, nº 400 e seguintes).
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Segundo o Espírito Dr. Joseph Gleber, em o Livro "Além da Alma" de Robson Pinheiro, no qual se explica com profundidade o CORDÃO DE PRATA, verifica-se que:
CORDÃO DE PRATA

  • Trata-se uma substância semimaterial que liga e mantém o PERISPÍRITO ao  CORPO FÍSICO.
  • É um elemento parabiofísico, ou seja, está ligado a algumas funções biológicas, embora seja constituído tanto de matéria etérica, física quanto astral, por isso mesmo, transcende os limites da matéria em suas funções e manifestações energéticas.
  • No momento da MORTE OU DESENCARNE, é rompido definitivamente.
  • No momento do DESDOBRAMENTO OU PROJEÇÃO DA CONSCIÊNCIA ENCARNADA, é ele que mantém a conexão entre o CORPO ESPIRITUAL e o CORPO FÍSICO.
  • Possui ANATOMIA com elasticidade, densidade e diâmetro variáveis e se constitui de vários fios tênues cintilantes. 
  • Seu RAIO DE AÇÃO varia em função da quantidade de FLUIDO VITAL  da pessoa. Quanto maior o fluido vital da pessoal, mais vigoroso e maior será o raio de ação do Cordão de Prata.
  • Sua SEDE NO CORPO FÍSICO é a GLÂNDULA PINEAL e a MEDULA OBLONGA  ou BULBO RAQUIANO.
  • Forma-se no momento da concepção e passa a maior parte do tempo recolhido ou encolhido na intimidade das células físicas.
  • PSICOPATOLOGIAS ligadas à atuação do Cordão de Prata, quando este se enlaça no psicossoma ou na cabeça extrafísica:
    • Sensação de SUFOCAMENTO;
    • Impressão de que alguém ou alguma coisa está APERTANDO SUA GARGANTA;
    • Sensações de FORMIGAMENTO;
    • Hipersensibilidade no CHACRA LARÍNGEO;
    • TONTEIRA durante a transe, desdobramento ou projeção astral;
    • Sensação de QUASE-MORTE

APARIÇÕES DE ESPÍRITOS VIVOS - ENCARNADOS - de O Livro dos Mèdiuns

Aparições de Espíritos de Vivos

Encarnados

Sabemos que o Espírito, durante o sono, recobra em parte a sua liberdade, ou seja, que ele se afasta do corpo. E é nesse estado que muitas vezes temos a ocasião de observá-lo. Mas o Espírito, tanto do vivo quanto do morto, tem sempre o seu envoltório seminatural, que pelas mesmas causas já referidas pode adquirir a visibilidade e a tangibilidade. Há casos bastante positivos que não podem deixar nenhuma dúvida a esse respeito. Citaremos somente alguns exemplos de nosso conhecimento pessoal, cuja exatidão podemos garantir, pois todos estão em condições de acrescentar outros, recorrendo às suas lembranças.
EXEMPLOS DO LIVRO DOS MÉDIUNS
"115. A mulher de um nosso amigo viu repetidas vezes, durante a noite, entrar no seu quarto, com luz acessa ou no escuro, uma vendedora de frutas da vizinhança que ela conhecia de vista, mas com a qual nunca havia falado. Essa aparição a deixou muito apavorada, tanto mais que a senhora, na época, nada conhecia de Espiritismo e o fenômeno se repetia com freqüência. A vendedora estava perfeitamente viva e de certo dormia naquela hora. Enquanto o seu corpo material estava em casa, seu Espírito e seu corpo fluídico estavam na casa da senhora. Qual o motivo? Não se sabe. Nesse caso, um espírita já experimentado lhe teria feito a pergunta, mas a senhora nem sequer teve essa ideia. A aparição sempre se desfazia sem que ela soubesse como, e sempre, após o seu desaparecimento, ela ia ver se todas as portas estavam bem fechadas, assegurando-se de que ninguém poderia ter entrado no seu quarto.
Essa precaução mostra que ela estava bem acordada e não era iludida por um sonho. De outra vez ela viu, da mesma maneira, um homem desconhecido, mas um dia viu seu irmão, que então se encontrava na Califórnia. A aparência era tão real que, no primeiro momento, pensou que ele havia regressado e quis falar-lhe, mas ele desapareceu sem lhe dar tempo. Uma carta recebida depois lhe provou que ele não havia morrido. Esta senhora era o que se pode chamar um médium vidente natural. Mas nessa época, como já dissemos, ela nunca ouvira falar de médiuns.
116. Outra senhora que reside na província, estando gravemente enferma, viu certa noite, cerca das dez horas, um senhor idoso da sua mesma cidade, que encontrava às vezes na sociedade mas com o qual não tinha intimidade. Estava sentado numa poltrona ao pé da sua cama e de vez em quando tomava uma pitada de rapé. Parecia velar por ela. Surpresa com essa visita àquela hora, quis perguntar-lhe o motivo, mas o senhor lhe fez sinal para não falar e dormir. Várias vezes tentou falar-lhe, e de cada vez ele repetia a recomendação. Acabou por adormecer.
Alguns dias depois, já restabelecida, recebeu a visita do mesmo senhor, mas em hora conveniente e de fato em pessoa. Estava vestido da mesma maneira, com a mesma tabaqueira e precisamente com os mesmos gestos. Certa de que ele a visitara durante a doença, agradeceu-lhe o trabalho que tivera. O senhor, muito espantado, disse que há tempos não tinha o prazer de vê-la. A senhora que conhecia os fenômenos espíritas, compreendeu o que se passara, mas não querendo entrar em explicações a respeito, contentou-se em dizer que provavelmente sonhara.
O provável é isso, dirão os incrédulos, os espíritos fortes, os que por essa expressão entendem pessoas esclarecidas. Mas o que consta é que essa senhora não dormia tanto como a outra. – Então sonhava acordada, ou seja, teve uma alucinação. – Eis a palavra final,a explicação de tudo o que não se compreende. Como já refutamos suficientemente essa objeção, prosseguiremos para aqueles que podem compreender-nos.
117. Eis, porém, um caso mais característico, e gostaríamos de ver como se poderia explicá-lo por um simples jogo de imaginação.
Um senhor, residente na província, jamais quis se casar, malgrado as instâncias da família. Haviam principalmente insistido a favor de uma jovem de cidade vizinha, que ele nunca vira. Certo dia, em seu quarto, foi surpreendido com a presença de uma jovem vestida de branco, a fonte ornada por uma coroa de flores. Ela lhe disse que era a sua noiva, estendeu-lhe a mão, que ele tomou nas suas e notou que tinha um anel. Em poucos instantes tudo desapareceu. Surpreso com essa aparição, e seguro de que estava bem acordado, procurou informar-se se alguém havia chegado durante o dia . Responderam-lhe que ninguém fora visto na casa.
Um ano depois, cedendo a novas solicitações de um parente, decidiu-se a ir ver aquela que lhe propunham. Chegou no Dia de Corpus-Christi. Todos voltavam da procissão e uma das primeiras pessoas que viu, ao entrar na casa, foi uma jovem que reconheceu como a que lhe aparecera. Estava vestida da mesma maneira, pois o dia da aparição havia sido também o de Corpus-Christi. Ficou atônito, e a moça, por sua vez, gritou de surpresa e sentiu-se mal. Voltando a si, ela explicou que já vira aquele senhor, nesse mesmo dia, no ano anterior. O casamento se realizou. Estava-se em 1835. Nesse tempo não se tratava dos Espíritos, e além disso ambos são pessoas extremamente positivas, dotadas da imaginação menos exaltada que pode haver no mundo.
Poderão dizer que ambos estavam tocados pela ideia da união proposta e que essa preocupação provocou uma alucinação. Mas não se deve esquecer que o futuro marido permanecera tão indiferente ao caso, que passou um ano sem ir ver a noiva que lhe ofereciam. Mesmo admitindo-se essa hipótese, restaria a explicar a semelhança da aparição, a coincidência das vestes com o Dia de Corpus-Christi, e finalmente o reconhecimento físico entre pessoas que jamais se haviam visto, circunstâncias que não podem ser produzidas pela imaginação.(1)"
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sexta-feira, 26 de junho de 2015

SERVE E SEGUE- do Livro Recados do Além - Psicografia de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel


SERVE  E  SEGUE

 "Sofres porque talvez hajas perdido valores que consideravas essenciais.Tiveste prejuízos de vulto; Varaste acidentes que te feriram;  Alguém te arrebatou as oportunidades de promoção e melhoria;  Foste alvo de críticas indébitas;  

Suportas acusações que nada fizeste por merecer; 

Conheceste, sem esperar a ingratidão ou o menosprezo de pessoas queridas...            

Entretanto, ergue a fronte, esquece as provações do caminho e segue, adiante, no trabalho que Deus te deu, agindo para o bem e servindo sempre, porque a Divina Providência, jamais nos abandona e amanhã será outro dia."


Psicografia de Francisco Cândido Xavier 
pelo Espírito Emmanuel

DEUS VIGIA- do Livro Recados do Além - Psicografia de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel


DEUS  VIGIA 
          
"Nas grandes provações, não te afastes da fé.         Nos pequenos contratempos, cultiva a paciência.   Agradece à Divina Bondade a bênção de cada dia. Trabalhe sempre.       
Serve, desinteressadamente, aos outros, quando puderes.       
Esquece injúrias e ofensas. 
Não lastimes o passado.       
Não censures a ninguém.   
Segue sempre para diante e não temas.        
Deus Vigia. "
   



Psicografia de Francisco Cândido Xavier
pelo Espírito Emmanuel