IV- Casamento e Celibato- LIVRO TERCEIRO - AS LEIS MORAIS CAPÍTULO IV- LEI DA REPRODUÇÃO

LIVRO TERCEIRO
AS LEIS MORAIS
CAPÍTULO IV- LEI DA REPRODUÇÃO
IV- Casamento e Celibato
(Questão 695 a 699)
 O casamento, ou seja, a união permanente de dois seres não é contrária à lei da Natureza, é um progresso na marcha da Humanidade.
O efeito da abolição do casamento sobre a sociedade humana seria o retorno à vida dos animais.

Comentário de Kardec: 
A união livre e fortuita dos sexos pertence ao estado de natureza.
O casamento é um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se encontra entre todos os povos, embora nas mais diversas condições.
A abolição do casamento seria, portanto, o retorno à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de alguns animais que lhe dão o exemplo das uniões constantes.

A indissolubilidade absoluta do casamento não pertence à lei natural é uma à lei humana muito contrária à lei natural. Mas os homens podem modificar as suas leis; somente as leis naturais são imutáveis.

O celibato voluntário não é um estado de perfeição, meritório aos olhos de Deus, e os que vivem assim, por egoísmo, desagradam a Deus e enganam a todos.

O celibato é bem diferente de ser um sacrifício para algumas pessoas que desejam devotar-se mais inteiramente ao serviço da Humanidade.
Eu disse: por egoísmo. Todo sacrifício pessoal é meritório, quando feito para o bem; quanto maior o sacrifício, maior o mérito.

 Comentário de Kardec: Deus não se contradiz nem considera mal o que ele mesmo fez. Não pode, pois, ver um mérito na violação de sua lei. Mas se o celibato, por si mesmo, não é um estado meritório, já não se dá o mesmo quando constitui, pela renúncia às alegrias da vida familiar, um sacrifício realizado a favor da Humanidade. Todo sacrifício pessoal visando ao bem e sem segunda intenção egoísta eleva o homem acima da sua condição material.

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