O ser humano é dotado de
PENSAMENTO ININTERRUPTO, capaz de alterar, na INDIVIDUALIDADE, o modo
particular de SER.
Surge a partir dessa
individualidade, o PRINCÍPIO INTELIGENTE, baseadas nas TROCAS DE FLUIDOS
MENTAIS MULTIFORMES, através dos quais, o ser emite as PRÓPRIAS IDEIAS e
RADIAÇÕES, assimilando as radiações e ideias alheias.
Esse IMPULSO QUE LHE SURGE NA
MENTE, passa a ser agora um DESEJO CONSCIENTE, um ANSEIO INSTINTIVO, que surge ACIMA DA VIDA NORMAL, em determinados
momentos, transformando-se em ATRAÇÃO AFETIVA CONSTANTE.
Com essa atração afetiva
constante, o ser busca a SATISFAÇÃO INVARIÁVEL como estímulo, como um amor
encravado num profundo egoísmo.
Esse sentimento de PROPRIEDADE DO
AFETO e da CRIATURA HUMANA, é
interrompido pela MORTE DO CORPO FÍSICO, mas não é rompido ou exterminado.
A criatura humana, ao iniciar-se no PENSAMENTO
CONTÍNUO, sente-se quebrada e aflita cada vez que se desvencilha do corpo
carnal adulto.
Ao se libertar do CORPO FÍSICO,
goza de NOVAS CONDIÇÕES VIBRATÓRIAS, ocultando-lhe em relação aos seis que já
não o veem mais, a fim de se revitalizarem as suas experiências, assim como, a
planta precisa da poda para renovação do próprio valor.
Essa renovação dos VALORES DA
CRIATURA HUMANA, que o conduzirá para a
Gloria Divina, debita a si mesmo os BENS e os MALES, as ALEGRIAS e as DORES de
sua caminhada.
Porém, a alma, arrebatada entre
os que mais ama pela morte, e ainda incapaz de compreender essa transformação, que nada mais é, que a
TRANSFORMAÇÃO PESSOAL, REVOLTA-SE contras as NOVAS LIÇÕES DA VIDA ESPIRITUAL,
num plano diferente, permanecendo FATIDICAMENTE ALGEMADO aos que se afinam
pelos sangue ou pelos desejos, COMUNGANDO DAS EXPERIÊNCIAS VULGARES, embora, em
seu PRETÉRITO aprendeu, automaticamente a RESPIRAR e a VIVER junto à ENERGIA e
ao CALOR ALHEIO.
André Luiz, explica os tipos de
simbiose existentes no reino vegetal e animal.
·
SIMBIOSE
ÚTIL- Um oculta o outro, porém, o ser oculto se revela em proteção por ele.
Nesse caso, a vida desses dois seres vivos, se cultivadas independentemente,
sem o AJUSTE DA SIMBIOSE, se torna indiscutivelmente frágil e precária. Nesse
caso a simbiose é considerada SIMPLES e ÚTIL.
·
SIMBIOSE
EXPLORADORA – Ligação de dois seres vivos, trazendo OCORRÊNCIAS
DESAGRADÁVEIS, do INVASOR sobre o INVADIDO. Muitas vezes, não é possível
encontrar DISPOSIÇÕES PARA ADAPTAR-SE ao INVASOR, causando EXCESSO DE
CONFLITOS, e até a MORTE. Nesse caso a SIMBIOSE, é classificada como
PARASITISMO.
·
SIMBIOSE
DAS MENTES – André Luiz elucida que SEMELHANTES PROCESSOS DE ASSOCIAÇÃO
aparecem largamente empregados pela MENTE DAQUELE QUE DESENCARNOU.

O Espírito desenfaixado da veste física lança habitualmente, para a
intimidade dos tecidos fisio psicossomáticos daqueles que o asilam, as emanações do seu corpo espiritual, como como
raízes alongadas ou sutis alavancas de força, subtraindo-lhes a vitalidade,
elaborada por eles nos processos da biossíntese ( formação de substâncias
orgânicas num ser vivo), sustentando-se, por vezes, largo tempo, nessa
permuta viva de forças.
A MENTE ENCARNADA entrega-se, INCONSCIENTEMENTE,
AO DESENCARNADO que lhe CONTROLA A
EXISTÊNCIA, sofrendo-lhe temporariamente o DOMÍNIO até certo ponto, mas, EM
TROCA, à face da sensibilidade excessiva de que se reveste, PASSA A VIVER, enquanto perdure
semelhante influência, necessariamente PROTEGIDA
CONTRA o assalto de forças ocultas ainda mais deprimentes.
Por esse motivo, ainda agora, em plena atualidade, encontramos os PROBLEMAS DA MEDIUNIDADE EVIDENTE, ou
da MEDIUNIDADE IRRECONHECIDA,
destacando, a cada passo, inteligências
nobres intimamente aprisionadas a cultos estranhos, em matéria de fé, as quais padecem a INTROMISSÃO DE IDEIAS de terror, ANTE A PERSPECTIVA DE SE AFASTAREM DAS ENTIDADES FAMILIARES QUE LHE
DOMINAM A MENTE, através de PALAVRAS ou SÍMBOLOS MÁGICOS, com vistas a falaciosas VANTAGENS MATERIAIS.
Essas inteligências FOGEM deliberadamente AO ESTUDO QUE AS LIBERTARIA DO CATIVEIRO INTERIOR, quando não se
mostram apáticas, em perigosos
processos de fanatismo, inofensivas e
humildes, mas ARREDADAS DO PROGRESSO
que lhes garantiria a renovação.
HISTERIA E PSICONEUROSE
André Luiz afirma que as simbioses dessa
espécie, em que
tantas existências respiram em reciprocidade de furto psíquico, não se
limitam aos fenômenos desse teor, nos quais Espíritos desencarnados, estanques
em determinadas concepções religiosas, anestesiam ou infantilizam
temporariamente consciências menos aptas ao autocontrole, porquanto se expressam igualmente
nas moléstias nervosas complexas, como a histeroepilepsia.
·
(A histeroepilepsia, ao contrário da histeria, não é
mais psicogenicamente desencadeada pura e simplesmente.
· O paciente passa a "sofrer" sua doença como na
epilepsia e não apenas "vivê-Ia" como na histeria. É, portanto uma
"verdadeira" doença mental, no sentido dado a esta por H. Ey, pois
aqui o "Homem é tocado em sua liberdade".
(Definição de Adalberto Tripicchio)
Na histeroepilepsia. em que o paciente sofre o espasmo tônico em
opistótono, acompanhado de convulsões crônicas de feição múltipla, às vezes sem qualquer perda de consciência
equivalendo a transe mediúnico autêntico, no qual a personalidade invisível se aproveita dos estados emotivos mais
intensos para acentuar a própria influenciação.
E, na mesma trilha de ajustamento simbiótico, SOMOS DEFRONTADOS NA TERRA, aqui e ali, pela PRESENÇA DE PSICONEURÓTICOS da mais extensa classificação, com
diagnose extremamente difícil, entregues aos mais OBSCUROS QUADROS MENTAIS, sem
cair no abismo da loucura completa.
Tais entidades imanizadas
(atraídas magneticamente) ao painel fisiológico e agregadas a ele sem o corpo de matéria mais densa,
vivem assim, quase sempre por tempo
longo, entrosadas psiquicamente aos
seus hospedadores, porquanto, o ESPÍRITO
HUMANO DESENCARNADO, erguido a NOVO
ESTADO DE CONSCIÊNCIA. começa a elaborar
recursos magnéticos diferenciados, condizentes com os impositivos da própria
sustentação.
Por outro lado, o CORPO TERRESTRE, aprendeu a criar, por automatismo, as enzimas e os hormônios que lhe asseguravam o equilíbrio biológico, e, IMPRESSIONANDO O PACIENTE QUE EXPLORA,
muitas vezes, com a melhor intenção,
SUBJUGA-LHE NO CAMPO MENTAL, impondo-lhe ao
centro coronário a substância dos próprios pensamentos, que a vítima passa a
acolher qual se fossem os seus próprios. Assim, em PERFEITA SIMBIOSE, refletem-se mutuamente, estacionários
ambos no tempo, até que as LEIS DA
VIDA lhes reclamem, pela DIFICULDADE
ou pela DOR, a alteração imprescindível.
OUTROS PROCESSOS
SIMBIÓTICOS
De outras vezes, O DESENCARNADO que teme as experiências do Mundo
Espiritual ou que insiste em
prender-se por egoísmo aos que jazem na retaguarda, SE POSSUI INTELIGÊNCIA
MAIS VASTA QUE O HOSPEDEIRO, inspira-lhe ATIVIDADE PROGRESSIVA que resulta em benefício do meio a que se vincula.
Pode acontecer também, a SIMBIOSE
EM CONDIÇÕES INFELIZES, nas quais o
desencarnado permanece eivado de ódio ou perversidade enfermiça ao pé das
próprias vítimas, inoculando-lhes fluídos letais, impulsionando a SITUAÇÕES
ANORMAIS, quando não lhe impõe lentamente A MORTE fenômenos esses, no entanto,
que capitularemos, com apontamentos breves, em torno do VAMPIRISMO, como responsável por vários distúrbios do
corpo espiritual a se estamparem no corpo físico.
ANCIANIDADE DA SIMBIOSE
ESPIRITUAL
Justo, assim, registrar que a SIMBIOSE
ESPIRITUAL permanece entre os homens,
desde as eras mais remotas, em multifários processos de mediunismo CONSCIENTE ou INCONSCIENTE, através dos quais os chamados “mortos”,
traumatizados ou ignorantes, fracos ou indecisos, se aglutinam, em grande
parte, ao “habitat” dos chamados “vivos”, partilhando-lhes
a existência, a absorver-lhes
parcialmente a vitalidade, até que os próprios ESPÍRITOS ENCARNADOS, com a força do seu próprio trabalho, no
estudo edificante e nas virtudes vividas, lhes ofereçam material para mais
amplas meditações, pelas quais se habilitem à NECESSÁRIA TRANSFORMAÇÃO com que se adaptem a NOVOS CAMINHOS e aceitem
ENCARGOS NOVOS, à frente da evolução deles mesmos, no rumo de esferas mais
elevadas. (Pedro Leopoldo, 16/3/58)
Fonte: LIVRO EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS
Chico Xavier e Waldo Vieira pelo Espírito André Luiz
CAPÍTULO 14
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