quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Medo e Insegurança a luz do Espiritismo


Medo e Insegurança

O medo e a insegurança são dois pesos sem medidas para um coração. A balança do equilíbrio emocional que deve estar em pleno vigor de suas ações se descompassa frequentemente quando o medo e a insegurança estão presentes.

Mas, quando podemos perceber a sua presença nas mais simples vivências da vida em si, devemos recorrer a Deus. Deus de amor, Deus acolhedor. Deus que ampara e orienta seus filhos nos caminhos a seguir.

Mas, o fato é que a maioria dos homens não estão abertos ou maduros o suficiente para observar e perceber esses sinais. É quando cai no desespero e acabam por tomar atitudes erradas.

O momento pede de cada um de nós, mais reflexões que antecedem as nossas atitudes. Ao contrário disso, se não se está ligado ao Pai, as reflexões só aparecem após as atitudes erradas cometidas contra si e o seu próximo. Reflete antes de agir porque a angústia do arrependimento fragiliza ainda mais os homens na Terra. Eis o momento no qual os inimigos espirituais se aproximam de ti fortalecendo no seu pensamento a ideia contraria de agir instintivamente.

O mal feito deve ser reparado; a palavra dita não se tira nem se esquece, exceto quando o agredido já atingiu um razoável grau de maturidade e obediência para perdoar o agressor.

Cabe a cada um refletir as atitudes a serem tomadas levando em consideração duas máximas do Cristo: o seu direito termina quando o do outro começa; e, não faças aos outros aquilo que não gostaria que fizessem contigo.

Quando o homem compreender a verdadeira essência das palavras do Cristo, sobretudo em situações de medo e insegurança, passará a refletir as suas atitudes para com o próximo, e por consequência, a ponderar as suas ações, colocando-se no lugar do outro, certamente começará a se auto burilar, a se autotransformar, a educar seus sentimentos pra tomar novas atitudes se instalando aí o processo de reforma íntima tão necessária a essa geração que carrega o fardo das provas, transformando-as em vícios ou virtudes, que recaem sobre o mal ou o bem, respectivamente.

Kardec explica que todas as virtudes dessa geração, estão voltadas para as atividades intelectuais, e que em contrapartida, todos os vícios dessa geração estão fortalecidos pela indiferença moral.

Amigos, abre-se ao entendimento, pois bem aventurados são aqueles que são brandos porque prestarão dócil ouvido aos ensinamentos.

A Doutrina de Jesus, amparada na doçura, exige de nós obediência e resignação. A obediência meus amigos, é o consentimento da razão. Aquele lado da balança que faz você refletir uma conduta ética, moral e de bom senso, para depois agir. É dentro desse consentimento da razão que encontrará a paz interior ao invés do medo e da insegurança.

Já a resignação é o consentimento do coração para agir no caminho do bem e do amor, o que lhe trará o equilíbrio do ouro lado da balança. É sabedoria divina desenvolvermos a consciência e a percepção, a sensibilidade e a amorosidade para que não precisemos levar uma vida de medos e inseguranças a cada prova que nos depararmos como trajetória de evolução de nosso espírito.

Somos chamados a todo instante pelo nosso Anjo Guardião, pelos Espíritos Protetores, Espíritos Amigos, Mentores Espirituais que cuidam de seus trabalhadores na Terra, chamados a refletir nossas ações, nossos pensamentos, a sintonia que estabelecemos com o Alto, com o propósito e a finalidade de não nos desvirtuarmos do nosso planejamento espiritual, a fim de que ainda nesta encarnação possamos dar cumprimento aos nossos propósitos elementares ao nosso desenvolvimento e escalada espiritual.

Portanto meus amigos, quando sentires medo e insegurança, primeiramente aceite que eles existem para lhes fazerem refletir sobre as suas atitudes, sobretudo do ponto de vista moral.

Aceitar que existe o medo e a insegurança, te faz perceber que há uma ameaça iminente mas que necessariamente pode não acontecer, e tudo pode dar certo.

É um momento para analisar a sua conduta e fortalecer a sua fé no Pai que jamais desampara seus filhos, lembrando que a análise de sua conduta deve estar amparada no respeito ao direito do outro e fundamentada no princípio de que deve-se sempre colocar-se no lugar do outro e questionar-se se gostaria que fizessem com você o mesmo.

Não deixe que o medo e a insegurança estagnem, cristalize a sua caminhada. A fé em Deus e a paz interior vão lhes dar a força necessária para continuar a conduzir o leme da embarcação que é você, que é o seu corpo e o seu espírito, e que não terá outro destino senão chegar a Deus.

Meus amigos quero lhes dizer que Deus jamais desampara seus filhos e mais do que isso, o Pai Misericordioso compreende cada fragilidade de um espírito encarnado como vós, e desencarnados como todos que aqui foram chamados.

A compreensão do Pai é de fundamental importância na decisão de permitir a reencarnação num Planeta como a Terra, dando-lhes nova oportunidade de reparar seus vícios e enobrecer suas virtudes.

Se abre ao entendimento dos ensinamentos do Pai e trata de fazer valer a razão de sua encarnação, a fim de que não desperdices como muitos dos desencarnados a fizeram em vida, e que hoje, choram suas amarguras no arrependimento e no sofrimento, porque se não encontrarem o caminho do Pai, permanecerão no medo e na insegurança também na vida espiritual.

Olhai para os céus, e sinta a sintonia que liga ao Pai, convidando-os a experimentar a paz de espírito, o amor e a felicidade ainda nesta vida a fim de que ao regressar À casa do pai, recebas o mérito da missão cumprida.

Que Deus abençoe a cada um de vocês tocando o seu coração de paz!
Vida e Paz!

Por Alessandra Uzêda

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A Ética Espírita

A Ética Espírita 

Texto básico da exposição feita no Painel "O Livro dos Espíritos - Princípios Filosófico-Espíritas para uma nova Sociedade" no 4o Congresso Espírita Mundial, realizado em Paris, França, no dia 3 de outubro de 2004 Altivo Ferreira

1. Ética e Moral 

A Ética (do grego ethika) é a parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana (Dicionário Michaelis)

1 : Relaciona-se com os costumes, sendo chamada ciência da conduta e ciência da moral, cujo objetivo é o julgamento e a distinção entre o bem e o mal. 

A Ética teve origem na Grécia, com Aristóteles (384-322 a.C.), o qual utilizou esse nome pela primeira vez em seu livro Ética a Micômaco. Afirma Marilena Chauí

2 : "Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto é, valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido e à conduta correta e incorreta (...). No entanto, a simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética, entendida como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais." 

A distinção entre ética e moral é, todavia, tênue. Já na Roma antiga, Cícero (106-43 a.C.) dizia que eles denominavam moral o que os gregos chamavam de ética. Com Jesus Cristo, os conceitos éticos assumiram nova dimensão, como se depreende das palavras do Espírito Carlos Torres Pastorino, no recente livro Impermanência e Imortalidade

3 : Cap. "Ética e razão"': "Foi Jesus que apresentou o amor como fundamental para a vida, dando início ao primado do dever e da moral como essenciais à felicidade humana. Antes dEle, os princípios da ética moral eram graves, especialmente em Israel, atados às leis severas, estabelecidas por homens cruéis, mais interessados em punir, em vingar-se do que em educar e corrigir. 

Desde a Pena de Talião, que Ele substituiu pela do perdão, mediante o qual é concedido ao infrator a reabilitação, não ficando isento da responsabilidade do erro e das suas conseqüências, mas facultando-lhe possibilidades de retribuir à sociedade em bens os males que praticou." 

Surge, assim, a ética cristã, fundamentada nos ensinos do Mestre Nazareno. Pedro e seus companheiros vivenciam o amor e praticam a caridade na Casa do Caminho. Paulo de Tarso dá-lhe consistência, traçando diretrizes de ordem comportamental aos gentios em suas memoráveis Epístolas, das quais destacamos estes preceitos: 

"Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem" (Romanos, 12:21);

 "Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam" (I Coríntios, 10:23);

E reforça com seu exemplo: 

"Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim" (Gálatas, 2:19-20).

 Com o correr do tempo e o predomínio da Igreja, depois, com a Reforma Protestante, a ética cristã foi sendo adaptada às concepções da Teologia, na medida em que o comportamento humano era influenciado pelo temor a Deus, pela crença no pecado, nas penas eternas, em que a salvação da alma era condicionada à submissão aos dogmas e sacramentos, ou à fé em Cristo. 

Iniciada no século XVII a Era da Razão, a partir de René Descartes (1596- 1650), passando pelos filósofos do Iluminismo, até Jean-Jacques Rousseau (1712-1799) e Emmanuel Kant (1724-1804), no século XVIII, as reflexões éticas prepararam o pensamento humano para o advento do Consolador prometido por Jesus, destinado a reconduzir a ética cristã à sua pureza original. 

2. Ética e Doutrina Espírita 

Em nossa pesquisa, não encontramos menção à Ética nas obras da Codificação Kardequiana e na Revista Espírita.

Todas as referências se reportam à Moral, cujo conceito espírita se confunde com o de Ética, como podemos conferir nas respostas dos Espíritos Reveladores às questões 629 e 630 de O Livro dos Espíritos (Ed. FEB), formuladas por Kardec: 

629. Que definição se pode dar da moral?

A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Fundamenta-se na observância da lei de Deus.O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus.

 630. Como se pode distinguir o bem do mal? 

O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é pro ceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-Ia. 

Na obra Filosofia Espírita da Educação (vol. 1)4 Ney Lobo acentua que, como "existe a Filosofia Espírita, deve, forçosamente, corresponder-lhe determinada ética, a Ética Espírita" (destaque do autor).

Os princípios da Doutrina Espírita, em seu tríplice aspecto - Filosofia, Ciência e Religião - fundamentam-se na moral do Cristo, que é a mais elevada expressão da Ética. 

A concepção de Deus - justo e misericordioso para com todos os seus filhos -, como a "inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas"; a certeza da vida futura e o conhecimento do mundo espiritual, confirmados, através da mediunidade, pelas comunicações dos Espíritos; a origem, evolução e destinação do Espírito imortal; a pluralidade das existências e dos mundos habitados; a compreensão da justiça e da misericórdia divinas pelo funcionamento da lei de causa e efeito; o princípio de responsabilidade decorrente do exercício do livre-arbítrio; a concepção espírita das penas e gozos terrestres e futuros - repercutem na consciência moral do homem, levando-o a formular e praticar uma nova filosofia de vida, uma nova conduta ética. 

Nas Leis Morais, da Parte 3a de O Livro dos Espíritos, a Ética Espírita apresenta-se em sua plenitude. 

No capítulo 1, Kardec reúne o ensino dos Espíritos sobre a lei divina ou natural, examinando os caracteres e o conhecimento dessas leis; coloca as questões acerca do bem e do mal e apresenta (q. 648) a divisão da lei natural em dez partes (cap. II a XI), que compreendem as leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e, por fim, a de justiça, amor e caridade. Afirmam os Espíritos que "essa última lei é a mais importante, por ser a que faculta ao homem adiantar-se mais na vida espiritual, visto que resume todas as outras." 

Ainda sobre a última lei moral, Kardec enfatiza, na Conclusão (IV) de O Livro dos Espíritos. 

"O progresso da Humanidade tem seu principio na aplicação da lei de justiça, de amor e de caridade, lei que se funda na certeza do futuro." Além da questão acima (648), três outras merecem destaque, por seu significado ético: 

621. Onde está escrita a lei de Deus?

Na consciência.

 625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? 

Jesus. 

647. A Lei de Deus se acha contida toda no preceito do amor ao próximo, ensinado por Jesus?

Certamente esse preceito encerra todos os deveres dos homens, uns para com os outros. (...). O Codificador termina o estudo das leis morais com a abordagem de um aspecto fundamental da Ética em geral e da Ética Espírita em particular - a Perfeição Moral. 

As primeiras questões apresentadas tratam das virtudes e dos vícios. Indaga ele (q. 893) sobre qual a mais meritória das virtudes, e recebe por resposta: 

"Toda virtude tem seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na senda do bem. (...) A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal em favor do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade." (Grifamos.)

 No exame das paixões, a resposta dos Espíritos à pergunta 907 esclarece que a paixão, em sua origem, não é má; "a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. 

O abuso que delas se faz é que causa o mal". O egoísmo é o vício mais radical (q. 913), dele derivando todo o mal. "Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos há egoísmo. (...) Quem quiser, desde esta vida, ir aproximando-se da perfeição moral, deve expurgar o seu coração de todo sentimento de egoísmo, visto ser o egoísmo incompatível com a justiça, o amor e a caridade. Ele neutraliza todas as outras qualidades."

Fénelon responde de forma admirável à indagação - Qual o meio de destruir-se o egoísmo? (q. 917). Eis alguns trechos do seu pensamento: "De todas as imperfeições humanas, o egoísmo é a mais difícil de erradicar-se (...). O egoísmo se enfraquecerá à proporção que a vida moral for predominando sobre a vida material e, sobretudo, com a compreensão, que o Espiritismo vos faculta, do vosso estado futuro, real e não desfigurado por ficções alegóricas." (...). 

No longo e elucidativo comentário sobre essa questão, Kardec afirma ser necessário combater o egoísmo na sua raiz "pela educação, não por essa educação que tende a fazer homens instruídos, mas pela que tende a fazer homens de bem.

A educação, convenientemente entendida, constitui a chave do progresso moral". Sobre a educação à luz do Espiritismo, Ney Lobo5 enfatiza: 

"A Ética Espírita é a argamassa que cimenta a Filosofia com a Educação Espírita, articulando-as funcionalmente num enlace perfeito e doutrinário: a Filosofia fornece a Ética para a Educação realizá-la." 

3. Comportamento ético-espírita 

A Ética Espírita, aliando a fé à razão - e pelo seu caráter educativo - leva o homem, à mudança positiva de comportamento. Daí a exortação do Codificador :

"Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. " 

Retomando o citado capítulo sobre a Perfeição Moral, encontramos o modelo de comportamento ético-espírita na questão 918, em que Kardec, no seu comentário, apresenta os caracteres do homem de bem e declara:

 "Verdadeiramente, homem de bem, é o que pratica a lei de justiça, amor e caridade na sua maior pureza." 

Ele desdobra esse tema no capítulo XVII de O Evangelho segundo o Espiritismo, descreve a conduta do homem de bem, e conclui - referindo-se aos bons espíritas - que o Espiritismo leva aos resultados por ele obtidos que "caracterizam o verdadeiro espírita, como o cristão verdadeiro, pois que um o mesmo é que outro ". (Grifamos.) 

*** A Ética Espírita foi enriquecida, no século XX, com o apostolado mediúnico de Francisco Cândido Xavier, através do qual a Espiritualidade Superior canalizou para o homem contemporâneo valiosas diretrizes de ordem comportamental, sob a visão evangélico-doutrinária da Terceira Revelação. 

Destacamos desse tesouro as mensagens de Emmanuel que compõem a série (editada pela FEB) Caminho, verdade e Vida, Pão Nosso, Vinha de Luz e Fonte Viva, assim como as de André Luiz, cujo livro Conduta Espírita é um repositório de orientações a quantos queiram ter um comportamento ético-cristão. 

Esta contribuição do Mundo Espiritual é acrescida pelas obras de Joanna de Ângelis sobre o homem integral e a psicologia profunda, psicografadas por Divaldo Pereira Franco. 

O comportamento ético-espírita não pode limitar-se aos momentos em que estamos na Casa Espírita ou no atendimento às carências do próximo. Ele deve constituir o nosso modo de ser e de agir em todas as circunstâncias da vida. 

Ao espírita compete manter uma conduta ética no cotidiano, em todas as relações que estabelece com o seu semelhante e a sociedade, ainda que em detrimento de seu interesse pessoal. Cabe-lhe viver e exemplificar a conduta ética no lar, na vida profissional, nos negócios, na política, na administração pública, bem como nas outras situações apresentadas pelo Espírito André Luiz7 , consultando sempre a sua consciência, onde está escrita a lei de Deus. 


Referências Bibliográficas 1 MICHAELIS: Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 1998, 2.267 p., p. 908. 2 CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 13. ed. São Paulo: Editora Ática, 2003, 424 p., p. 310. 3 FRANCO, Divaldo Pereira. Impermanência e Imortalidade, pelo Espírito Carlos Torres Pastorino. Rio de Janeiro: FEB, 2004, 224 p., "Ética e razão", p. 215-222. 4 LOBO, Ney. Filosofia Espírita da Educação. Rio [de Janeiro]: FEB, 1989, v. l, p. 50. 5 ld., ibid., p. 53. 6 KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 120. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2002, 435 p., cap. XVII, p. 274. 7 VIEIRA, Waldo. Conduta Espírita, pelo Espírito André Luiz. 5. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1974, 155 p. volta ao Início (Estudo originalmente publicado na Revista Internacional de Epiritismo, Ano LXXX, No 02, Matão, Março 2005 e reproduzido com autorização do autor)

Os Super Médiuns. Tenha Muito Cuidado! Alamar Régis Carvalho

Os Super Médiuns. Tenha Muito Cuidado! 
Alamar Régis Carvalho 

O Espiritismo é maravilhoso, ele é ético, sensato, coerente, racional e é uma boa proposta para pessoas que raciocinam. 

Todavia há muita gente que resolveu resumi-lo a uma simples religião, emprestando-lhe todas as características normalmente encontradas nas religiões tradicionais, ou seja: obrigações, proibições, rituais, censuras, hierarquias, subserviência a encarnados e a desencarnados, equívocos na concepção do que seja de fato moralidade e também fanatismos. 

Um espírita excessivamente empolgado, sem uma forte base doutrinária, ou melhor, conhecedor do que realmente propõe a doutrina, chega a ser tão chato e inconveniente como aqueles crentes que em plena hora de almoço, ao meio dia, toca a campainha da nossa casa e praticamente impõem que os atendamos.

Já sei que espíritas chatos vão, mais uma vez, baixar-me o sarrafo por utilizar aqui a indispensável sinceridade e transparência que devemos ter para com as pessoas, mas não posso trair a minha consciência porque não quero estar inserido no universo da ridicularidade.

A grande verdade é que existe muito espírita bobo por aí, inclusive muitos dirigentes de centros. E muita gente, que chega agora ao movimento espírita, na expectativa de encontrar no Espiritismo alguma resposta que nunca teve na sua andança pelas igrejas, termina se decepcionando com o que vê, tendo frustrações que nem a amizade que nutre por espíritas sérios consegue demover. 

Porque escrevo para muita gente do universo chamado leigo, ou seja, aquele constituído por pessoas de diversas religiões, é muito comum, por curiosidade, alguém que recebe um artigo meu, repassado por algum amigo comum, consultar o site www.redevisao.net para saber maiores informações sobre esse tal Alamar, que assinou a matéria que chegou ao seu computador, quando, de repente... "Ih, o cara é espírita!!! É envolvido com Espiritismo!!!". 

A grande maioria procura conversar sobre o assunto, muitos falam de algumas "coisas" que vêem mas não sabem por que vêem, "a minha mãe sente isto", "o meu marido vê aquilo", "A minha sogra escuta"... Terminam chegando a um centro espírita.

Eu sempre indico a procura por um centro, além do indispensável encaminhamento ao estudo (não apenas leitura) das obras básicas, na sua seqüência que todos nós espíritas conhecemos. 

Semanas ou meses depois, volta a mesma pessoa ao Alamar, pelo e-mail, MSN ou outro meio de comunicação a questionar, com muito jeitinho para não praticar indelicadeza com o amigo, relatando dúvidas acerca das suas primeiras convivências que o Espiritismo. 

- "Sabe, Alamar, eu conheci a dona Fulana de Tal, lá no centro, e toda vez que eu chego lá ela me diz que está vendo isto, está vendo aquilo, está vendo o meu marido, que já morreu, ao meu lado, está sentindo isto..." 

E nessa onda encontramos muitos espíritas "trabalhadores" deitando e rolando na inexperiência dos outros, proveniente do conhecimento da doutrina, nem sempre no interesse do cobrarem diretamente algum valor financeiro mas, certamente, com algum interesse que nem sempre corresponde à ética que o Espiritismo propõe. E haja chutes, na necessidade que se acham de convencerem os outros de que "sou médium!!!". Só faltam usar crachá de médium. 

Tem casos de médiuns que vão logo dizendo que está vendo o avô da pessoa ao seu lado, que ele está bem e que está lhe protegendo, quando a pessoa termina por ter que dizer: - "A senhora me desculpe, mas os meus dois avôs, o paterno e o materno, ainda são vivos". E por aí vai. 

Quero aqui, com este artigo, orientar e informar às pessoas que estão chegando agora ao Espiritismo, bem como a várias outras que já estão há algum tempo, mas não entenderam bem a proposta da doutrina, algumas coisas:

 Primeiro: O Espiritismo não é doutrina do "porque sim" e nem do "porque não". Isto quer dizer que você não é obrigado a ficar calado, aceitando tudo o que tentam lhe empurrar. Nada de ter que aceitar isto ou aquilo só porque determinada pessoa afirma que "é assim, tem que ser assim e você não pode questionar". Muito pelo contrário, em Espiritismo você tem que questionar, sim, e estar ciente de que todo espírita que foge de questionamentos dos outros, invariavelmente é um despreparado porque não tem condições básicas de sustentar um diálogo com alguém que pensa. Doutrina do "porque sim" e do "porque não" é a doutrina católica e outras inúmeras por aí. 

Segundo: Não existe nenhum super-médium com capacidade para estar vendo o tempo todo parentes desencarnados de todos os freqüentadores dos centros, a ponto de ficar dizendo que vê e que sente a todo momento. Na maioria dos casos você pode ter certeza de uma coisa: é exibicionismo, é palhaçada de alguns que se dizem videntes quando, na realidade, estão sempre querendo se colocar em evidência. Uma amostra disto você verá em determinadas reuniões mediúnicas quando o médium A ou B começa a se estribuchar todo, sacudindo a cabeça e os braços, fungando, dando murros na mesa, quando mulheres de cabelos longos, balançam bem a cabeça para fazerem os cabelos irem pra frente e pra trás... enfim, o que querem é chamar a atenção. Cuidado. Fungados e saculejos não significam autenticidade mediúnica e sim desequilíbrio e perturbação. 

Existe possibilidade, sim, de um ou outro médium ter uma mediunidade mais apurada e até poder ver um ou outro espírito desencarnado acompanhando uma pessoa encarnada. Só que, quando este é realmente equilibrado e tem consciência do seu papel, como médium espírita, jamais fica se colocando em evidência, na necessidade de ter que dizer para a pessoa que está vendo fulano ou fulana. 

São médiuns que fazem da casa espírita uma casa de sensatez e não necessariamente um picadeiro de circo. Um dos grandes problemas que acontecem neste campo que estou denunciando, é a irresponsabilidade de alguns que, talvez para terem o freqüentador da casa nas suas mãos, insinuam algum possível perigo que a pessoa pode estar correndo, para deixá-la com medo, receio ou dúvida; daí ficarem com ela sob o seu domínio: - "Olha. Eu estou vendo ao seu lado uma entidade que está pedindo para você ter muito cuidado, viu?" O diabo é que esses infelizes, propositalmente, não dizem que cuidado é esse que a pessoa deve ter, cuidado com quê. Aí fica a dúvida e o medo na cabeça da maioria das pessoas, já que invariavelmente essa maioria que chega à casa espírita é porque está enfrentando algum problema. É um Deus nos acuda!!! 

Se a pessoa, por exemplo, tiver com alguma gastrite ou indisposição estomacal, vai logo imaginar que o médium está vendo algum câncer nela, sem querer dizer, e vai ficar apavorada. Se teve algum problema com alguém que, talvez lhe tenha feito alguma ameaça, poderá começar a achar que poderá ser assassinado por esse alguém. E haja noites em claro, insônias, preocupações, gente a recorrer ao diazepan, valium, somalium e outros, inclusive desequilíbrios dentro de casa, a ponto de agredir todo mundo, perturbado que ficou com o medo que lhe foi plantado por um irresponsável. Este assunto renderia um artigo enorme e e não quero, aqui, falar de todos e nem de muitos casos que podem acontecer em relação a isto. 

O que quero alertar é o seguinte: Cuidado com os tais super-médiuns que existem por aí. Nem todas as pessoas que você vê trabalhando, ou "trabalhando", em um centro espírita necessariamente é médium. 

Tem centro espírita onde até a cantineira se acha no direito de dar diagnósticos espirituais para frequentadores da casa. 

Médium equilibrado e responsável, nenhum, amedronta ninguém e nem pronuncia frases vagas para lhe deixar perturbado, sem saber o que ele quer dizer com aquilo. Os espíritos bons não permitem que ele faça isto e nem o conhecimento que ele realmente tem deixa que ele faça brincadeiras de tamanho mau gosto. 

Quando espíritos, verdadeiramente bons e evoluídos, detectam algum problema numa pessoa, jamais eles se utilizam da boca de qualquer médium para dizer, porque sabem do despreparo de todos nós em relação a notícias sobre doenças, sobretudo em nós mesmos. 

Eles tomam as providências de cura, silenciosamente, sem que nem saibamos que fomos tratados e curados, quando merecemos a cura, ou, se for um problema cármico, eles deixam que a coisa prossiga conforme o que está programado. Portanto, estejamos todos preparados, dentro de um centro espírita, para convivermos com a casa e com aqueles que estão lá, inclusive com os seus dirigentes que nem sempre expressam o equilíbrio e os bons qualitativos da Doutrina Espírita.

Recomendo o ESTUDO criterioso, atencioso e bem RACIONAL das obras básicas do Espiritismo, com outra dica, que eu acho fundamental para as pessoas mais exigentes e mais preocupadas com fidelidade: É sempre bom ter mais de uma tradução das obras básicas em casa, principalmente de O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Se possível todas que existem disponíveis. 

Eu sei porque estou recomendando isto. A melhor garantia que temos para estarmos bem acompanhados por espíritos bons, espíritos que nos ajudam a livrar dos males, espíritos que podem nos curar é o nosso BOM PROCEDER. E este bom proceder não é aquele que atende apenas as conveniências e etiquetas sociais e religiosas, é aquele que se enquadra dentro da VERDADEIRA E AUTÊNTICA MORAL, que é aquele: 

"Faça ao seu próximo aquilo que você gostaria que os outros lhe fizessem" e também "não faça a ninguém o que você não quer que façam contigo".

Artigo reproduzido com autorização do autor pela Biblioteca Virtual

SAÚDE E DOENÇA - MEDICINA DA ALMA – ROBSON PINHEIRO – pelo ESPÍRITO JOSEPH GLEBER

MEDICINA DA ALMA – ROBSON PINHEIRO – pelo ESPÍRITO JOSEPH GLEBER


    1.    SAÚDE E DOENÇA

    1.1.Espírito ou Matéria?

·         Apesar de o cérebro ser comparado  por muitos a um computador complexo, ele tem necessidade de um AGENTE para instruir  o SISTEMA NERVOSO a respeito de como deve AGIR  e FAZER.

·         Esse AGENTE, entidade capaz de utilizar o biomecanismo, imprimi-lhe o DIRECIONAMENTO CONSCIENTE  DE SUA INDIVIDUALIDADE, é o que chamamos de ESPÍRITO ou ALMA.

·         O ser humano, ou todo organismo vivo, mobiliza e metaboliza  uma variedade de ENERGIAS dentro da FAIXA ELETROMAGNÉTICA E ASTRAL. Dessa forma, suas EMOÇÕES, seus SENTIMENTOS e PENSAMENTOS refletem  as suas tendências e criações subjetivas, de VIBRAÇÕES cuja frequência e irradiação se espalham em torno de si.

·         Todos os PENSAMENTOS, AÇÕES, EMOÇÕES, INTENÇÕES, ANGÚSTIAS, FOBIAS E ALEGRIAS  representam ENERGIAS, que de certa forma gravitam em torno do PSIQUISMO HUMANO, sendo de TEOR VIBRACIONAL NEGATIVO em quantidade maior, devido à INFERIORIDADE  RELATIVA DO SER HUMANO na atualidade.

·         Invisível para a grande parte dos encarnados, a CONEXÃO entre o CORPO FÍSICO e as FORÇAS PSÍQUICAS DO ESPÍRITO detém a chave para os progressos que se podem efetuar na área de saúde do ser humano.

·         A CIÊNCIA TERRENA somente se aproximará da CIÊNCIA ESPIRITUAL quando se aprender a utilizar as CAPACIDADES DO PSIQUISMO HUMANO AMPLAMENTE e de FORMA EQUILIBRADA em consonância com a realidade do SER COMO ESPÍRITO IMORTAL.

·         Através DO ESTUDO das LEIS MORAIS em relação ao ESPÍRITO, o homem poderá ver  a íntima ligação entre os ESTADOS SUPERIORES DA CONSCIÊNCIA e os QUADROS DE SAÚDE.

·         É a partir do CORPO ESPIRITUAL ou ASTRAL, também chamado de PSICOSSOMA, que será possível uma visão mais ampla a respeito do EQUILÍBRIO ENTRE O CORPO E ESPÍRITO – a que denominamos SAÚDE.

·         O êxito de qualquer AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO ENERGÉTICO só é possível através de uma VISÃO MAIS INTEGRAL DO SER PENSANTE, do estudo de seu CORPO PERISPIRITUAL.


·         O CONCEITO de SAÚDE, ENFERMIDADE ou DOENÇA  amplia-se além dos conceitos da medicina convencional.É preciso conhecer  os MECANISMOS e as FUNÇÕES tanto do PERSPÍRITO ( Corpo semimaterial, veículo de expressão da consciência) quanto do DUPLO ETÉRICO e da REALIDADE MULTIDIMENSIONAL do homem, abrangendo assim, todo um SISTEMA ENERGÉTICO e MORAL daquele SER.

·         O COMPORTAMENTO EQUILIBRADO, a ATITUDE SADIA, e a PRÁTICA DOS PRECEITOS MORAIS são na verdade, uma RESPOSTA CIENTÍFICA de NÍVEL ENERGÉTICO SUPERIOR.


·         A Terapia dos ensinamentos evangélicos e espiritistas, convida-nos a realizar a REFORMA EM NOSSAS VIDAS, transformando COMPORTAMENTOS, PALAVRAS, AÇÕES e  SENTIMENTOS, é, na realidade, o recurso que ELEVARÁ O PADRÃO VIBRATÓRIO DO PSIQUISMO DO SER, manifestando-se de forma saudável em suas vivências íntimas.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A Psicologia e a Fé Espírita no combate às drogas - Texto de Adalberto Ricardo Pessoa

A Psicologia e a Fé Espírita no combate às drogas

Segundo as últimas pesquisas recentes do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) a estimativa de dependentes de álcool no Brasil é de 11,2%, o que num país de mais de 170 milhões de habitantes equivale há uma população aproximada de 19.040.000 (ou seja, mais de dezenove milhões de pessoas). 

Como, porém, cada dependente de álcool individualmente, costuma afetar a vida de outras pessoas, geralmente do círculo familiar, a quantidade de pessoas que são “indiretamente” comprometidas pelo problema do abuso e da dependência dessa droga é de 3 a 4 vezes o número total citado (ou seja, entre 50 e 80 milhões de pessoas, aproximadamente). 

A dependência de tabaco (cigarro) alcança o índice de 9,0%. Por sua vez, os resultados sobre drogas ilícitas apontam que 6,9% da população provavelmente já fez algum uso na vida de maconha, e 5,8% de solventes.

O álcool é a droga que causa maiores danos sociais à população, segundo os dados observados. A maior parte dos acidentes de trânsito, brigas familiares, e até casos de assassinatos estão relacionados ao uso de bebidas alcoólicas, mas esse fato não é divulgado pela maior parte da mídia alienante. O fácil acesso às bebidas alcoólicas, e o fato de ela ser uma droga lícita e aceita pela sociedade são certamente fatores facilitadores para a emergência desse quadro. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (O.M.S.), saúde implica na máxima condição possível de equilíbrio e bem-estar bio-psico-social. 

A chamada “Síndrome de dependência alcoólica” é considerada uma doença na medida em que o alcoolista se ressente do ponto de vista orgânico, pessoal e social e apesar disso, persiste no alcoolismo, caracterizando uma situação de dependência tão intensa, que passa a poder ser considerada patológica. 

Segundo a psicóloga e psicofarmacologista Jandira Masur, "o alcoolismo é uma doença na medida em que implica uma situação de dependência tão intensa que leva a visível prejuízo físico e/ou das relações interpessoais". 

A doença, portanto, é o uso abusivo e a dependência do álcool, ou mais especificamente, é a perda de controle no uso dessa droga (Masur, 1984, p. 33). 

Muitas pessoas, erroneamente, não consideram o álcool ou o tabaco (cigarro) como sendo uma droga. É um grande engano! É considerado droga psicotrópica qualquer substância com a capacidade de agir e modificar significativamente o padrão de funcionamento dos neurotransmissores do cérebro, que são as substâncias responsáveis pela comunicação e transmissão de informação ao longo do nosso sistema cerebral. O álcool, por exemplo, é uma substância que pode provocar relaxamento e descontração num primeiro momento de experimentação, mas o seu uso continuado provoca depressão, pois o álcool é em si mesmo, classificado como uma droga depressora do sistema nervoso central. 

Quanto à maconha, alguns setores da mídia tentam divulgar de maneira irresponsável que essa droga não produz dependência. Algumas pessoas, por sua vez, acreditam que a maconha pode provocar dependência psíquica, mas não dependência física. 

Aqui, entramos, novamente num terreno de grande desinformação. Assim, o que muitas pessoas não sabem é que a maconha é classificada como uma droga perturbadora, que causa confusão mental e alucinações. Além disso, a maconha que é produzida atualmente tem sido modificada industrialmente tornando-se mais potente, e causando tanto a dependência psíquica quanto a física, como atestam os números crescentes de pessoas dependentes de maconha nos consultórios, clínicas e instituições especializadas no tratamento de alcoolismo e outras drogas. 

A ação da cocaína, e principalmente, do crack são fulminantes. 
Dificilmente um indivíduo conseguiria fazer uso dessas substâncias sem se tornar dependente. Enquanto o álcool é considerado uma droga depressora e a maconha uma droga perturbadora ou confusional, o crack e a cocaína são drogas agitadoras ou excitadoras. Ou seja, provocam uma intensa atividade mental, e danos cerebrais graves. 

Segundo conclusões do CEBRID, e das principais instituições que pesquisam a problemática do uso indevido de drogas, como a Universidade Federal de Medicina de São Paulo (UNIFESP), a Escola Paulista de Medicina, e o Grupo de Estudos Interdisciplinares em Álcool e Drogas da USP (GREA-USP), diante dos fatos expostos de maneira sumária, tal questão surge como um problema de ordem internacional, envolvendo todo o planeta. Assim, tal situação afeta homens e mulheres de todos os grupos éticos, pobres e ricos, jovens, adultos e idosos, pessoas com ou sem instrução, e até bebês recém-nascidos que herdam doenças e/ou dependência química de suas mães toxicômanas. 

Surge então as seguintes questões: (1º) como entender a problemática do uso patológico das drogas psicotrópicas, e (2º) o que fazer frente a essa situação quando se possui um amigo ou um familiar dependente de algum tipo de droga? 

Vejamos a dimensão psíquica e espiritual dessas questões. No âmbito psicológico, o principal fenômeno a ser analisado é a questão da dependência em si mesma. Para tanto, precisamos compreender o funcionamento da alma humana.

 O nosso psiquismo é formado por duas instâncias: uma consciente, e outra inconsciente (ou seja, formada por aquilo que desconhecemos em nós mesmos). Segundo o psicólogo suíço C. G. Jung, o inconsciente (que é o desconhecido em nós mesmos) é muito maior que o consciente (ou aquilo que conhecemos em nós próprios). Segundo a sua linha de raciocínio, metaforicamente, se o consciente fosse uma ilha, o inconsciente seria todo o restante dos oceanos, o que significa que, desconhecemos mais de 90% de nós mesmos.

 Por outro lado, os estudos clínicos contemporâneos em Psicanálise (Kalina, 2000), mostram que em nosso psiquismo inconsciente possuímos núcleos criativos, organizados e amadurecidos, que vivem lado a lado, com núcleos psíquicos com conteúdos destrutivos, desorganizantes e infantilizados. Aos primeiros chamamos de pulsões de vida e aos segundos de pulsões de morte. Os termos "vida" e "morte", são aqui, apenas comparações simbólicas no plano da organização psíquica, segundo a psicanálise. 

Qualquer psicólogo com esse conhecimento sabe que indivíduos que bebem, fumam e/ou utilizam outros tipos de drogas (maconha, cocaína, crack, heroína, LSD, ecstasy, etc) invariavelmente estão com suas pulsões auto-destrutivas (ou pulsões de morte) ativadas. 

O pior é que como esse mecanismo envolve instâncias inconscientes, o indivíduo não tem percepção ou consciência desse fato, inclusive negando-o. Tanto, que a maioria dos dependentes de álcool e outras drogas não se reconhecem como dependentes, o que dificulta muito o seu tratamento. 

Mas, sem o perceber, tais indivíduos criam uma dependência psíquica dessas drogas, o que na verdade reflete uma dependência psicológica de seus núcleos auto-destrutivos, não identificados conscientemente.

Como esse tipo de pulsão de morte se desenvolve? O mecanismo é paradoxal, e engloba a crítica Espírita da ideologia materialista que predomina na nossa sociedade. Frente a seus conflitos, angústias e problemas, o ser humano tem duas opções: ou lida com eles de forma amadurecida, buscando soluções criativas e transformadoras (esse éo caminho do autoconhecimento, da reforma íntima, e da pulsão de vida), ou opta pela fuga dos problemas, a sua negação, a busca compulsiva de prazeres ou a sua alienação, num caminho (ou "falsa tentativa de solução") que contraditoriamente apenas amplia a magnitude de seus problemas e angústias.

 Esse último é o caminho da pulsão de morte, que muitas vezes, acaba sendo a porta de entrada para a ação do álcool e das drogas. 

Do ponto de vista simbólico, a "morte" é entendida, nesse último caminho específico, como uma situação de finalização de problemas e angústias (é essa "fantasia psíquica", por exemplo, que motiva o suicida). Resulta daí, um "ideário psicótico" - nas palavras do psicanalista Eduardo KKalina - amplamente procurado, que é o de "provocar a morte para viver em paz" (Kalina, 2000). Em outras palavras, o dependente de álcool e drogas é alguém que tenta provocar a própria “morte” para não sentir angústia, pois a morte dentro dessa linha de raciocínio é vista como a única situação em que a pessoa deixaria de sofrer. 

O indivíduo tenta se dopar para não sofrer, mas apenas se ilude, pois com o uso das drogas, acaba ampliando ainda mais os seus problemas. Esse ideário estaria presente mesmo entre os que se dizem "beber socialmente", representando uma paradoxal ideologia coletiva aceita como "normal", porém não-refletida de maneira consciente, e sutilmente difundida no tecido sócio-cultural. 

No caso do dependente químico, há o agravante de que a personalidade não se encontra suficientemente bem estruturada e fortalecida para lidar de forma construtiva e eficaz com a realidade, e daí o desejo de se fugir dessa realidade através das drogas. 

Para compreendermos o mecanismo como isso se processa, temos que levar em conta diversos fatores psicossociais que atuam num mundo de provas e expiações como o nosso. Sabe-se que o indivíduo internaliza em seu psiquismo representações do imaginário social. 

Sendo a nossa sociedade extremamente materialista, individualista e competitiva, temos a internalização desse modelo de sociedade narcisista na personalidade, principalmente por parte daqueles que possuem sintonia mental para tanto. 

Acontece que num mundo de provas e expiações, como a Terra, o número de pessoas com tal padrão mental vibratório predispostas a internalizarem esse modelo social não é pequeno.

 Esse processo se incrementa de várias maneiras: através (1) do processo de "idiotização" presente na mídia pós-moderna, (2) da organização familiar, (3) da alienação do sistema escolar de base, e (4) da ação de outras instituições compromissadas com a ideologia de consumo predominante, especialmente no capitalismo neoliberal atual. Todos esses fatores se tornam veículos para a introjeção (ou internalização) do modelo narcisista de organização social na psique, em função da maior ou menor "abertura psíquica" e do grau evolutivo do espírito encarnado (ou seja, de cada indivíduo).

 Por fim, o próprio indivíduo que internaliza esses modelos, torna-se ele próprio, um reprodutor desses, num ciclo vicioso que envolve o individual e o coletivo, na produção de mais ideologia consumidora e auto-destrutiva.

 A dessensibilização resultante, faz com que as pessoas lidem com esse campo de situação, como se fosse "algo normal", mas o que se acaba gerando em termos coletivos é uma sociedade pobre de valores éticos e significados simbólicos. 

Com a ausência de valores mais profundos, muitos acabam recorrendo às drogas para preencherem o “vazio” que uma sociedade empobrecida de significados e objetivos acabam criando. 

Assim, o uso abusivo e patológico das drogas paradoxalmente é um sinalizador social da necessidade de cada indivíduo reencontrar seus valores pessoais mais profundos, mas que foram perdidos por uma educação pouco ou nada acolhedora quanto a essa dimensão existencial da vida, tanto na família quanto na sociedade.

Acontece que a re-ligação com os valores existenciais mais profundos da vida muitas vezes, e podemos dizer que talvez, sempre, perpassem pela questão da re-ligação com algo que o indivíduo sinta como maior que ele próprio, ou seja, com a sua religiosidade. 

O seu religar-se com Deus, pode ser a demanda reprimida que se encontra por trás do uso indevido das drogas. Isso é acessível para os profissionais de saúde sintonizados com a dimensão espiritual da realidade, e como tal essa é exatamente aporta de entrada que pode oferecer uma nova e promissora opção de tratamento e apoio para lidar com tal problemática. 

Assim, tenho observado em minha experiência no tratamento de pacientes dependentes de álcool e outras drogas, que a coligação de tratamento médico, psicológico e orientação espiritual, compõem uma trilogia promissora de tratamento e recuperação para esse tipo de quadro clínico. 

Muitas vezes, o tratamento precisa ser complementado por um trabalho de orientação familiar (na Itália, por exemplo, o tratamento familiar não é apenas uma complementação, mas sim uma condição quase obrigatória de trabalho), e também algum tipo de trabalho de grupo, como a psicoterapia de grupo, ou os grupos de auto-ajuda existentes entre os alcoólicos e os narcóticos anônimos.

A idéia de agregar a orientação ou tratameto espiritual, ao tratamento médico e psicológico começa a despontar em algumas instituições. No IFL (Instituto Fraternal de Laborterapia) localizado próxima à Federação Espírita de São Paulo, é realizado um trabalho social e voluntário para pacientes dependentes de álcool. 

Graças a uma parceria realizada com a ABRAPE (Associação Brasileira de Psicólogos Espíritas) atualmente é oferecido um serviço de psicoterapia breve especializado em dependência de álcool, que coliga o tratamento psicológico com a consideração da dimensão espiritual, num trabalho inovador que está prestes a fazer um ano, e que já está beneficiando a população carente próxima ao centro de São Paulo. 

Até na prefeitura de São Paulo existe um trabalho semelhante realizado numa região periférica bastante carente, da zona leste, nas proximidades dos bairros de São Miguel e Itaim Paulista.

No Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) especializado em álcool e drogas localizado no bairro do Jardim Nélia, o tratamento psicológico também é realizado levado-se em conta uma abertura para a reflexão da dimensão existencial e espiritual do paciente acolhido pelo serviço. O fundamento científico – segundo pesquisas realizadas na USP e na UNIFESP – é a constatação de que a religiosidade é um importante fator de proteção contra o uso de álcool e outras drogas. 

Para a população carente local, esse fator de inclusão social e ético-existencial tem feito uma grande diferença tanto na luta contra a dependência química, como na briga árdua pela sobrevivência material. 

Como contribuição final, deixo as referências de contato, para quem desejar acessar esses serviços. Nesses espaços de trabalho, eu próprio também atuo como psicólogo clínico junto como equipes de outros psicólogos e diversos profissionais, oferecendo serviços gratuitos à população necessitada: 

 1) IFL – trabalho voluntário, filantrópico e social (exclusivamente) para dependentes de álcool. Rua Santo Amaro, 244 – São Paulo - Centro Tel.: (011) 3104-6707

 2) CAPS Jd. Nélia – Álcool e também outras drogas Rua Itajuíbe, 1912 – Jd. Nélia – Itaim Paulista Tel.: 6563-1413

3) ABRAPE – Associação Brasileira de Psicólogos Espíritas Rua Teodoro Sampaio, nº 417 – cj. 82 – 8º andar – São Paulo Tel.: 3898-2135 ou 3898-2139

Colaborador: Adalberto Ricardo Pessoa  Psicólogo formado pela

USP.  Pós-Graduado em pesquisas em psicossomática e terapia corporal pela USP.  Membro da Associação Brasileira de Psicólogos Espíritas  Psicólogo concursado pela prefeitura de São Paulo

DEUS RESPONDEU-LHE COM UM SORRISO! - Reflexão!

DEUS RESPONDEU-LHE COM UM SORRISO! 


Que aprendas que não podes fazer que todos te amem e o que podes fazer é amar os outros. 

Que aprendas que o mais valioso não é o que tens na vida, mas que tens vida.

Que aprendas que não é bom te comparar com os outros.

Que aprendas que uma pessoa rica não é a que tem mais, mas a que necessita menos.

Que aprendas que unicamente leva uns segundos a ferir profundamente uma pessoa que amas, e que pode levar muitos anos a cicatrizar a ferida.

Que perdoar, se aprende perdoando..... 

Que aprendas que há pessoas que te amam estranhamente, e que muitas vezes não sabem como exprimi-lo ..... 

Que aprendas que duas pessoas podem olhar a mesma coisa,e cada uma delas vê-la de modo bem diferente.

Que perdoar aos outros não é fácil, e que perdoar a si mesmo é o primeiro passo..... 



MENSAGENS TRANSFORMADORAS PARA NOSSA REFLEXÃO VOLUME 1 Compilação e adaptações: J. Meirelles

DESEJOS E NECESSIDADES - Reflexão!

DESEJOS E NECESSIDADES 


Certa vez, um homem pediu a Deus uma flor e uma borboleta, mas Deus lhe deu um cacto e uma lagarta.

O homem ficou triste pois não entendeu o porque do seu pedido vir errado. Daí pensou : Também, com tanta gente para atender... e resolveu não questionar.

Passado algum tempo, o homem foi verificar o pedido que deixara esquecido. Para sua surpresa, do espinhoso e feio cacto havia nascido a mais bela das flores. E a horrível lagarta transformara-se em uma belíssima borboleta. 

Deus sempre age certo.O Seu caminho é o melhor, mesmo que aos nossos olhos pareça estar dando tudo errado. Se você pediu a Deus uma coisa e recebeu outra, confie.

Tenha a certeza de que Ele sempre dá o que você precisa, no momento certo.

Nem sempre o que você deseja é o que você precisa.



MENSAGENS TRANSFORMADORAS PARA NOSSA REFLEXÃO VOLUME 1 Compilação e adaptações: J. Meirelles

OBSERVA O TEU PENSAMENTO - Reflexão!

OBSERVA O TEU PENSAMENTO

Teus pensamentos e vontade são a chave de teus atos e atitudes..... 

São as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência. Não reclames nem te faças de vítima! 

Antes de tudo, analisa e observa! 

A mudança está em tuas mãos. Reprograma tua meta! Busca o bem e viverás melhor.

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, Qualquer Um pode Começar agora e fazer um Novo Fim. 

Chico Xavier 



MENSAGENS TRANSFORMADORAS PARA NOSSA REFLEXÃO VOLUME 1 Compilação e adaptações: J. Meirelles

ESTA É A LEI - Reflexão!

ESTA É A LEI 

Nasceste no lar que precisavas.
Vestiste o corpo físico que merecias.
Moras onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com teu adiantamento.
Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades, nem mais,nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas. 
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização. 
Teus parentes, amigos são as almas que atraíste, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle. 
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência. 

MENSAGENS TRANSFORMADORAS PARA NOSSA REFLEXÃO VOLUME 1 Compilação e adaptações: J. Meirelles

VIVER COM SABEDORIA - Reflexão!


VIVER COM SABEDORIA 

Em um antigo mosteiro budista, um jovem monge questiona o mestre Mestre, como faço para não me aborrecer? 

Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes. Sinto ódio das que são mentirosas. Sofro com as que caluniam.

- Pois viva como as flores! advertiu o mestre. 

- Como é viver como as flores? - perguntou o discípulo Repare nas flores, continuou o mestre, apontando os lírios que cresciam no jardim. 

- Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável... ...mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento.

- Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.  



MENSAGENS TRANSFORMADORAS PARA NOSSA REFLEXÃO VOLUME 1 Compilação e adaptações: J. Meirelles

CORPO MENTAL - Segundo o Espírito Joseph Gleber - Livro: Consciência de Robson Pinheiro

CORPO MENTAL

     1)    MEMORIZA OS FATOS TRANSATOS , DOS MÍNIMO DETALHES DA VIDA DO SER.

  • ·         Possui a capacidade de organizar todas as ações do espírito na forma de arquivos mentais;
  • ·         Registra estímulos de uma esfera bem mais sutil que a esfera do mundo material;
  • ·         Conserva o registro memorial das mais rudimentares experiencias e lembranças do espírito imortal;
  • ·         Originam as faculdades mais complexar do espírito encarnado ou desencarnado, desde o instinto até a razão;
  • ·         Onde as imagens são arquivadas situando-se no tempo e no espaço;
  • ·         Vibra em 4ª dimensão abrangendo um espaço de ordem superior;
  • ·         Possui sensível capacidade de arquivar fatos e vivências sem perder a continuidade e a sequência temporal deles;



     2)    CAPACIDADE INTELECTIVA  OU A PARTE INTELIGENTE EM SI DO CORPO MENTAL

  • ·         Sua capacidade inteligente é inerente  à sua própria estrutura hiperenergetica;
  • ·         A centelha divina, sede do pensamento e das intuições, manifesta-se através desse corpo, que possui a capacidade de discernir, pensar, avaliar e raciocinar;
  • ·         Possui seus instintos mnemônicos ( imagens) intimamente associados ao intelecto;
  • ·         Processa a associação de diferentes eventos que fazem parte das experiências evolutivas, sociais, espirituais e pessoais do individuo;



    3)    POSSÍVEIS ENFERMIDADES DO CORPO MENTAL, CONECTADO COM OS CHACRAS SUPERIORES:

  • ·         Necessidade exagerada de se expressar e falar de si mesmo;
  • ·         Dificuldade de auto-expressão;
  • ·         Dificuldade de expressar e assumir os sentimentos, pensamentos e n3cessidades;
  • ·         Incapacidade momentânea para externar opiniões, ideias , preocupações e emoções;
  • ·         Bloqueios emocionais intensos e sentimentos reprimidos habitualmente denotam sério comprometimento do corpo mental, cujo funcionamento irregular passa a congestionar  as energias  na região do chacra laríngeo;
  • ·         A raiva que provoca tristeza;
  • ·         As lágrimas não expressas;
  • ·         Problemas de comunicação, dificuldade de pronúncia correta, podem estar associadas a enfermidades do corpo mental, que passa a exteriorizar as irregularidades no campo físico tanto quanto no perispiritual;
  • ·         Adoecimento mais duradouro e intenso  do corpo mental, atinge o corpo físico, nos seguintes órgãos: garganta, tireóide, boca, gengiva, articulação temporomandibular, cordas vocais, traquéia, laringe, faringe, pescoço, vértebras cervicais( órgãos do chacra laríngeo), necessitando de tratamento médico e espiritual.

o   Fatores a que estão subordinadas as enfermidades acima:
§  Egoísmo:
§  Falta de amor e de compaixão, insensibilidade quanto às pessoas;
§  Desconhece a fraternidade;
§  Não se envolve com o próximo
§  Apego excessivo, dependência emocional, auto piedade;
§  Amor possessivo e ciúme obsessivo;
§  Ressentimentos; mágoas profundas,
§  Dificuldade de perdoar;
§  Raiva;
§  Ódio;
§  Inveja
  • ·         Essas enfermidades produzem energias muito densas na intimidade do corpo mental, afetando imediatamente o corpo físico, causando prejuízos ao perispírito ao intermediar tais energias entre os arquivos superiores e o corpo físico.
  • ·         O adoecimento do corpo mental produz no perispírito  um intenso magnetismo e uma fuligem que contamina intensamente as linhas de força e os chacras, por onde fluem as energias oriundas co corpo mental superior.



    4)    A MÔNODA OU NÚCLEO ESPIRITUAL

  • ·         É o resultante da união entre a MENTE e o INTELECTO;
  • ·         Seu campo biomagnético representa o protótipo da alma, o embrião do ser, trazendo em sua constituição íntima todas as capacidades embrionárias constituintes dos corpos superiores.


    5)    O ESPÍRITO PARA JOSEPH GLEBER.

  • ·         O Espírito consiste em sua essência mais profunda, em elementos puramente intelectuais.
  • ·         Se constituem de projeções reais de caráter hiperfísico e hiperenergético, muito além da capacidade de compreensão de estudiosos da ciência terrena.
  • ·         Crer que esses elementos espirituais de natureza não física são a própria criação divina, a qual constitui a esfera monádica (Mente+Corpo) e que vai se materializar nas reencarnações em mundos apropriados.


    6)    SOBRE O BOM SENSO E AS INOVAÇÕES

  • ·         Bom senso não é rejeitar qualquer inovação, tampouco adotar tudo sem exame metódico. Ao investigador da alma cabe, sobretudo, buscar a medida do equilíbrio, o que se obtém com estudo e pesquisa sem prevenções, conservando a mentalidade aberta para apreender o desconhecido – exatamente do modo como fazia  Allan kardec.


    7)    DESENVOLVIMENTO DO CORPO MENTAL

  • ·         O aperfeiçoamento  da vida humana e o engrandecimento na vida do ser na busca da ascese espiritual consistem na elaboração de recursos mentais e na  formação de uma vida mental mais ativa, de qualidade superior.
  • ·         O estado mental superior se desenvolve por meio da superação dos embates próprios às vidas sucessivas.
  • ·         As velhas convicções caducam e devem ser compreendidas num panorama mais amplo da realidade, calcado em uma mentalidade mais sadia e abrangente, em conformidade com as necessidades de nova etapa evolutiva do ser humano.

·          

   8)    O DESENVOLVIMENTO DO CORPO MENTAL EXIGE A ENTREGA TOTAL E CONSTANTE AO TRABALHO DE EDIFICAÇÃO INTERIOR

  • ·         Todo pensamento obcecado por qualquer área, seja trabalho, religião, negócios, vida social,  tornam-se iludidos por essa ação contínua e aparentemente produtiva, incapacitando-se para o direcionamento do corpo mental em um foco diferente. Agem como máquinas e não se apercebem do novo.
  • ·         O trabalho deve ser de qualidade e amor e não de constância, como numa hipnose.