IX – Comemorações dos Mortos – FuneraisCAPÍTULO VI: Vida Espírita- LIVRO SEGUNDO

LIVRO SEGUNDO
MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VI– VIDA ESPÍRITA
     IX - Comemoração dos Mortos

   (Questões 320 a 329)   



Os Espíritos são sensíveis à saudade dos que os amavam na Terra, muito mais do que podeis julgar. Essa lembrança aumenta-lhes a  felicidade, se são felizes, e se são infelizes, serve-lhes de alívio.

 O dia de comemoração dos mortos não tem nada de mais solene para os Espíritos, porém  os Espíritos atendem ao chamado do pensamento, nesse dia como nos outros.
      
   Reúnem-se diante das sepulturas em maior número nesse dia, porque maior é o número de  pessoas que os chamam. Mas cada um só comparece em atenção aos seus amigos, e não pela multidão dos indiferentes.
    A forma que comparecem e como seriam vistos, se pudessem tornar-se visíveis é aquela pela qual eram conhecidos em vida.

   Aos Espíritos esquecidos, cujas tumbas não são visitadas por ninguém,  em nada lhes importa a Terra. Somente pelo coração se prendem a ela . Se não mais o amam, nada mais há que faça o Espírito voltará Terra Ele tem  todo o Universo pela frente.

A visita ao túmulo é uma maneira de se manifestar que se pensa no Espírito ausente: é a exteriorização desse fato. Eu já vos disse que é a prece  que santifica o ato de lembrar; pouco importa o lugar, se a lembrança é ditada pelo coração.

 Os Espíritos das pessoas homenageadas com estátuas ou monumentos assistem às inaugurações,muitos as assistem, quando podem, mas são menos sensíveis às honras que lhes tributam do que às lembranças.

Para certas pessoas, o desejo de serem enterradas  antes num lugar do que noutro é a afeição do Espírito por certos lugares: inferioridade moral O que representa um pedaço de terra mais do que outro, para o Espírito elevado ?  Não sabe ele que a sua alma se reunirá aos que ama, mesmo que os seus ossos estejam separados?
      
A reunião dos despojos mortais de todos os membros de uma família não deve ser considerada como futilidade. E um costume piedoso e um testemunho de simpatia pelos entes amados. Se essa reunião pouco representa para os Espíritos, é útil para os  homens: suas recordações se concentram melhor.

Quando o Espírito já chegou a um certo grau de perfeição, não tem mais vaidade terrestre e compreende a futilidade de todas as coisas Sabei porem, que freqüentemente há Espíritos que, no primeiro momento da morte gozam de grande satisfação com as honras que lhes tributam, ou se desgostam com o abandono a que lançam o seu envoltório, pois conservam ainda alguns preconceitos deste mundo.

O Espírito assiste ao seu enterro, muito freqüentemente.
Mas algumas vezes não percebe o que se passa, se ainda estiver perturbado.

Fica mais ou menos lisonjeado com a concorrência ao seu enterro, segundo o sentimento que provoca essa concorrência.

 O Espírito daquele que acaba de morrer, quase sempre, assiste às reuniões de seus herdeiros. Deus o quer, para sua própria instrução e para castigo dos culpados. É nessa ocasião que vê quanto valiam os protestos que lhe faziam. Todos os sentimentos se tornam patentes, e a decepção que experimenta, vendo a rapacidade dos que dividem o seu espólio, o esclarece quanto aos seus propósitos. Mas a vez deles também chegará.

 O respeito instintivo do homem pelos mortos, em todos os tempos e entre todos os povos, é a sua conseqüência natural. Sem ela, esse respeito não teria sentido.

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