domingo, 23 de agosto de 2015

COMUNICAÇÕES DOS ESPÍRITOS SUPERIORES PELO MÉDIUM IMPERFEITO

   
COMUNICAÇÕES DOS
 ESPÍRITOS SUPERIORES
PELO MÉDIUM IMPERFEITO

  A palavra dos Espíritos superiores sempre nos chega pura, mesmo em condições tão difíceis quando se sabe que o Médium não tem uma moral ilibada. 

A luz chega sempre ao que a deseja receber. Aquele que deseja esclarecer-se deve fugir das trevas, e as trevas estão na impureza do coração. 
Os Espíritos que consideras como personificações do bem não atendem de boa vontade aos que têm o coração manchado de orgulho, de cupidez e falta de caridade.
O Médium precisa identificar suas imperfeições e trabalhar para a realização de sua reforma íntima, de sua autotransformação. Precisam se livrar pois, de toda a vaidade humana, os que desejam esclarecer-se, e subjugar a sua razão ante o poder infinito do Criador. Será essa a melhor prova de sua sinceridade. E todos podem cumprir essa condição.

Subjugar a razão, que é sempre orgulhosa, submetendo-a a realidade dos fatos e reconhecendo a existência de um poder superior. Isto não quer dizer abdicar da razão, mas exercitá-la no bom sentido. 

O exercício da razão, que dá ao homem o poder de discernir e escolher, o torna orgulhoso, como o desenvolvimento das faculdades intelectuais no adolescente o faz atrevido e rebelde. Está nisso a dificuldade de unir a fé e a razão, que o Espiritismo, entretanto, vem resolver, dando à razão a sua justa aplicação. 
           As condições necessárias para que a palavra dos Espíritos superiores nos chegue sem qualquer alteração é desejar o bem e repelir o egoísmo e o orgulho: ambos são necessários.


       

HÁ MÉDIUNS PERFEITOS NA TERRA?

Há Médiuns perfeitos na Terra?
        
          É pena, mas não há perfeição sobre a Terra, portanto não há Médiuns perfeitos na Terra. Se não fosse assim, não estarias nela já que a Terra é um Mundo de Provas e Expiações. Digamos antes bom médium, e já é muito, pois são raros. 
O médium perfeito seria aquele que os maus Espíritos jamais ousassem fazer uma tentativa de enganar. O melhor é o que, simpatizando com os bons Espíritos, tem sido enganado menos vezes.
         Os Espíritos bons permitem que os melhores médiuns sejam às vezes enganados, para que exercitem o seu julgamento e aprendam a discernir o verdadeiro do falso. Além disso, por melhor que seja um médium, jamais é tão perfeito que não tenha um lado fraco, pelo qual possa ser atacado. Isso deve servir-lhe de lição. 
As comunicações falsas que recebe de quando em quando são advertências para evitar que se julgue infalível e se torne orgulhoso. Porque o médium que recebe as mais notáveis comunicações não pode se vangloriar mais do que o tocador de realejo, que basta virar a manivela do seu instrumento para obter belas árias.

      

VOCÊ SABIA QUE AS QUALIDADES MORAIS DOS MÉDIUNS NÃO DETERMINA O TIPO DE COMUNICAÇÃO?

VOCÊ SABIA, QUE AS QUALIDADES MORAIS DOS MÉDIUNS, NÃO DETERMINA 
O TIPO DE COMUNICAÇÃO
 QUE ELE DÁ?

 Um médium dotado de boas qualidades pode transmitir respostas falsas ou grosseiras também. Não se conhece todos os segredos da sua alma. Além disso, sem ser vicioso ele pode ser leviano e frívolo. E pode também necessitar de uma lição, para que se mantenha vigilante. Deve-se, portanto, questionar-se sobre o porquê de tais comunicações, de seu propósito e finalidade.

         Os Espíritos superiores permitem que pessoas dotadas de grande mediunidade, e que poderiam fazer muito bem, se tornem instrumentos do erro, porque eles procuram influenciá-las, mas quando elas se deixam arrastar por um mau caminho, não as impedem devido ao fato de que todos são dotados de Livre-Arbítrio e, portanto, escolhem o seu próprio caminho. É por isso que delas se servem com repugnância, porque a verdade não pode ser interpretada pela mentira.



            8. É absolutamente impossível receber boas comunicações por um médium imperfeito?
            — Um médium imperfeito pode às vezes obter boas coisas, porque, se tem uma boa faculdade, os bons Espíritos podem servir-se dele na falta de outro, em determinada circunstância. Mas não o fazem sempre, pois quando encontram outro que melhor lhes convém, lhe dão preferência.
            Observação de Kardec: Deve-se notar que os Espíritos, ao considerarem que um médium deixa de ser bem assistido, tornando-se, por suas imperfeições, presa de Espíritos enganadores, quase sempre provocam circunstâncias que revelam os seus defeitos e o afastam das pessoas sérias, bem intencionadas, de cuja boa fé poderiam abusar. Nesse caso, sejam quais forem as suas faculdades, nada se tem a lamentar.
            9. Qual seria o médium que poderíamos considerar perfeito?
            — Perfeito? É pena, mas bem sabes que não há perfeição sobre a Terra. Se não fosse assim, não estarias nela. Digamos antes bom médium, e já é muito, pois são raros. O médium perfeito seria aquele que os maus Espíritos jamais ousassem fazer uma tentativa de enganar. O melhor é o que, simpatizando com os bons Espíritos, tem sido enganado menos vezes.
            10. Se ele simpatiza apenas com os bons Espíritos, como estes permitem que seja enganado?(2)
            — Os Espíritos bons permitem que os melhores médiuns sejam às vezes enganados, para que exercitem o seu julgamento e aprendam a discernir o verdadeiro do falso. Além disso, por melhor que seja um médium, jamais é tão perfeito que não tenha um lado fraco, pelo qual possa ser atacado. Isso deve servir-lhe de lição. As comunicações falsas que recebe de quando em quando são advertências para evitar que se julgue infalível e se torne orgulhoso. Porque o médium que recebe as mais notáveis comunicações não pode se vangloriar mais do que o tocador de realejo, que basta virar a manivela do seu instrumento para obter belas árias.
            11. Quais as condições necessárias para que a palavra dos Espíritos superiores nos chegue sem qualquer alteração?
              — Desejar o bem e repelir o egoísmo e o orgulho: ambos são necessários.
            12. Se a palavra dos Espíritos superiores só nos chega pura em condições tão difíceis, isso não é um obstáculo à propagação da verdade?
            — Não, porque a luz chega sempre ao que a deseja receber. Aquele que deseja esclarecer-se deve fugir das trevas, e as trevas estão na impureza do coração. Os Espíritos que consideras como personificações do bem não atendem de boa vontade aos que têm o coração manchado de orgulho, de cupidez e falta de caridade. Que se livrem, pois, de toda a vaidade humana, os que desejam esclarecer-se, e humilhem a sua razão ante o poder infinito do Criador. Será essa a melhor prova de sua sinceridade. E todos podem cumprir essa condição.(3)
            227. Se o médium, quanto à execução, é apenas um instrumento, no tocante à moral exerce grande influência. Porque o Espírito comunicante identifica-se com o Espírito do médium, e para essa identificação é necessário haver simpatia entre eles, e se assim podemos dizer, afinidade.(4)
            A alma exerce sobre o Espírito comunicante uma espécie de atração ou de repulsão, segundo o grau de semelhança ou dessemelhança entre eles. Ora, os bons têm afinidade com os bons e os maus com os maus, de onde se segue que as qualidades morais do médium têm influência capital sobre a natureza dos Espíritos que se comunicam por seu intermédio.
            Se o médium é de baixa moral, os Espíritos inferiores se agrupam em torno dele e estão sempre prontos a tomar o lugar dos bons Espíritos a que ele apelou. As qualidades que atraem de preferência os Espíritos bons são: a bondade, a benevolência, a simplicidade de coração, o amor ao próximo, o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, e sensualidade e todas as paixões pelas quais o homem se apega à matéria.
            228. Todas as imperfeições morais são portas abertas aos Espíritos maus, mas a que eles exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é essa a que menos a gente se confessa a si mesmo. O orgulho tem posto a perder numerosos médiuns dotados das mais belas faculdades, que, sem ele, seriam instrumentos excelentes e muito úteis.
 Tornando-se presa de Espíritos mentirosos, suas faculdades foram primeiramente pervertidas, depois aniquiladas, e diversos se viram humilhados pelas mais amargas decepções.
            O orgulho se manifesta, nos médiuns, por sinais inequívocos, para os quais é necessário chamar a atenção, porque é ele um dos elementos que mais devem despertar a desconfiança sobre a veracidade das suas comunicações. Começa por uma confiança cega na superioridade das comunicações recebidas e na infalibilidade do Espírito que as transmite. Disso resulta um certo desdém por tudo o que não procede deles, que julgam possuir o privilégio da verdade.(5)
            O prestígio dos grandes nomes com que se enfeitam os Espíritos que se dizem seus protetores os deslumbra. E como o seu amor próprio sofreria se tivessem de se confessar enganados, repelem toda espécie de conselhos e até mesmo os evitam, afastando-se dos amigos e de quem quer que lhes possam abrir os olhos. Se concordarem em ouvir essas pessoas, não dão nenhuma importância às suas advertências, porque duvidar da superioridade do Espírito que os guia seria quase uma profanação.
            Chocam-se com a menor discordância, com a mais leve observação crítica, e chegam às vezes a odiar até mesmo as pessoas que lhes prestam serviços.
Favorecendo esse isolamento provocado pelos Espíritos que não querem ter contraditores esses mesmos Espíritos tudo fazem para os entreter nas suas ilusões, levando-os ingenuamente a considerar os maiores absurdos como coisas sublimes.
            Assim: confiança absoluta na superioridade das comunicações obtidas, desprezo pelas que não vierem por seu intermédio, consideração irrefletida pelos grandes nomes, rejeição de conselhos, repulsa a qualquer crítica, afastamento dos que podem dar opiniões desinteressadas, confiança na própria habilidade apesar da falta de experiência – são essas as características dos médiuns orgulhos.(6)  
            Necessário lembrar ainda que o orgulho é quase sempre excitado no médium pelos que dele se servem. Se possui faculdades um pouco além do comum, é procurado e elogiado, julgando-se indispensável e logo afetando ares de importância e desdém, quando presta o seu concurso. Já tivemos de lamentar, várias vezes, os elogios feitos a alguns médiuns, com a intenção de encorajá-los.
            229. Ao lado desse quadro,vejamos o do médium verdadeiramente bom, em que se pode confiar.
            Suponhamos, primeiro, uma facilidade de execução suficientemente grande para permitir que os Espíritos se comuniquem livremente, sem o embaraço de qualquer dificuldade material. Isso posto, o que mais importa considerar é a natureza dos Espíritos que o assistem habitualmente, e para tanto o que mais nos deve  interessar não são os nomes, mas a linguagem. Jamais ele deve esquecer-se de que a simpatia que conseguir entre os Espíritos bons estará na razão dos esforços para afastar os maus. Convicto de que a sua faculdade é um dom que lhe foi concedido, para o bem, não se prevalecerá dela de maneira alguma, nem se atribuirá qualquer mérito por possuí-la. Recebe como uma graça às boas comunicações, devendo esforçar-se por merecê-las através da sua bondade, da sua benevolência e da sua modéstia. O primeiro se orgulha de suas relações com os Espíritos superiores; este se humilha, por se considerar sempre indigno desse favor.
            230. A instrução, sobre este assunto, nos foi dada por um Espírito de que já reproduzimos muitas comunicações:
            Já o dissemos: os médiuns, como médiuns, exercem influência secundária nas comunicações dos Espíritos. Sua tarefa é a de uma máquina elétrica de transmissão telegráfica entre dois lugares distantes da Terra. Assim, quando queremos ditar uma comunicação, agimos sobre o médium como o telegrafista sobre o aparelho. Quer dizer, da mesma maneira que o tique do telégrafo vai traçando, a milhares de léguas, numa tira de papel, os sinais reprodutores do despacho, nós também nos comunicamos através das distâncias imensuráveis que separam o mundo visível do mundo invisível, o mundo imaterial do mundo encarnado, aquilo que desejamos vos ensinar por meio do aparelho mediúnico.
            Mas, assim também como as influências atmosféricas freqüentemente atuam sobe as transmissões telegráficas e as perturbam, a influência moral do médium age algumas vezes sobre a transmissão dos nossos despachos de além túmulo e os perturbam, por que somos obrigados a fazê-los atravessar um meio contrário. Entretanto, na maioria das vezes essa influência é anulada pela nossa energia e a nossa vontade, e nenhuma perturbação se verifica. Com efeito, os ditados de elevado alcance filosófico, as comunicações de moralidade perfeita são transmitidas às vezes por médiuns pouco apropriados a essa função superior, enquanto de outro lado, comunicações pouco edificantes chegam às vezes por médiuns que se envergonham de lhes servir de condutores.(7)      
            De maneira geral, pode-se afirmar que os Espíritos similares se atraem, e que raramente os Espíritos das plêiades elevadas se comunicam por mal condutores, quando podem dispor de bons aparelhos mediúnicos, de bons médiuns, numa palavra.
            Os médiuns levianos, pouco sérios, chamam, pois, os Espíritos da mesma natureza. É por isso que as suas comunicações se caracterizam pela banalidade,a frivolidade, as idéias truncadas e quase sempre muito heterodoxas, falando-se espiritualmente.(8)  Certamente eles podem dizer e dizem às vezes boas coisas, mas é precisamente nesse caso que é preciso submetê-las a um exame severo e escrupuloso. Porque, no meio das boas coisas, certos Espíritos hipócritas insinuam com habilidade e calculada perfídia fatos imaginados, asserções mentirosas, como fim de enganar os ouvintes de boa fé.
Deve-se então eliminar sem piedade toda palavra e toda frase equívocas, conservando no ditado somente o que a lógica aprova ou o que a Doutrina já ensinou.
As comunicações dessa natureza só são perigosas para os espíritas que agem isolados, os grupos recentes ou pouco esclarecidos, porque, nas reuniões de adeptos mais adiantadas e experientes, é inútil a gralha  de se adornar com penas de pavão, pois será sempre impiedosamente descoberta.(9)

            Não falarei dos médiuns que se comprazem em solicitar e receber comunicações obscenas. Deixá-los que se comprazam na sociedade dos Espíritos cínicos. Aliás, as comunicações dessa espécie exigem por si mesmas a solidão e o isolamento. Não poderiam, em qualquer circunstância, senão provocar o desdém e a repugnância entre os membros de grupos filosóficos e sérios.
            Mas onde a influência moral do médium se faz realmente sentir é quando este substitui pelas suas pessoas aquelas que os Espíritos se esforçam por lhe sugerir. É ainda quando ele tira, da sua própria imaginação, as teorias fantásticas que ele mesmo julga, de boa fé, resultar de uma comunicação intuitiva. Nesse caso, há mil possibilidades contra uma de que isso não passe de reflexo do Espírito pessoal do médium.
Acontece mesmo este fato: a mão do médium se movimenta às vezes quase mecanicamente, impulsionada por um Espírito secundário e zombeteiro.(10)
            É essa a pedra de toque das imaginações ardentes. Porque, levados pelo ardor das suas próprias idéias, pelos artifícios dos seus conhecimentos literários, os médiuns desprezam o ditado modesto de um Espírito prudente e, deixando a presa pela sombra, os substituem por uma paráfrase empolada. Contra esse temível escolho se chocam também as personalidades  ambiciosas que, na falta das comunicações que os Espíritos bons lhe recusam, apresentam as suas próprias obras como sendo deles. Eis porque é necessário que os dirigentes de grupos sejam dotados de tato apurado e de rara sagacidade, para discernir as comunicações autênticas e ao mesmo tempo não ferir os que se deixam iludir.
            Na dúvida, abstém-te, diz um dos vossos antigos provérbios. Não admitais, pois, o que não for para vós de evidência inegável. Ao aparecer uma nova opinião, por menos que vos pareça duvidosa, passai-a pelo crivo da razão e da lógica. O que a razão e o bom senso reprovam, rejeitai corajosamente. Mais vale rejeitar dez verdades do que admitir uma única mentira, uma única teoria falsa(11).
 Com efeito, sobre essa teoria podereis edificar todo um sistema que desmoronaria ao primeiro sopro da verdade, como um monumento construído sobre a areia movediça. Entretanto, se rejeitais hoje certas verdades, porque não estão para vós clara e logicamente demonstradas, logo um fato chocante ou uma demonstração irrefutável virá vos afirmar a sua autenticidade.
            Lembrai-vos, entretanto, ó espíritas! De que nada é impossível para Deus e para os Espíritos bons, senão a injustiça e a iniqüidade.
            O Espiritismo já está hoje bastante divulgado entre os homens, e já moralizou suficientemente os adeptos sinceros da sua doutrina, para que os Espíritos não se vejam mais obrigados a utilizar maus instrumentos, médiuns imperfeitos. Se agora, portanto, um médium, seja qual for, por sua conduta ou seus costumes, por seu orgulho, por sua falta de amor e de caridade, der um motivo legítimo de suspeição, rejeitai, rejeitai as suas comunicações, porque há uma serpente oculta na relva. Eis a minha conclusão sobre a influência moral dos médiuns. – ERASTO.



(2) O verbo simpatizar é aplicado neste caso com o sentido de ter afinidade, ou como diríamos hoje, de sintonizar. (N. do T.)
 (3) Humilhar a razão, que é sempre orgulhosa, submetendo-a a realidade dos fatos e reconhecendo a existência de um poder superior. Isto não quer dizer abdicar da razão, mas exercitá-la no bom sentido. O exercício da razão, que dá ao homem o poder de discernir e escolher, o torna orgulhoso, como o desenvolvimento das faculdades intelectuais no adolescente o faz atrevido e rebelde. Está nisso a dificuldade de unir a fé e a razão, que o Espiritismo, entretanto, vem resolver, dando à razão a sua justa aplicação. (N. do T.)

(4) Kardec estabelece aqui uma diferença entre a simples simpatia e a afinidade, porque a simpatia é às vezes um grau inferior da afinidade, sendo entretanto suficiente para atrair os Espíritos como entre nó atrai as pessoas. (N. do T.)
(5) Numerosos exemplos dessa fascinação podem ser observados entre nós com o aparecimento de médiuns que se arrogam missões renovadoras, servindo de instrumento a Espíritos mistificadores, lançando mensagens e livros que confundem o público, e até mesmo atirando-se à crítica leviana da Codificação. Os principiantes devem ler com a maior atenção este capítulo, que lhes servirá de escudo contra os embustes dessa espécie, permitindo-lhes perceber facilmente as características aqui indicadas, nos casos concretos com que se defrontem. (N. do T.)
 (6) O estudante deve gravar bem as características deste quadro, que destacamos graficamente por sua importância. Em geral, os médiuns orgulhos, e portanto sujeitos a obsessões, estão nele inteiramente retratados. Alguns apresentam pequenas variantes, como o fato de fingir que aceitam as críticas, o que facilmente se percebe que é apenas um artifício. (N. do T.)

(7) A distinção feita pelo Espírito, entre as influências materiais que perturbam as transmissões telegráficas e as influências morais que agem na comunicação mediúnica, tem hoje a sanção da Ciência através das pesquisas parapsicológicas. As experiências de transmissão de pensamento realizadas à distância, entre os Estados Unidos e a lugoslávia (Universidade de Duke e Universidade de Zagreb) e entre países da Europa (lideradas pela Universidade de Cambridge, Inglaterra) demonstraram que não há barreiras materiais para impedi-las e que somente influências psicológicas podem perturbá-las. Ver os relatos de Rhine em O Alcance da Mente e O Novo Mundo da Mente, e estudos a respeito em Parapsicologia e Suas Perspectivas, de nossa autoria. (N. do T.) 
(8) Notar a expressão: idéias heterodoxas falando espiriticamente, que se refere à necessidade de preservar a ortodoxia doutrinária, ou seja, a opinião certa, contra asopiniões estranhas que os Espíritos perturbadores procuram introduzir no meio espírita. (N. do T.)
 (9) As comunicações dessa natureza fazem escola em nosso país e na América, inteiramente infestada de doutrinas imaginosas e portanto pessoais, formuladas por um Espírito através de determinado médium ou por um pretenso profeta que lhe serve de instrumento. Só a falta de estudo deste livro, como se vê, pode justificar essa aberração no meio espírita, onde as instruções aqui dadas deviam ser suficientes para afastar essas mistificações. (N. do T.)
 (10) As experiências psicológicas de escrita automática provaram que inconsciente dos sujeitos pode movimentar-lhes a mão se ela fosse impulsionada por um Espírito. Esse caso é conhecido nos estudos espíritas como anímico. O Espírito do médium, portanto a sua alma, pode comunicar-se como qualquer outro Espírito. Da mesma maneira, um Espírito zombeteiro pode agir livremente sobre o médium, ou em conjugação com a sua própria vontade, para escrever o que ele deseja, como se fosse ditado por um Espírito elevado. Os espíritas experientes sabem discernir com facilidade a comunicação anímica da espírita. No caso acima tratado, o médium se julga intuído e portanto está consciente do que escreve, mas a sua mão é impulsionada pelo Espírito zombeteiro que se diverte ao fazê-lo acreditar que está sob a ação de um Espírito elevado. Como se vê, a prática mediúnica exige o estudo sistemático deste livro. (N. do T.)   
 (11) Essa regra de ouro do Espiritismo, dada, como se vê, pelo Espírito Erasto, discípulo do apóstolo Paulo, espalhou-se como sendo o próprio Kardec e em forma diferente, ou seja: Mais vale rejeitar noventa e nove verdades do que aceitar uma mentira. Foi por esse motivo que a grifamos no texto. Trata-se, realmente, de uma regra que deve ser constantemente observada nos trabalhos e nos estudos espíritas. (N. do T.)

FACULDADE MEDIÚNICA COMO MEIO DE EDUCAR A HUMANIDADE


FACULDADE MEDIÚNICA
COMO MEIO DE
 EDUCAR A HUMANIDADE
           Quase sempre esses avisos e conselhos mediúnicos não são dirigidos ao médium, mas a outras pessoas que só podemos atingir através da sua mediunidade. Mas se o médium não estiver cego pelo amor próprio, deve tomar a sua parte.
Não penses que a faculdade mediúnica seja dada apenas à correção de uma ou duas pessoas. Não. O objetivo é maior: trata-se da Humanidade.
Um médium é um instrumento que, como indivíduo, importa muito pouco. Por isso, quando damos instruções de interesse geral, utilizamos os que nos oferecem as facilidades orgânicas necessárias. Mas podes estar certo de que chegará o tempo em que os bons médiuns serão muito comuns, para que os Espíritos bons não precisem mais se servir de maus instrumentos.


        

COMUNICAÇÕES RECORRENTES SOBRE QUESTÕES MORAIS - VOCÊ SABE O PORQUÊ DISSO?

  
COMUNICAÇÕES RECORRENTES SOBRE QUESTÕES MORAIS
 VOCÊ SABE O PORQUÊ DISSO?

Há médiuns que recebem comunicações espontâneas, quase frequentemente, sobre um mesmo assunto, tratando de certas questões morais, por exemplo, relativas a determinados defeitos. A finalidade dessas comunicações recorrentes sobre questões morais é pura e simplesmente a de esclarecê-los a respeito do assunto constantemente repetido, ou corrigi-los de certos defeitos. 
Por exemplo, há alguns Espíritos que falam sempre do orgulho, outros da caridade, para que através da insistência possa abrir-lhes os olhos sobre aquele assunto. 
Não há médium empregando mal a sua faculdade, seja por ambição ou interesse, ou prejudicando-a por um defeito essencial, como o egoísmo, o orgulho, a leviandade, e que não receba de tempos em tempos alguma advertência dos Espíritos. O mal dos médiuns é que na maioria das vezes ele não a toma para si mesmo.
            Segundo Kardec, os Espíritos dão lições quase sempre com reserva, de maneira indireta, para deixarem maior mérito aos que as aproveitam. Mas são tais a cegueira e o orgulho de certas pessoas, que elas não reconhecem nas lições recebidas. E ainda mais: se o Espírito lhes dá a entender que se referem a elas, zangam-se e chamam o Espírito de mentiroso ou de atrevido. Bata isso para mostrar que o Espírito tem razão.
          

Mediunidade no BEM ou no MAL?

MEDIUNIDADE
 NO BEM ou NO MAL?

Os médiuns devem saber empregar bem as suas faculdades mediúnicas. Aqueles que empregam mal as suas faculdades, que não as utilizam para o bem ou que não as aproveitam para a sua própria instrução, certamente sofrerão as consequências disso. É a Lei de Causa e Efeito, Lei de Ação e Reação em plena atividade de seus poderes. 
Se as usarem mal, serão duplamente punidos, pois perdem a oportunidade de aproveitar um meio a mais de se esclarecerem. Aquele que vê e entende claramente sobre a importância da Mediunidade e ainda assim tropeça usando-a no mal será mais censurável que o ignorante que ainda não tem consciência do pleno exercício de suas faculdades mediúnicas.

      

VOCÊ SABIA QUE A FACULDADE MEDIÚNICA DO MÉDIUM É ORGÂNICA?

VOCÊ SABIA QUE A FACULDADE MEDIÚNICA

DO MÉDIUM É ORGÂNICA

        O desenvolvimento da mediunidade NÃO se processa na razão do desenvolvimento moral do médium. A faculdade propriamente dita é orgânica, e portanto independente da moral. Mas já não acontece o mesmo com o uso dessa faculdade, que pode ser bom ou mau, segundo as qualidades do médium.
       Sempre se disse que a mediunidade é um dom de Deus, uma graça,um favor divino, não sendo portanto nenhum privilégio dos homens de bem. Todas as nossas faculdades são favores que devemos agradecer a Deus, pois há criaturas que não as possuem. Podias perguntar porque Deus concede boa visão a malfeitores, destreza aos larápios, eloquência aos que só a utilizam para o mal. Acontece o mesmo com a mediunidade. Criaturas indignas a possuem porque dela necessitam mais do que as outras, para se melhorarem. Pensas que Deus recusa os meios de salvação dos culpados? Ele os multiplica nos seus passos, coloca-os nas suas próprias mãos. Cabe a eles aproveitá-los. Judas, o traidor, não fez milagres e não curou doentes, como apóstolo? Deus lhe permitiu esse dom para que mais odiosa lhe parecesse à traição. Ou seja, quanto mais endividado for o seu espírito mais compromisso com a mediunidade Deus lhe dará. Que tal refletir a respeito?

        

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Comportamento, Ética & Autotransformação - Série Meditação - Vídeo 24 - por Alessandra Uzêda



Comportamento, Ética & Autotransformação

Vamos fechar os olhos, sentar-se confortavelmente, nos desligar de tudo o que nos distrai e nos consome a mente nesse momento...

 Hoje em especial, vamos ser levados pela espiritualidade maior envolvida na sintonia desses trabalhos, para que possamos ouvir uma palestra sobre comportamentos aplicados na restauração da ética no processo de autotransformação a que nos propomos nesses trabalhos de meditação.

Antes de iniciarmos essa viagem ao mundo espiritual, vamos trabalhar a nossa respiração. Inspire profundamente, segure o ar nos pulmões por uns segundos...expire. Mais uma vez, inspire profundamente, segure o ar nos pulmões por uns instantes...expire.

Agora, num estado de relaxamento completo, vamos nos preparar para encontrarmos com seres ilustres que dedicam a sua existência a iluminar as nossas caminhadas.
 Primeiramente, pensemos em Jesus Cristo a nos abençoar! Pensemos em Maria mãe de Jesus. E nessa sintonia, imagine-se junto a todos aqueles que ama sendo envolvidos e protegidos por seu manto sagrado, manto de amor.

Sinta essa energia de paz... de equilíbrio que toma conta do ambiente.

Nada, nem ninguém se inquietará neste ambiente. Sintam-se em paz...  protegidos...sintam-se amados.

Pensemos nos Mentores Espirituais da Casa da Caridade Irmã Elisabete... Dona Teresa D’Ávila, pensemos em Irmã Elisabete, em seu semblante de paz que tanto nos acalma.

Pensemos em Irmão Natividade que trabalha nos resgates de entidades encarnadas e desencarnadas orientando-nos e nos conduzindo ao equilíbrio e à razão.

Pensemos em Irmão Arakem e toda a sua equipe espiritual de Araxás que conduzem esses trabalhos com total equilíbrio e determinação.

Pensemos em Irmão Crisóstomo e todas os Espíritos Superiores. Pensemos em Dr. Bezerra de Menezes, Irmã Sheila, Dr. Joseph... toda a sua equipe médica espiritual que dedicam a sua existência na Espiritualidade para o tratamento de enfermidades morais tanto de encarnados como de desencarnados.

Imagine-se num campo, tomado por um tapete de grama macia e uniforme. Um campo de muitas flores, muitas rosas, energia singela, transparente e leve, muito leve. Sinta a temperatura fria agradável em meio à energia do sol matinal.

Em meio a esse campo, são colocadas diversas cadeiras para acomodação dos convidados, em frente a um altar todo iluminado de luz branca prateada, donde se dará a palestra.

Chegando nesse campo, procure um lugar especial e sente-se confortavelmente. Sinta a alegria e a satisfação de fazer parte desse evento tão importante que trará a você comportamentos éticos indispensáveis ao seu processo de autotransformação.
É anunciado o grande momento... e tomando a palavra um Irmão de vestes branca  e prateada, inicia a palestra:

O indivíduo que consegue se educar do ponto de vista da moral, da ética, estará apto a amar a si e ao próximo, fortalecendo a afetividade entre os seres, independentemente dos algozes do passado.

Considerando que o eu verdadeiro de cada ser, se encontra na memória espiritual, cujas experiências regressas foram constituídas ao longo de muitos e muitos anos, em muitas reencarnações, o caminho para chegar ao confronto de si mesmo, ao autoconhecimento, está nas luzes da imortalidade, na qual poderemos encontrar explicações, e o confronto necessário à superação de diversos desafios, que devem ser superados ao tomar posse da verdade sobre si, tais como, a culpa, a autopunição e a baixa estima.

Wanderley Oliveira, em seu Livro Reforma Íntima sem Martírio, através do Espírito Ermance Dufaux, propõe uma guisa de sugestões maleáveis, considerando alguns comportamentos como efetivos roteiros de combate, vigília e treinamento para restauração da ética no processo de autotransformação, como pode ser visto a seguir:

“Adote sempre uma postura de Aprendiz; Sempre há algo a aprender e conceitos a reciclar. Buscar o novo, ser curioso, ter sede de compreensão e entendimentos em relação ao Universo. Romper os preconceitos e fugir ardentemente do estado doentio de autossuficiência.

Observe a si mesmo; Conhecer as nossas emoções; não julgar o próximo; se auto avaliar constantemente, já que perante a imortalidade só responderemos por nós mesmos.

Renuncie ao que em nada lhe acrescenta; Selecionar os ambientes e costumes em razão dos estímulos que produzem reflexos no mundo mental, ação necessária à mudança interior.

Aceite sua Sombra, afinal foram escolhas suas; Se não aceitamos a nossa própria sombra, nos cobramos constantemente e injustamente em muitas circunstâncias. A mudança para melhor não implica destruir o que fomos mas dar nova direção e maior aproveitamento a tudo o que conquistamos, inclusive nossos erros.

Desenvolva a cumplicidade com a decisão de crescer; Exige exercício constante em todos os momentos; estar comprometido com o exercício de mudança uma vez que somos egressos de experiências frustradas nos desafios do aperfeiçoamento pessoal.
Se perdoe; É indispensável se perdoar para que possa recomeçar e construir uma nova história, sobretudo, àquelas que temos a consciência de não desejar cometê-las novamente.

Mantenha-se vigilante; cuidar da vida mental; habituar-se a vigiar os pensamentos; se ater a boas leituras, boas conversas, diversões, ações sociais; manter a mente alerta, ativa e voltada para ideias enriquecedoras e edificantes.

Ore com fé; oração é Terapia da mente; meio de se ligar às correntes de energias superiores na vida; meio para despertar forças adormecidas e sufocadas pelo descuido.

Trabalhe; Os Sábios Guias da Codificação asseveram que toda ocupação útil é trabalho.

Tenha Tolerância; toda evolução se concretiza na tolerância. Deus é tolerância. Há tempo para tudo e tudo tem seu tempo.

Ame-se incondicionalmente; reformar-se intimamente, é se auto amar. A humanidade tende a desgostar de sua própria história mesmo tendo a consciência de que esta foi construída em função de suas escolhas. É preciso aprender a gostar de si mesmo, independentemente dos algozes do passado; eis a única forma de se reeducar.

Socialize-se; a ação social em grupos de educação espiritual é uma excelente medicação contra o personalismo e a vaidade, desde que seja regada de senso ético e moral.
Seja caridoso; o processo socializador o levará à escola do afeto e revitalização dos ensinamentos espíritas por meio da caridade. ”
Meus irmãos, amigos, que Jesus esteja convosco!

E passando a palavra à uma Imã, de vestes na cor lilás, palavras doces e muita doçura e amorosidade em sua fala, através de mensagem psicografada no Grupo de Psicografias Auta de Souza da Casa da Caridade Irmã Elisabete, vem lhes trazer uma reflexão sobre os nossos comportamentos:

Muitas vezes estamos sendo envolvidos por uma energia de conflitos e desarmonias que exigem de cada um de nós um dispêndio de energia exacerbada da qual necessitas do refazimento espiritual.

Vigia-te nesses episódios da vida moderna a fim de poupar-lhes para os trabalhos da alma.

Sintoniza-te com o Alto e busca traçar o seu roteiro com calma e serenidade que demandas o dia a dia.

Ora na sintonia do Alto para que os irmãos que estão acompanhando-lhes sejam ofuscados pela luz maior, impedindo-os de agir.

Convence-te de que a tua fé é a chave da realização de tudo o que buscas realizar no cotidiano.

Entende-te enquanto espírito, perguntando-se o que o seu espírito deseja realizar e conquistar a cada novo dia de sua reencarnação.

Emociona-te com os acontecimentos da natureza Divina cada dia mais difíceis de serem percebidos pelos encarnados devido à agitação das conquistas materiais.

Olha nos olhos dos seus a cada dia e transmite a eles a certeza de que hoje terás um dia feliz, de paz e grandes conquistas.

Ama-os a cada momento pois a vida é muito breve e não saberemos o quanto estaremos juntos nesta vida.

Sintoniza-te com o Alto, colocando-se a disposição para que a sua intuição possa fluir espontaneamente sem a preocupação de ser útil ou não.

Harmoniza-te nos ambientes de convívio fazendo das relações interpessoais um campo de atuação magnética positiva, favorável e construtora do bem.

Ergue-te aos céus e liga-te aos seus bondosos amigos que os acompanham a todo instante, agradecendo-os pelo seu amor porque só o amor pode uni-los sem melindres por longos tempos.

Solicita dos Amigos Espirituais que juntos desenvolvem o trabalho de intermediação entre a terra e os céus, a sua atenção, o seu cuidado, a sua ajuda, e eles estarão prontos a ajudar-lhes.

Compreende que nem tudo é permitido conceder-lhes de imediato para que tenhais a oportunidade de exercitar a paciência e o aprender a esperar. Pois ainda que aquilo que pedistes não tenha sido atendido de imediato, não quer dizer que não o será em dado momento.

Confia nos Amigos Espirituais que os acompanham por todo o seu dia privando-lhes de certos abusos, e tenhais a certeza de que quando movimentas o mundo para estares trabalhando, sobretudo, no campo espiritual, alguns desses amigos estão em seus lares cuidando dos seus, a quem Deus vos confiou.

Louvado seja o Senhor Jesus Cristo que conseguiu fazer germinar a semente da espiritualidade e da cristandade em vós.

Que o desabrochar dessas flores possam representar a maturidade espiritual a que são chamados no momento e transição no qual juntos vamos nos regenerando nesse Planeta onde tido que de Deus é Divino, é Maravilhoso!
Que Deus ilumine a todos!

E que vocês possam retornar ao ambiente sensório levando a certeza de é preciso mudar comportamentos, renovar atitudes, para fazer acontecer a tão desejada autotransformação.

Vida e Paz!