domingo, 28 de junho de 2015

MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS - de O Livro dos Médiuns, Allan Kardec

 MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS


160. Os médiuns de efeitos físicos são particularmente aptos a produzir fenômenos materiais como os movimentos dos corpos inertes, os ruídos, etc. Podem ser divididos em médiuns facultativos e médiuns involuntários. (Ver 2ª parte, caps. II e IV).
MÉDIUNS FACULTATIVOS
Os médiuns facultativos têm consciência do seu poder e produzem fenômenos espíritas pela própria vontade.
Essa faculdade embora inerente à espécie humana, como dissemos, não se manifesta em todos no mesmo grau. Mas se são poucas as pessoas que não a possuem, ainda mais raras são as que produzem grandes efeitos como a suspensão de corpos pesados no espaço, o transporte através do ar e sobretudo as aparições.
Os efeitos mais simples são o da rotação de um objeto, de pancada por meio de movimentos desse objeto ou dadas interiormente na sua própria substância.
Sem se dar importância capital a esses fenômenos, achamos que não devem ser menosprezados. Podem proporcionar interessantes observações e contribuir para firmar a convicção. Mas convém notar que a faculdade de produzir efeitos materiais raramente se manifesta entre os que dispõem de meios mais perfeitos de comunicação, como a escrita e a palavra. Geralmente a faculdade diminui num sentido à medida que se desenvolve em outro.(2)
MÉDIUNS INVOLUNTÁRIOS OU NATURAIS
 Os médiuns involuntários ou naturais são os que exercem a sua influência sem querer.
Não têm nenhuma consciência do seu poder e quase sempre o que acontece de anormal ao seu redor não lhes parece estranho. Essas coisas fazem parte da sua própria maneira de ser, precisamente com as pessoas dotadas de segunda vista e que nem o suspeitam.
Essas pessoas são dignas de observação e não devemos descuidar de anotar e estudar os fatos dessa espécie que possam chegar ao nosso conhecimento. Eles surgem em todas as idades e freqüentemente entre crianças ainda pequenas. (Ver no cap. V: Manifestações espontâneas.)
Esta faculdade não é, por si mesma, indício de estado patológico, pois não é incompatível com a saúde perfeita. Se a pessoa que a possui é doente, isso provém de outra causa. Os meios terapêuticos aliás, são impotentes para fazê-la desaparecer. Em alguns casos ela pode aparecer depois de uma certa franqueza orgânica, mas esta não é jamais a sua causa eficiente. Não seria razoável, portanto, inquietar-se com ela no tocante à saúde. 
Só haveria inconveniente se a pessoa, tornando-se médium facultativo, a usasse de maneira abusiva, pois então poderia ocorrer excessiva emissão de fluido vital, determinando enfraquecimento orgânico.

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