terça-feira, 21 de julho de 2015

Lembranças de Vidas Passadas

O SONHO

Dois trabalhadores de uma casa espírita, que se conheceram nesta encarnação há mais ou menos dois anos, sempre carregaram aquela sensação de que já se conheciam, de que já trabalharam juntos. 

No dia 10 de julho um deles teve um sonho, junto a esse amigo, que vem lhes revelar uma de suas existências anteriores.

O sonho se inicia com os dois amigos a observar tudo de cima, lado a lado a flutuar. Era noite, um lugar deserto, muito primitivo, parecia um lugar ainda não explorado pelos homens em tempos antigos. Chão irregular de barro, sem divisões de ruas, um vasto terreno ainda todo em barro, sem construções, sem iluminação, sem gente, um deserto visto à noite.

Observando melhor pode-se notar que havia uma ponte de barro que ligava esse imenso terreno à algumas pequenas ruas de barro por onde circulavam os carros antigos. O espaço que haviam ruas também eram desertos, ninguém a andar pelas ruas, sem iluminação elétrica. 

Haviam algumas moradias, mas pareciam cortiços, quitinetes, não sei o que. De repente lá estavam ambos os amigos num cubículo, onde havia uma cama, uma pia, um fogão e um banheiro,tudo num único ambiente sem divisórias, um amontoado de coisas, pertences pessoais. O amigo, tinha dois filhos e a amiga aparecia dando comida ao menor, sentado à cama, junto ao irmão que se alimentava já com independência. Ambos sairiam em alguma missão ou busca ainda não percebida no sonho. Ela sentou-se na cama, olhou nos olhos das crianças e disse-lhes: fiquem quietos, não façam nenhum barulho, e não abram a porta pra ninguém, voltaremos logo.

Ela levantou-se, e dirigindo-se ao amigo, segurou-lhe as duas mãos e disse: Vamos! Vai dar tudo certo!

Ainda era noite quando ambos pegaram um carro azul claro com mala, daqueles tipo corcel bem velho, todo melado do barro e seguiram em direção à ponte de barro. Ao chegar, antes da ponte o motorista do carro disse que não poderia mais avançar, além daquele lugar. Que ao chegarem na ponte, encontrariam um homem que os ajudariam a chegar onde queriam.

Ao saltar do carro, dirigiram-se ao outro extremo da ponte, em direção ao homem que os esperavam. O homem queria desistir de levá-los ao seu destino, talvez por medo, insegurança, pelo perigo iminente que representava aquela situação. Diante do melindre do homem, ela ajoelhou-se no chão e de mãos juntas implorou pra que ele os levassem até o local, caso contrário não chegariam. Tudo transcorria em clima de clandestinidade e medo de serem descobertos, pois sabiam que não voltariam pra casa.

Todos seguiram a pé com o homem a guiá-los pelo terreno irregular de barro, passando pelos declives constantes devido a essa irregularidade. O seu amigo seguiu mais rápido, pois havia identificado o lugar, adiantando seus passos. Ela o acompanhava com o guia mais devagar, e ao chegar no meio do nada, o homem que estava guiando-a mostrou-lhe um buraco ao chão cujo acesso era como uma escada que a levaria para debaixo da terra. De posse de um candeeiro à mão para iluminar o caminho que percorreria pela escada em direção ao solo, ela seguiu ao encontro de seu amigo, de seu destino. Após descer dois vãos de escadas, do solo para baixo, avistou no terceiro andar subterrâneo, uma porta que a levaria a um ambiente do qual escutava vozes de homens conversando. Ao olhar, avistou um homem moreno, de cabelos lisos, sem camisa, em frente a uma grelha de churrasco a preparar comida para eles. Ao entrar no corredor que a levaria a eles, chamou o amigo pelo nome, para certificar-se de que era ele mesmo. Ao entrar no mesmo ambiente, percebeu que estavam num paredão de um morro que se localizava em frente ao mar, ao oceano. Ao ver o amigo no ambiente, assustou-se com tamanha tensão que enfrentara até chegar no local e acordou.

NA VIDA REAL

Após quase 10 dias, ela resolveu contar ao seu amigo de jornada  o sonho que tivera com ele. Sendo ele um espírita muito dedicado e comprometido com os trabalhos espirituais, cujas faculdades mediúnicas se encontram em franco processo de desenvolvimento, ao saber sobre o sonho, teve a oportunidade e o merecimento da revelação de todo o desenrolar da história, passando a compreender melhor a ligação dele com ela. As pessoas ligadas a eles na história, inclusive o homem, as crianças, enfim, as razões pelas quais estavam naquele lugar, e o por que de fazem tudo às escondidas, clandestinamente.

AS REVELAÇÕES

As revelações foram feitas por uma entidade espiritual que se encontrava na sintonia do acontecimento junto ao meu amigo. Simultaneamente, através do mais atual mecanismo de comunicação que as pessoas se utilizam para se falarem, WhatsApp, ele começou a contar a ela tudo o que vinha de revelação para eles com relação ao sonho e esta conversa está transcrita a seguir. Então, pôs-se a falar:

- Já lhe disse isso uma vez. Não é de agora nossa convivência. E com esse sonho tenho certeza de que fomos irmãos, pelo visto você ainda cuidava de seus sobrinhos.
- Pensei na minha esposa quem seria e acho que eu era viúvo. Ela morreu muito jovem. Talvez no parto.
- Parece que eu era ligado à Revolução ou Rebelião e fugíamos das autoridades. 
- Posso lhe dizer mais, era na Alemanha. Éramos judeus. Vivíamos escondidos.
- Aquele homem do morro que dava pro mar, pro oceano, ia tirar a nossa família da Alemanha pelo mar, pra fugir da guerra.
- Eu acho que você foi só com os meninos, por que eu fui pego e a partir dai você cuidou deles como se fosse mãe deles. Na verdade eu me deixei ser pego para vocês fugirem, acho que nos delataram. Estou com os olhos mareados! Triste! Mas é isso. Não sei quem eram os meninos, mas agora me lembro que muitas pessoas fugiam de barco pelos oceanos, na clandestinidade,  para fugir das guerras. Salvei você e os meninos.

O médium: Pedi à Espiritualidade pra revelar melhor essa história.
- A visão era o terreno como você disse e a vila onde morávamos foi se formando desde sua fundação, a estrada de barro recebeu pedras tipo cabeça de frade e a ponte de barro virou uma ponte de pedra arqueada por onde os moradores passavam por baixa nos períodos de leito seco, parecendo um túnel. A rua principal da vila era também pavimentada de pedras, as demais eram de barro e lama. Essas era a única infraestrutura da pobre vila.
- O motorista nos levou até a ponte e o encontro se deu embaixo da ponte onde ocorreu os fatos que você relatou ao descrever o sonho, tudo bem as escondidas.
- Você não era irmã minha, nem a mãe de meus filhos. Você era muito próxima deles, irmã da minha falecida esposa, não minha irmã como havia pensado no início. Você não podia ter ou não tinha filhos e por isso, amou e cuidou deles como se fossem seus. 
-Ela (a esposa dele e irmã dela) mais que eu (disse ele) lhe demos esse presente (ser mãe). A sua irmã lhe pediu isso no seu leito de morte. Você fez o parto deles.
- Eu não quis me casar depois da morte dela. Minha preocupação era tirar vocês das mãos daquele líder insano. E conseguimos.
- Pergunto para onde vocês fugiram mas não sei. Talvez você saiba.
- Eu fiquei preso nos campos e acho que morri lá. 
- Eu era importante, talvez próspero nos negócios, tinha algum dinheiro.
- Já éramos espíritas. fazíamos os estudos escondidos. Culminou com a queima dos livros espíritas em praça em Berlim.
- Peguei tudo que tinha e paguei o barco para levar vocês. O intermediário cobrou caro, por que paguei pra alguém proteger vocês. Alguém do barco. E vocês não sofreram mal algum na viagem.
- Eu não pensava em casar-me por que amava a falecida mas também não iria deixar os meninos sem mãe. E você era próxima e sempre estava com eles. Porém seria um casamento de conveniência pra mim.

O médium: Isso explica algumas bênçãos que tive nessa encarnação. De vez em quando me pergunto o que fiz pra merecer tanta coisa boa nessa encarnação. Deve ter sido o sacrifício de minha vida para salvar a de vocês. Tenho uma encarnação até então tranquila. 

- Salvei vocês e me prenderam antes de eu ir. Me entreguei para que vocês fugissem por que alguém sabia que iríamos fugir e dedurou.
- Eu agradeço a luz dessas revelações e o compromisso.Você era muito leal e cumpria suas promessas. A falecida pediu pra você cuidar deles e você cuidou. 
- Não sei quem era a falecida, nem a reconheço nesta vida.
- Você se casou em sua nova terra. Pelo que parece, alguém que você conheceu no barco e que te protegeu. Pensei que fosse o cara que eu paguei  mas acho que não foi ele. Você não sabia desse protetor pago. este somente garantiu as refeições durante a viagem. 
- Apareceu um homem lá no barco que gostou de você e a protegeu. Esse homem que você conquistou arrumou lugar pra você e as crianças na terra nova. Ele trabalhava muito e logo vocês se casaram.
- Você era bonita e se ele não tivesse feito isso, sabe-se lá o que poderia ter acontecido.
- Eu lembro que chorava muito. apanhei muito pra que vocês fugissem. Os soldados de Hitler violentavam as mulheres bonitas. Muitas morriam e não chegavam aos campos.
- Você teve uma menina com ele. Vejo você lavando roupa, numa bacia. Lavava pra ganho.
- O homem trabalhava na construção civil.
- Não consigo ver quem eram os meninos nem minha mulher falecida.
- Você não era muito nova pra época. Tinha passado da idade de casar, mas também não era velha. As mulheres da época casavam adolescentes.
- Os meninos sempre a viram como mãe. Afinal você fez os partos deles. O menor então não lembra da mãe e assim lhe via como mãe mesmo. É isso.
- Seu marido daquela época se tornou seu marido de novo nessa época. Que lindo! Talvez seja ele, nem sempre a gente sabe quem são as pessoas num sonho mediúnico.

Fim da conversa.

Muito impressionados com todos os relatos acima desvendados, ela seguiu para mais uma de suas atividades mediúnicas na casa espírita que frequentam na atual encarnação.

Trata-se de um grupo de psicografias, no qual somente ela participa. Ele não faz parte desse grupo de trabalhos mediúnicos. Sendo assim,  vieram mais alguns esclarecimentos através de duas psicografias. A primeira em psicografia anímica, a médium escreveu o sentimento que carregava na alma após tantas revelações. A segunda  psicografia intuída por uma entidade desencarnada que vivenciou os mesmos dramas da época.

PSICOGRAFIA ANÍMICA
Mensagem da Alma

"Lealdade e cumplicidade  de toda uma trajetória espiritual. Palavras da alma, de um coração de amor que se sente feliz pela bênção do descortinar da pontinha do véu que Deus nos deu para nos protegermos de nós mesmos.

Quando a alma está feliz, contagia aqueles que juntos estão, pelo olhar, pelo sorriso, a alegria transborda do coração.

Mas, cabe a reflexão: porque Deus nos permite conhecer parte de nosso passado, de toda uma vida atrás de tantos obstáculos enfrentados com comprometimento na família, lealdade e cumplicidade, com aqueles de seu convívio?

Voltarmos ao passado em sonho é algo engrandecedor para a nossa atual vivência, porque nos faz perceber o quanto fomos capazes de suportar, de enfrentar as repressões e as represálias de um poder político, social, religioso, complexo, de preconceitos  sobretudo, sobre as mulheres, para defendermos a nossa família espiritual que já caminha conosco desde a primeira guerra, desde o poder desgovernado do povo ariano capaz de cometer as maiores atrocidades.

A família continua ainda a ser o núcleo de maior poder e amor de todos os tempos. Na família é onde encontramos o amor maior, a defesa incondicional, a dedicação contínua, o cuidado exacerbado, o zelo pelo correto, o amor maior que podemos sentir pelos outros, mesmo sabendo que um dia pode ter sido seu inimigo espiritual.

É nesse núcleo familiar, que a educação e o amor que recebemos são redobrados quando podemos ter nossos filhos.

O véu que se descortina vem mostrar os laços, as afinidades, e o seu potencial de superação enquanto espírito, para as causas da vida.

Incrível a potencialidade que a Espiritualidade Maior tem  de interferir no momento certo, para que o esclarecimento venha iluminar as relações entre aqueles que se sentem ligados pela alma, num laço de afetividade fraternal, amiga e de cumplicidade e lealdade aos seus princípios e escolhas de vida.

Como é bela a possibilidade de termos acesso e merecimento para que saibamos realmente, quem são aqueles que hoje caminham ao nosso lado.

Hoje a minha alma fala ao amigo de muitos tempos atrás, mas hoje é um dia marcado pela grande alegria de um  véu  que se abre em nosso convívio.

Que Deus te abençoe, abençoe não só esta, como muitas das existências que poderemos ter."

PSICOGRAFIA INTUÍDA
Relato de vivências similares.

"Um dia, quando estava acuada, sob a vigília de soldados de guerra, desci em esconderijo subterrâneo para que pudesse fugir e proteger a minha família. fomos fortemente perseguidos.

Também vivemos na Alemanha, mas não tive a felicidade de sobreviver aos ataques daquele líder insano.

Escondemo-nos em subsolos, casa subterrâneas construídas embaixo de outras casa que vivíamos.

Meus familiares eram judeus e possuíam muito dinheiro, mas não podia lutar contra o poder político e religioso da época. Os arianos invadiram nossa casa e descobriram a passagem secreta que dava lugar a uma espécie de soton onde escondíamos livros espíritas, onde fazíamos nossos estudos e nos comunicávamos com os espíritos. Eram esses espíritos amigos que nos confortavam.

Minha mãe teve o azar de ter apenas duas filhas. Quando invadiram nossa casa, meu pai foi levado aos campos de concentração e eu, minha mãe e minha pequena irmã, fomos violentadas até a morte para satisfazer os instintos de insanidade daqueles soldados dominados pelo poder, por uma espécie de hipnose coletiva, que os faziam seguir com suas atrocidades.

Feliz daqueles que conseguiram fugir pelos oceanos em bisca das Américas com segurança e proteção, porque não tiveram que viver as torturas arianas da violência sexual, intelectual, religiosa e política do poderio de guerra.

Hoje, eu, minha mãe e minha pequena irmã, já nos encontramos quase que totalmente fortalecidas pelo mundo espiritual, pelos tratamentos e acolhimentos que aqui nos hospitais nos deram após os nossos regates, e nos preparamos para mais uma vez estarmos entre os encarnados.

Amigos, há feridas da alma que não são cicatrizadas plenamente até que conheçamos o Amor Divino capaz de nos abrandar o coração e os anseios que os espíritos feridos alimentam no seu desejo de vingar-se, de pagar o mal com o mal. 

Você já estão com o coração puro, compreendem o momento histórico, e hoje, com o poder infinito da misericórdia de Deus que nos concede o véu do esquecimento para podermos construir uma nova caminhada. 

Fiquem com Deus, no amor e na união de sempre."

OUTRO SONHO
Após as revelações anteriores.

Era um lugar de periferia, subúrbio. havia um ferro velho, com vagões de trem abandonados e muito ferrugem. Tudo era enferrujado naquele lugar.
Soltava de um vagão pegava uma bicicleta velha, também enferrujada e saía andando. um menino corria atrás de mim, e voltava com uma bicicleta nova que eu havia lhe dado.
Em seguida, arrancava uma pia velha, quebrada de louça branca de um local que ficava de frente pra rua, aberto. todos que passavam poderiam vê-la. Trazia uma lavanderia nova, branquinha, também de louça, e colocava no lugar. Outro menino entrava na lavanderia e tomava banho com alegria. Acordei... não lembro mais.

NOVAS REVELAÇÕES

-O menino menor é seu filho nesta vida. Pediu para ser seu filho de fato, pois embora tenha nascido de sua irmã de outra vida, havia sido criado e amado por você.
- Você teve uma filha com o homem que casou nas Américas. Essa filha hoje, é sua mãe.
- O menino maior, atualmente é seu irmão. 

O médium: Custei a acreditar! Pergunto quem era  o barqueiro e quem era o protetor pago, pois ainda não foram revelados. Acho que o mais importante não é nenhum nem outro, é o homem que nos levou ao barqueiro. Quando escrevi isso ouvi: sou na mente: sou eu. ele que está me intuindo aqui. O intermediador. Ele não é encarnado hoje.

- A família de seu pai não viajou.É a que falou na psicografia. Ele não viajou por cobiça. Disse que quando viu tanto dinheiro resolveu ficar e esperar a guerra acabar. Pois, ele só deu a metade do que eu dei pra pagar ao barqueiro. A outra metade ele roubou, Só que ele não teve tempo de usar aquele dinheiro.

O médium: será que era seu pai?

- Na época que fugiu a Alemanha achava que iria ganhar a guerra, mas ainda tinha mais uns anos de guerra. A casa dele foi bombardeada e o dinheiro pegou fogo. Ele se abrigou as pressas, não sei se alguém da família morreu na bomba.
- Ainda tem que se depurar da cobiça. Ele está trabalhando e se preparando para próxima encarnação resgatar essa cobiça.
- Parece que a família dele morreu na bomba e ele ficou só e sem dinheiro. Ele saiu pra um brega e quando voltou, a casa estava pegando fogo. Ele não estava em casa na hora do bombardeio e a família morreu porque esperava por ele.
- Ele está triste.Parte da família dele, reencarnou na sua família. E ele ainda não pode resgatar esse débito com eles.

O médium: você tem irmã?

- Sua irmã desta vida era esposa dele. Muito zelosa com os filhos dele. Tinham um casal de filhos. Ela sabia das farras dele mas era aquele mulher omissa. Sempre esperava ele chegar da farra. 
- Nesta vida, morreu nesta vida, em acidente de carro como resgate da negligência dele porque deixou a família morrer na explosão. Eles não eram judeus. Eram alemães. Desencarnou cedo por causa da vida que levou. Acelerou a sua partida.
-Após o desencarne da família dele, nem todos aceitaram reencarnar vinculados a ele ( mágoa). Dos filhos dele naquela encarnação, só um que voltou como filho de sua atual irmã..

O médium: Seu atual marido, viajou naquela encarnação fugindo por quê?

- Ele não concordava com a guerra. Matar porque era diferente dele. Fugiu para não compactuar com Hitler. Guardou esse segredo de você.
- Tinha a suástica tatuada e escondia. Vergonha!
- Você cuidando dele, viu a tatuagem e aceitou ele assim mesmo.
- Quando ele adoeceu com febre, delirando ele te contou a história dele.
- Ele queimou com ferro quente a tatuagem pra que os filhos nunca vissem. Depois que você viu. Foi o segredo de vocês.
- Ele não te via nua e nem você via ele. Vocês tínham relações através do lençol com buraco.
- Só descobriu a tatuagem porque teve que cuidar da febre dele e tirou a camisa dele.
- Já tinham uma filha que era pequena.
- Ele sempre foi bom e esforçado e você não viu um "raite" nele, "raite" era o nome do exército de Hitler.
- Você não se cuidou na Alemanha por que cuidou de sua mçae até ela morrer. E aí, ficou moça velha pra casar. Depois cuidou da minha falecida e sempre fez os partos do vilarejo com sua mãe. das filhas dela, só você se interessou pelo ofício dela.
- Sempre desejou uma família sua, mas vivia triste por que escolheu cuidar de sua mãe à procurar um marido.
- Quando você foi incumbida pela falecida de cuidar de minha família você ficou mais feliz e vaidosa. Mas eu não a via como devia porque estava preocupado com os meninos e amava a falecida demais. Se tivesse sobrevivido iria me casar com você pra não deixar os meninos só, mas não a amava.
- Quando você conheceu o rapaz no barco foi paixão. Você nunca sentiu aquilo, amor correspondido.Estava cheia de esperança. Tentou falar com ele de carma, reencarnação e tal mas ele era alemão e não acreditava em nada daquilo. Dizia que era fantasia ou maluquice mas que respeitava sua crença. então você não falava disso com ele. Só com sua filha, que passou a estudar a doutrina com você quando você conseguiu comprar um livro dos espíritos. Você escondia o livro no assoalho. Uma tábua solta. Lia quando seu marido não estava em casa e sua filha era muito curiosa e começou a estudar com você.. Você escondia o livro achando que seria queimado como foi na praça pública de Berlim. Ou porque sabia que seu marido era alemão e tinha medo dele queimá-lo. Era seu  segredo e de sua filha.
- Seus filhos não se interessavam pelo livro mas também não ligaram nem contaram a seu marido sobre ele porque falava de Jesus, esperança e Caridade. 
- você também cuidava dos filhos e fazia partos na Vila onde passou a morar e era muito respeitada.
- Seu filho mais novo daquela encarnação que era garoto de recado. Vinha correndo chamar-lhe para fazer o parto. Juntou e comprou uma bicicleta usada pra chegar mais rápido nas casa já que a Vila logo virou cidade.
- Um dia em agradecimento, um homem, cuja mulher teve um parto difícil e quase morreu mas você salvou a mãe e a criança que estava sentada. Você conseguia virar a criança ainda na barriga da mãe com uma massagem e apertos. Ele te deu uma bicicleta nova. Você voltou feliz. os meninos ficaram tão felizes porque a bicicleta velha ficou pra eles irem pra escola. O mais velho que levava o menor pra escola.
- Você queria que todos estudassem, inclusive a menina. Disse que sem estudo não havia progresso e que mesmo se ela se tornasse mãe de família seria letrada. Isso rendeu a ela um bom casamento por que era bonita e muito inteligente. Naquela época se a moça não estudasse era ensinada nas prendas domésticas. E sua filha tinha tudo isso. Só não cozinhava tão bem como você. Os meninos reclamavam quando a irmã ia pra cozinha. Mas, seu marido a incentivava. Dizia estar melhor que a sua comida. ela ficava toda envaidecida e você ria de gargalhar. 
- Tiveram uma vida feliz, difícil mas  feliz longe do horror da guerra.
- Sempre foi grata a mim por  ter livrado você de lá. teve muitos netos. A sua casa ficou pequena pra receber toda a família nos domingos.
- Seu marido morreu primeiro. trabalhava muito e quando deixou a construção civil e foi pra fábrica morreu de mal de pulmão.
- Seu filho mais novo cuidou de você apesar de você ser independente até velhinha. O  mais velho virou médico Doutor e via você pouco. o mais novo era comerciante seguindo os passos do pai verdadeiro, que ele não se lembrava.

Um comentário:

  1. Amigos, é muito merecimento conhecer outras vidas com ricos detalhes. Paz para todos!

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